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Mensagem por Hewric Lynchfield Ter Jan 05, 2016 10:00 pm

Calmaria
Esta é uma RP fechada e conta apenas com a participação de Hewric Lynchfield. A história se passa em um pequeno vilarejo nos arredores de Vilavelha onde Hewric decide passar a noite antes de seguir com sua viagem em direção a Jardim de Cima. O RP irá se desenrolar em três períodos de um mesmo dia: A manhã em que Hewric chega ao vilarejo, a tarde quando sai para caçar e a noite quando, já tendo conseguido um lugar para dormir, conversa com alguns locais. Tanto de manhã quanto no período da tarde o clima é ensolarado e com pouco vento. Já a noite a temperatura cai consideravelmente e as correntes de ar aumentam de forma substancial.
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Mensagem por Hewric Lynchfield Qua Jan 06, 2016 6:03 pm

 Era bem cedo quando a forma de um homem pôde ser avistada no início de uma velha estrada que ligava um pequeno amontoado de árvores ao modesto acampamento que não devia passar de mais do que uma meia dúzia de casas e dois ou três estabelecimentos comerciais ligados pela necessidade de se protegerem das investidas, cada vez mais frequentes, de criminosos e povos bárbaros. Hewric atravessou todo o caminho a passos curtos e despreocupados na esperança de transmitir alguma confiança aos locais que já estavam acordados e executando seus afazeres, a grande maioria agricultores. Enquanto passava pelas moderadamente extensas plantações tornou-se rapidamente o foco de pouco mais de uma dezena de olhos curiosos, mas também receosos. O que de certa forma o entristeceu. Não podia culpa-los, no entanto. Ele próprio teria suas dúvidas se o visse nesse estado. Seu corpo estava completamente coberto por lama seca, pedaços de mato e outras folhagens silvestres. Mal se viam seus olhos e para completar ainda haviam alguns pequenos machucados que aos olhos não treinados dos camponeses sem dúvida pareceriam o resultado de algum embate com outro ser humano. Chegando a uma pequena casa de madeira, mal acabada e com pequenas rachaduras que permitiam enxergar em vários vãos o que acontecia lá dentro, o homem parou. Pendurada em uma das últimas vigas de sustentação do casebre estava uma pequena placa que Hewric teve que se esforçar muito para entender devido a tinta que já havia ao menos em três letras ido embora a muito tempo. Aquela era a estalagem. Era um pouco menos do que esperava estando tão perto de Vilavelha, mas para quem estava dormindo em abrigos feitos com folhas e amarrados de forma improvisada por cipós verdes, sem dúvidas, aquele lugar era um avanço. A porta estava aberta, então, sem cerimônias, dirigiu-se ao balcão de onde uma senhora de aproximadamente sessenta anos acompanhava seus movimentos com a astúcia de uma águia. A mulher, inclinada com seus cotovelos apoiados no tampo de madeira restringiu-se a um leve aceno de cabeça quando Hewric parou em sua frente. Observou-a por alguns instantes antes de falar. Seu cabelo, completamente branco e liso estava preso por uma tira de couro formando um coque no alto de sua cabeça. Seu rosto cansado mal conseguia fingir simpatia e as rugas atenuavam ainda mais sua infelicidade. Tinha a pele branca e terrivelmente judiada pelo Sol. Manchas eram comuns. Ainda tinha todos os dentes, mas esses estavam começando a amarelar e em poucos anos começariam a cair. Usava um vestido de mangas compridas de algodão crú que o homem chutou ter sido ela mesma quem teceu.  Provavelmente havia sido bonita em seus melhores anos, mas algo havia lhe sugado o brilho que já teve um dia. Seu corpo repleto de marcas do tempo e certamente heranças de uma vida de trabalho duro deixavam transparecer a experiência de vida que carregava, mas não demonstravam nenhuma emoção. Ela era vazia, sem esperança, como ele. Cortado subitamente de sua meditação ao ver a impaciência emergindo em meio aos sulcos da pequena senhora, apressou-se em guardar para si seus devaneios e partir para aquilo que havia vindo fazer. Precisava de um lugar para dormir e era nisso que deveria se focar.
- Bom dia. Meu nome é Hewric e estou procurando um lugar para passar a noite, mas não tenho muito dinheiro - Sorriu desconcertado. - Na verdade, não tenho nenhum, mas posso ajudar nas tarefas e também sou muito bom em caçar animais. Por uma refeição, abrigo e, se possível, um banho - Não conseguiu evitar desviar o olhar para suas próprias vestes. Pareciam agora mais dignas de pena que a segundos atrás. Toda a confiança que viera construindo no caminho para essa conversa havia ido embora antes mesmo de abrir a boca. Sua fala inteira se resumiu a intervalos muito grandes e uma variação quase que senoidal em seu volume e velocidade. Havia sido um fracasso. Encarando o puído balcão, agradeceu, pela primeira vez naquele dia, por estar coberto de lama, pois naquele momento devia estar mais vermelho que um pimentão. Aquela era primeira vez em que precisou passar por aquilo. Normalmente dormiria na floresta ou montaria um acampamento com alguns panos velhos ou folhas grandes, porém, estava perto demais de Vilavelha e gostaria de chegar a cidade minimamente apresentável. Não seria muito fácil conseguir um emprego parecendo-se com um selvagem.
- Você não me parece uma má pessoa e os sete sabem o uso que eu poderia fazer de uma ajuda - Ponderou a senhora falando mais para si que para o homem. Diferente de Hewric esta não tirou os olhos um segundo sequer do rapaz. Analisava-o com uma profundidade que chegava a intimidar. Não haviam dúvidas do porquê de ela ser capaz de tocar sozinha uma estalagem em terras não tão bem protegidas como aquelas. Era perspicaz. Após uma longa pausa de um silêncio embaraçoso para o caçador a senhora retirou seus finos braços do balcão e endireitou sua postura. Estava pronta para dar o parecer final. – O problema é que nenhum deles parece ser o que são. Em Westeros a verdade é que nada e nem ninguém é aquilo que aparenta. Lamento, mas nada me garante que você não possui más intenções. Como eu havia dito, você me parece ser uma boa pessoa, mas as aparências podem enganar e eu aprendi isto da pior forma - Concluiu levantando a manga esquerda de seu vestido até a altura dos cotovelos. Uma cicatriz profunda, sem dúvidas resultado de uma estocada de lâmina, se pronunciava em sua pele fina e enrugada. Hewric não conseguiu evitar a surpresa e deu um pequeno passo para trás de forma inconsciente. Mesmo ele quem havia sido torturado por dias a fio não carregava marcas tão profundas em seu corpo. O metal havia atravessado o braço daquela mulher com uma violência que deixava clara a intenção do autor em matá-la, era um milagre ela ainda ser capaz de movimentá-lo. A senhora, no entanto, permaneceu impassível lendo calmamente as reações do caçador como alguém que folheia um livro. – É um belo lembrete, não?
- Desculpe-me, não imaginava que algo assim poderia ter acontecido tão longe dos campos de batalha.
- Westeros inteiro é um campo de batalha e com o tempo você irá perceber que as piores nem sempre são aquelas que envolvem o choque de espadas ou o barulho de explosões. As mais mortais são aquelas que se passam nas sombras, sejam nos corredores vazios de um palácio ou nas mesas empoeiradas de um cortiço - Apesar do seu esforço em permanecer firme, havia uma melancolia em sua voz que Hewric não pôde deixar de notar.
- A senhora é muito sábia - Disse com franqueza. Seu rosto agora era um misto de solidariedade com admiração. Aquela era uma mulher que havia passado por muita coisa e ainda assim permanecera de cabeça erguida, lutando mesmo quando os anos já não lhe eram mais favoráveis e começavam a construir um novo desafio.
- A vida é uma excelente professora. Nem sempre a mais gentil, mas implacável em fixar o aprendizado - Não olhava para Hewric, mas para o portal de madeira que enquadrava a pitoresca imagem de umas casinhas velhas e judiadas pela poeira. Estava absorta em alguma memória que o caçador tivera dificuldade em distinguir se boa ou má. Hewric estava prestes a lhe falar quando a voz aguda de uma criança invadiu o estabelecimento quebrando o silêncio que se instaurara desde as últimas palavras da mulher.
- Vovó! Não consegui encontrar nenhu... Oh, desculpe. Não sabia que tínhamos clientes - O homem se virou de imediato para ver a figura de uma adorável menina de uns sete ou oito anos lhe encarando com o rosto quase tão sujo de terra quanto o seu. Tinha os olhos grandes e de um azul muito bonito. Sua pele era clara como a da senhora e seu cabelo, loiro, grande e preso em duas tranças, lhe deixavam ainda mais com o aspecto de um pequeno anjo. Vestia-se da mesma forma que sua avó e tinha em suas mãos uma cesta de palha com algumas flores de cores e espécies variadas. Em seu semblante via-se uma inocência que quase lhe causava inveja. Lembrou-se da época em que ainda acreditava que o bem podia vencer tudo. Da época, em que ainda estava com Lucia em seus braços. Lágrimas começaram a se formar de forma involuntária em seu rosto e enquanto travava uma batalha com seus sentimentos a garota sem o menor sinal de medo se aproximou. – O senhor está bem?
- Sim Janna, o homem está apenas cansado. Ele está viajando por muito tempo. Vá para a cozinha colocar essas lindas flores em uma jarra com água que logo eu vou falar com você.
- Tá bom vovó, depois do trabalho que tive para apanhá-las a última coisa que quero é que elas murchem. É um prazer recebê-lo sor - Disse a garota fazendo uma vênia bastante polida pouco antes de se retirar cantarolando uma das muitas poesias líricas dos bardos que rodavam o mundo em busca de inspiração para aperfeiçoarem sua arte. A voz de Janna era doce e pura. Continha uma alegria da qual era impossível não ser contagiado, mas ainda era destreinada. Com prática e o devido estudo, porém, a menina poderia vir a se tornar uma excelente trovadora um dia.
- Milady - Disse se curvando em uma reverência. Aquela havia sido a primeira vez que Hewric rira de forma espontânea depois de tudo o que lhe acontecera. Por um longo período havia se esquecido completamente de como era esse sentimento. Quando deu por si estava com a mão apoiada em seu rosto tal qual uma criança que descobre uma dispensa cheia de doces e outras guloseimas. Não podia negar, gostava daquela recém-redescoberta emoção.
- Ela gostou de você. Janna normalmente não chega tão perto dos nossos fregueses a não ser que eu a peça para lhes servir alguma comida ou uma jarra de hidromel - Disse a velha senhora com um sorriso provocado certamente pela cara de bobo que Hewric sustentava ainda depois da garota já ter se retirado.
- Ela é uma criança encantadora.
- Certamente ela é. Agora, retornando a nossa conversa...
- Não se preocupe senhora, eu entendo. É preciso ser cuidadoso nos dias de hoje, ainda mais quando se tem uma criança em casa. Posso seguir viagem hoje e acampar em alguma clareira. Existe um pequeno córrego mais à frente que daria um bom lugar para passar a noite.
- Besteira. O mais provável é que congele com os ventos tão perto do riacho e também estou suficientemente convencida de que você não é nenhum criminoso, ou se é, de que ao menos não pretende nos fazer nenhum mal. Podes passar a noite aqui, mas irei ter de aceitar sua primeira oferta. Toda ajuda é mais que bem vinda nesses dias - Sua voz oscilava na medida em que a conversa progredia do tom de uma bronca para o afável som de uma mulher verdadeiramente preocupada. Isto lembrou-lhes dos puxões de orelha que recebia de sua mãe quando ainda era criança.
- Obrigado, eu jamais esquecerei desse ato de bondade - Agradeceu com sinceridade.
- Não me agradeça ainda. Quando vir o que te espera irá implorar para dormir ao relento. Você pode começar limpando o salão, mas primeiro temos que te limpar e arranjar algumas roupas que não estejam com cem quilos de terra agregados ou de nada irá adiantar - Disse ao sair em disparada em direção aos fundos da estalagem. – Ande! Temos muito serviço a ser feito e o dia está só começando.
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Mensagem por Hewric Lynchfield Qui Jan 07, 2016 6:30 pm

 A velha senhora não estava brincando quando disse que havia muito serviço. Hewric limpou toda a hospedaria, incluindo o pequeno depósito nos fundos onde eram guardados os barris de bebidas e estocados os alimentos mais duráveis, regou as plantas retirando as ervas daninhas que insistiam em nascer mesmo com a inspeção rigorosa que Janna fazia toda semana, consertou da melhor forma que pôde uma das portas do fundo da estalagem que estava ameaçando cair, deu comida aos animais e limpou o galinheiro mesmo com as muitas interrupções de Raivoso, um galo furioso, que só se aquietou depois de a adorável Janna o aninhar em seus braços para que ele pudesse, enfim, finalizar o serviço. Depois de toda essa dura rotina de trabalho campestre Hewric estava pronto para fazer uma pausa. Havia dispensado o almoço até ter terminado tudo. Sabia bem que seu ritmo iria invariavelmente reduzir quando se alimentasse e precisava ainda caçar algo para o jantar como prometera. Demorou-se no banho mais que o necessário. A água o acalmava e lhe trazia de volta o vigor de que precisaria para seguir em sua próxima tarefa. Por isso não se preocupou e decidiu apenas relaxar. Saindo da banheira vestiu-se com uma camisa de manga comprida cor de terra, uma calça larga de algodão tingido com anil e um par de botas surradas que a dona da estalagem havia lhe emprestado para que usasse enquanto as roupas com que havia chegado eram lavadas, insistência dela. O almoço na pousada era simples, mas saboroso e bastante variado. Haviam na mesa desde os legumes e raízes cultivados no quintal até um apetitoso coelho à caçador que Hewric teve que repetir a despeito da vergonha de ter se alimentado como uma pessoa que não via comida a dez dias. Enquanto ele comia, a idosa e Janna apenas sorriam. Elas pareciam felizes por alguém apreciar tanto as suas receitas.
 Quando o Sol tornou-se mais ameno, o caçador soube que já era hora de ir para sua última tarefa naquele dia. Não contava com muito. Trazia consigo apenas uma velha faca enferrujada e o conhecimento de anos vivendo na floresta. Esperava ser o suficiente. Janna e sua avó estavam contando com ele para um banquete e não tinha a menor pretensão de falhar com as duas. Agarrou sua faca com força deixando a ponta dos seus dedos pálidas por alguns instantes e com tudo pronto para a caçada, partiu em direção ao salão onde iria se despedir e rumar para o bosque das imediações, por onde havia vindo. Janna estava sentada em um dos bancos altos do balcão em uma conversa animada com a senhora que, apoiada no tampo de madeira, ouvia sua neta com a alegria e paciência que só alguém que ama outra pessoa é capaz. As duas interromperam seu diálogo quando viram o homem se aproximar. A menina ao ver o caçador com seu equipamento adiantou-se e com seus brilhantes olhos azuis mirando o rosto, agora bem mais amigável, de Hewric falou sem rodeios – O senhor vai caçar?
- Sim, já está ficando tarde então é agora ou nunca – Sorriu.
- Você realmente não precisa fazer isso. A sua ajuda aqui na pousada já foi mais do que suficiente para pagar pela estadia – Interrompeu a senhora com uma nota de preocupação em sua voz rouca que devido aos anos começava a ficar falhada.
- Isso mesmo. Sor já fez o bastante. A estalagem está brilhando de tão limpa e, além disso, em pouco tempo irá escurecer – A garota desviou o olhar. Estava imersa em algum tipo de pensamento agourento - É perigoso ficar lá fora – Disse com a voz fraca e sem o brilho que normalmente carregava todas as vezes em que recitava uma poesia ou cantarolava alguma canção.
 Hewric chegou mais perto da menina e repousou suavemente a mão esquerda nos seus cabelos loiros, agora soltos em uma cascata dourada, fazendo-lhe um afago. - Não se preocupe, eu já estou acostumado com a mata e além disso, pretendo ficar apenas algumas horas. Vou apenas apanhar uns coelhos indo para suas tocas, se der sorte, um veado, ou quem sabe até uma raposa distraída – Parou de falar ao ver o rosto da garota se contorcer em uma careta, ao que riu intensamente – Certo, raposas não. Mas irei voltar logo, eu prometo – Janna lhe abriu um sorriso.
 Estava já indo para a porta quando foi interrompido, dessa vez pela avó da menina. Em suas mãos estavam dois pacotes de palha cuidadosamente amarrados com uma tira de barbante. – Leve com você para o caso de ter fome durante a caçada. É um bolo de milho que faço normalmente depois da colheita. É simples, mas o gosto é bom. (OFF: Beijos, esse sou eu introduzindo a pamonha em Westeros)
- Muito obrigado – Diz Hewric ao pegar cuidadosamente as trouxinhas de palha das mãos da idosa para transferi-las a um saco de tecido que amarrava junto a cintura. Esse, tal como muitos dos que recebera naquele dia, era apenas um pequeno gesto de bondade, sem muita relevância para muitos, mas que para alguém que conhecera a fundo a crueldade humana significavam a esperança de que nem tudo era tão vermelho quanto uma vez lhe pintaram. – Daqui a algumas horas eu volto e se tudo der certo com um belo cervo.
 Saiu da velha estalagem determinado a fazer de sua missão um sucesso e tudo parecia conspirar para esse objetivo. O bosque tinha uma boa diversidade de animais de caça e já o conhecia bem o suficiente para saber onde ir e onde evitar. Havia passado duas semanas naquela floresta comendo apenas aquilo que capturou em suas armadilhas e o que foi capaz de coletar nas árvores. Agora que não precisava se preocupar também com onde dormir ou como manter predadores afastados, focar-se em apanhar algum animal distraído seria bem mais fácil. A hora escolhida não poderia ser melhor. Estava fresco o suficiente para que as presas saíssem de seus abrigos e não tarde o bastante para ter de se preocupar com outros predadores. Seguiu calmamente para uma clareira que ficava próxima a um curso d’água. Aquela era uma das únicas regiões da floresta com água em abundância, então era quase certo que algum animal estaria nas redondezas. Em seu caminho buscou por elementos de praxe à todas caçadas. Encontrou alguns dejetos que apesar de não ser capaz de precisar, avaliou como pertencentes a animais de porte médio e pequeno, o que era bom. Animais muito grandes normalmente significavam problema. Próxima a uma moita de capim silvestre o caçador avistou algumas amoras roídas e várias folhagens amassadas. Curiosamente a parte superior da árvore havia permanecido intacta indicando que o animal em questão não era capaz de escalar seus galhos finos. Podia ser um javali ou um veado de porte médio concluiu o rapaz. Com os galhos a estalar suavemente embaixo de seus pés treinados e o cheiro de terra molhada se tornando cada vez mais pronunciado, Hewric se apressou a chegar à margem do córrego. Não havia nenhum animal matando sua sede, o que era uma pena. Mas nem tudo estava perdido. A caçada apenas havia começado.
 Aquele, sem dúvidas, era o melhor lugar. O que lhe faltavam eram apenas algumas armadilhas e um tempo de tocaia para fazer com que aquele animal que rastreara se tornasse a sua próxima refeição. Com sua velha faca cortou alguns cipós que julgou mais resistentes e amarrou-os com um nó formando três cordas improvisadas com uma pequena abertura em formato de laço. Cortou também alguns galhos que esculpiu até formarem pequenas estacas em forma de garfo e alguns pilares levemente curvados feitos a partir de madeiras menos rígidas. Dispondo-os em pontos estratégicos, formando um triângulo em volta da margem do córrego, Hewric fincou firmemente os pilares curvados amarrando-os aos cipós que por sua vez estariam ligados pelos nós às estacas dispostas no lado oposto ao da armadilha. Era uma forma cruel de se morrer, mas o homem havia aprendido que precisava deixar seus sentimentos de lado quando se tratava de obter o seu alimento. O preço a se pagar pela compaixão na floresta pode ser alto. Imerso em seus pensamentos não pôde deixar de encarar a cicatriz em seu braço esquerdo, herança do dia em que havia sido inocente o suficiente para tentar salvar uma de suas presas. Por alguma razão que é incapaz de explicar, até nos dias de hoje, um filhote de lobo havia se separado do seu bando e por infelicidade do destino caiu em uma das primeiras armadilhas que Hewric criara. A forca, bastante rudimentar e mal executada deveria apenas ser capaz de prender um animal de médio porte sem o enforcar o suficiente para causar-lhe qualquer dano. O rapaz, porém, havia calculado mal a sua altura e graças a isso animais de pequeno porte como o filhote poderiam cair na arapuca que se provaria mortal para esses. Desesperado diante da situação e sem o conhecimento e a experiência que hoje possui, o jovem caçador se precipitou e pulou no campo aberto liberando rapidamente a corda do pescoço do animal. O problema era que a mãe do bichano havia sido alertada pelos ganidos estridentes da sua cria e quando viu o homem ao lado do seu filhote não ficou nem um pouco contente. Passou quase oito horas em cima de uma árvore, com uma mordida no braço, até que a loba decidisse que ele não valia a pena. Quando deu por si, estava rindo do absurdo. Nos dias de hoje, quando era possível sentar e refletir sobre, a situação toda, apesar de trágica, especialmente no dia do ocorrido, devia ser bastante engraçada para um expectador externo e que, é claro, não tivesse uma loba furiosa esperando qualquer deslize seu para te dilacerar. Passadas algumas horas, do seu esconderijo, olhou para o céu em busca de orientação cronológica. O Sol estava começando a se pôr. O que, em outras palavras, queria dizer que em alguns minutos aquele lugar estaria repleto de predadores procurando matarem sua sede antes de darem início as suas próprias caçadas. Talvez, no fim, tivesse que pedir desculpas à Janna e sua avó pois não seria capaz de cumprir sua promessa, não ao menos até amanhã. Comeu os quitutes preparados pela dona da estalagem enquanto esperava os minutos finais. Ela não havia mentido, aquilo era delicioso.
 O Sol havia ido embora e o céu começava a vestir o manto estrelado da noite. Não restava mais nada que pudesse fazer. Não ao menos sem arriscar sua vida no processo, o que não era uma boa opção. Calmamente guardou seus materiais de trabalho e saiu de seu esconderijo rumo a clareira onde se projetava a margem do córrego. Coletar suas armadilhas lhe economizaria um bom tempo no dia seguinte e se pretendia seguir viagem cedo precisaria de toda ajuda que conseguisse para cumprir com sua caçada e ainda chegar ao próximo vilarejo antes do anoitecer. Ao se aproximar do primeiro ponto da área que havia triangulado, e onde estavam montadas suas arapucas, ouviu um barulho que de imediato o deixou em estado de alerta. Congelado e com o coração bombeando sangue cada vez mais rápido, procurou por sua origem, mas o som não se repetiu vezes o suficiente para que pudesse precisar com exatidão. Sabia apenas que vinha de algum lugar na direção da terceira armadilha. Cauteloso, reduziu seus passos a um deslocamento quase etéreo. Ainda que isso o fizesse mais lento, era melhor do que andar como um elefante e ser pego desprevenido por uma criatura da noite. Desamarrou o cipó da primeira armadilha com destreza e em menos de um minuto já havia recolhido todos os itens usados em sua montagem. A posição da segunda armadilha era no extremo oposto ao da primeira. Hewric precisava, portanto, cruzar a clareira para chegar até lá, o que não lhe pareceu uma boa ideia. Muita coisa podia dar errado e apesar da utilidade daqueles materiais ponderou se eles valeriam arriscar sua vida. É claro que, em contrapartida, ele poderia estar sendo também demasiado paranoico. Vários animais poderiam ter feito o som que escutara e nem todos eles eram predadores. Alguns eram até presas fáceis de capturar caso conseguisse engajar em um confronto direto. – Para alguém que viveu boa parte da vida no mato está sendo um grande borra-botas – Sussurrou para si buscando a coragem que lhe faltava para seguir até o segundo ponto. Depois de um difícil embate, sua determinação levou a melhor e um pouco mais confiante, seguiu para o córrego. Suas costas sempre para o curso d’água que fizera questão de observar por um bom tempo a fim de obter a certeza de não haver nenhum réptil ou mamífero em seu leito pronto para o atacar. A velha faca enferrujada não parava em sua mão movendo-se de um lado para o outro enquanto o caçador avançava tomando o cuidado de retornar a atenção à sua retaguarda a cada dois ou três segundos. Foram minutos tensos, mas que se provaram injustificados visto a quietude com que ocorrera sua passagem. A segunda armadilha estava vazia também e apesar de ainda restar uma pequena esperança na terceira, o homem estava mais preocupado em ir embora logo do que em obter alimento. Sabia que a senhora da estalagem não o ia deixar ao relento e apesar de ainda sentir-se obrigado por sua palavra a cumprir com o que prometera, podia o fazer no outro dia antes de partir. Não havia tanta urgência. Após seu sucesso na travessia, relaxou um pouco. Até então os fatos estavam apenas a comprovar o quão aflito e insensato estava sendo. Continuou cuidando de sua guarda, afinal segurança nunca era demais, mas se soltou um pouco mais. Um mero berro de animal no meio de uma floresta não era justificativa para tanto se ele parasse para pensar. Aproximou-se da moita em que escondera a terceira e última armadilha com o cuidado habitual. A estaca em forma de garfo havia se arrebentado e algo estava preso no cipó sustentado pela haste de madeira. Reduziu ainda mais seus passos, até conseguir ouvir apenas sua respiração. Pé ante pé, tirou cuidadosamente os galhos que lhe obstruíam a visão para, enfim, lhe revelarem aquilo pelo que estivera procurando a tarde inteira. Era um javali, não daqueles enormes que os nobres costumam mentir que caçaram para impressionar as donzelas inocentes, e na opinião de Hewric, burras, mas um de tamanho razoável e bem mais real que os outros. Seu pescoço fora quebrado na hora em que a estaca se partiu e a haste de madeira o jogou para cima. Ao menos havia morrido rápido e isso certamente justificava a rapidez com que seus urros de agonia cessaram. Sentia-se mal pelo animal, mas não pôde deixar de ficar feliz por ter sido capaz de retornar a estalagem com algo em mãos. Janna e sua avó certamente iriam ficar contentes. 

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Mensagem por Many-Faced God Sáb Jan 09, 2016 11:54 am

Avaliação de treino de habilidade
Só um aparte, o título de Sor não devia ter sido usado, pois este é usado com cavaleiros. Cuidado também com os tempos verbais, notei que usou o pretérito perfeito no seu post, mas vi um verbo no presente. Achei a parte em que conta a forma como ganhou a sua cicatriz um pouco confusa: "Por alguma razão que é incapaz de explicar, até nos dias de hoje, um filhote de lobo havia se separado do seu bando e por infelicidade do destino caiu em uma das primeiras armadilhas que Hewric criara.", nesta parte mais especificamente o uso de palavras deixou a leitura confusa. Bom, estes eram os pontos negativos. Gostei do seu post, Hewric, demonstrou o conhecimento de um verdadeiro caçador, não se limitando apenas a falar sobre as suas armadilhas, mas também se preocupando com o rastreio do animal. Não tenho muito a dizer, narrou tudo muito bem e quase sem erros. Como não o especificou no seu post, vou pedir-lhe que, se a sua RP estiver encerrada, poste no tópico de Moderação de tópicos.

Critérios de avaliação
+ Conteúdo e Coerência (40/40)
+ Estrutura e Coesão (25/30)
+ Enredo e Criatividade (20/20)
+ Ortografia e Organização (8/10)

Total (93/100)


+ 7% de experiência ao treinar a habilidade de armadilhas
+ 11% de experiência pelo atributo de inteligência com 5 pontos
- 2% de experiência por ter a habilidade já ao nível 3


Recompensas
+ 108 pontos de experiência
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