[RP Fechada] As Sombras Erguem-se

por **Sorin Umber** Dom Fev 05, 2017 3:24 am

As Sombras Erguem-se

RP fechada, que começará com o post de Sorin Umber. Participam Sorin Umber, Dominic Silversun e Tony Reimann. Os eventos aqui descritos acontecerão alguns dias depois da revelação do novo Rei do Norte, na área de treinamento dos Patrulheiros, em Castelo Negro. Os envolvidos estarão treinando suas habilidades.

Sorin olhou para cima, do alto da Muralha. O céu noturno, completamente pontilhado de estrelas, era tão reconfortante quanto solitário, um sentimento já conhecido para o patrulheiro. Depois de um certo tempo, virava um costume olhar para o céu e se sentir sozinho, principalmente de madrugada. Ao longo da Muralha, via os minúsculos pontos vermelho-amarelados que eram as tochas dos patrulheiros que faziam a guarda.
Ao olhar para o lado de lá, o coração de Sorin acelerava lentamente. Quantas vezes já não tinha olhado para as árvores escuras e imaginado coisas? Ter visto os Outros o observando de volta, com os olhos azuis e frios que contavam nas histórias? Algumas vezes estava tão convencido de que era real que passava horas olhando na mesma direção, até que o sol nascesse e revelasse que estava olhando para o nada... Aparentemente. A mesma sensação crescia agora em seu peito, mas ele não dava tanta atenção para ela. Sua cabeça no momento estava longe da Muralha, porém para o lado de dentro dela. Para a sombra que erguia-se no horizonte. Uma sombra sangrenta, um presságio de guerra.
Um novo Rei erguia-se no norte. A mensagem havia chegado para a Muralha na manhã do dia anterior, e quanto mais pensava sobre isso, mais agourenta a notícia lhe parecia. Apesar de não ter recebido informações vindas de Porto Real, imaginava que a Rainha não levaria essa notícia na esportiva... Não, cabeças rolariam aos montes antes que o fim do ano chegasse, Sorin podia apostar suas espadas nisso.
Pensando melhor, não... Ele precisaria das espadas. Tinha a impressão que a Patrulha seria incomodada logo logo. E se perguntassem a opinião dele, que se matassem os Reis e Rainhas, a Patrulha tinha um papel a desempenhar, e briguinhas por um trono de ferro espinhudo não lhes dizia respeito.
Com um último suspiro, Sorin virou as costas para a floresta que o olhava e fez o caminho de volta. Ele precisava pensar, e ele pensava melhor com uma espada em sua mão.

Já de volta ao Castelo, o Primeiro Patrulheiro andou com passos calmos até a área de treinamento. Faltavam uma ou duas horas para que o sol nascesse no horizonte, portanto a área estava completamente vazia, os bonecos de palha e outros utensílios de treino estavam todos afastados para os cantos. Pacientemente, o homem arrumou os bonecos para que afastassem-se das paredes e, quando terminara, pegou uma espada adicional, além daquela que trazia consigo. Girou ambas as armas na mão, como sempre fazia antes de começar um combate ou um treino. Fazendo isso ele sentia o peso da arma, conseguia saber o quão forte precisava segurar seu punho. Aquelas eram leves, mas estavam bem afiadas. Iriam servir.
Com um suspiro, ele terminou de puxar alguns bonecos ao seu redor, formando um círculo, como se os bonecos de palha o tivessem cercado. Inicialmente parecia besta a ideia de treinar com objetos inanimados, mas com um pouco de prática você descobria que eles só eram inanimados se você quisesse que eles fossem. Imaginação era tudo.
Sorin fechou os olhos e respirou fundo. Deixou que sua mente ficasse em silêncio, esquecendo de todos os problemas que tinha dentro e fora da Muralha. Era como uma tela, toda suja de tinta, que ia limpando-se aos poucos e tornando-se branca novamente. E quando ficou branca por completo, ele começou a pintá-la com a imagem que queria. Via-se cercado por inimigos. Selvagens. Sim, eram oito selvagens ao todo, com maças e espadas toscas na mão. Olhavam-no com sede de sangue, respirando de forma pesada. Por entre os corpos deles, ele via duas pessoas caídas no chão, imóveis, ao longe. Apesar de estarem de costas, a roupa de um deles chamava a atenção... Tinha visto aquele traje inúmeras vezes quando criança.
Ele abriu os olhos, e de repente os bonecos não estavam mais lá. Os selvagens tinham tomado o seu lugar.
Sem hesitar, Sorin avançou contra o primeiro, descendo a espada contra o peito do que estava imediatamente a sua frente. Aproveitou o movimento para girar o corpo com agilidade para a esquerda, enterrando a segunda espada contra o peito de outro selvagem. Um dos outros inimigos jogou a pesada maça contra o seu rosto, e ele contorceu-se para desviar, deixando a espada enterrada no corpo do morto selvagem e lutando apenas com uma. Sem escudo, sem peso. Era dessa forma que gostava de lutar.
Sorin deu um rolamento para a frente, aparando um golpe imaginário de uma espada que descia contra a sua cabeça, e levantou-se, jogando a espada para a mão esquerda para aparar um golpe que vinha daquela direção. Ele girou a mão num movimento que já conhecia, desarmando o oponente em sua mente, e desviou o corpo para a direita, deixando que uma espada passasse a no mínimo cinco centímetros de seu peito, enterrando-se contra o oponente que tinha acabado de desarmar.
O tempo parecia voar enquanto Sorin treinava contra os oponentes imaginários, e logo o suor descia pelo seu rosto aos montes, molhando toda a sua camisa negra e a fazendo grudar contra o peitoral. No entanto, apesar de cansado, ele não parou por um segundo, desviando de golpes e matando selvagens imaginários a todo instante. O treino prosseguia, madrugada adentro, e o sol se aproximava, junto com outros Patrulheiros que logo juntariam-se para o treino ao ouvir a respiração pesada do Primeiro que treinava de forma incessante.

Obs.::

por **Tony Reimann** Dom Fev 05, 2017 9:58 am

O pedaço de carne estava frio contra seus dedos cheios de calos. Os inúmeros corvos ao seu redor grasnavam ou estava dormindo, mas Tony estava concentrada na ave a sua frente, que não gostava de sua presença. Era uma das mais teimosas, que deu trabalho a muitos outros meistres e homens que tentaram "doma-lo", mas a Reimann fazia progresso. Tip, como o apelidara, agora já não a bicava quando a mulher estava perto, e estava bastante interessado no conteúdo da mão da selvagem.

– Você quer Tip? Sei que não me entende mas gosto de falar ainda sim – colocando a carne perto da grade, Tony deu um passo para trás, e logo o corvo se adiantou em bica-la, trazendo seu alimento para perto. Ela gostava de aprender a arte da corvoaria, principalmente pelo fato de que a arte de mandar mensagens era útil de todas as formas. Com um suspiro, Reimann pegou outro pedaço de carne, colocando no mesmo lugar de outrora, mas deixou sua mão ali, para fazer o corvo se acostumar com sua presença, afinal, ela precisaria toca-lo antes de enviar uma mensagem.

Olhou para o céu. O sol estava quase aparecendo novamente, é o frio penetrava os ossos da mulher de maneira a faze-la estremecer. Já estava bom o que tinha feito com o corvo, e seu progresso que tinha feito era palpável. Suspirando, Tony saiu do local, indo para o pátio central. Não fora surpresa quando vira Sorin ali treinando e pensou: porque não? Descendo as escadas, Reimann pegou uma espadas e caminhou em sua direção – O que acha de esquecer os bonecos e treinar comigo? – perguntou com o tom de voz grosso. Sempre tivera a voz mais grossa que o comum, e isto apenas a ajudou quando fora pega pelos homens da Patrulha – Ou prefere continuar a golpear palha? – perguntou com a voz carregada de escárnio e sarcasmo, fitando-o.

Habilidade Treinada:

I'm Tony Reimann

thanks wrd for this code.

por **Great Stallion** Dom Fev 05, 2017 7:44 pm

Avaliação de treino de habilidade

Sorin Umber

Sorin, foi um ótimo treino! Contudo, senti um pouco de falta das acrobacias em si. Se você tivesse colocado como treino de espadas, com certeza teria conseguido a nota máxima.

Critérios de avaliação

+ Conteúdo e Coerência (25/40)
+ Estrutura e Coesão (30/30)
+ Enredo e Criatividade (10/20)
+ Ortografia e Organização (10/10)

Total (75/100)

+ 15% de experiência pelo atributo de inteligência com 6 pontos
- 0% de experiência por ter a habilidade no nível 1
+ 7% de experiência pelo dote inicial

Recompensas

+ 91 pontos de experiência em acrobacias

por **The Old Gods** Dom Fev 05, 2017 8:35 pm

Avaliação de treino de habilidade

Tony Reimann

Confesso que gostei da maneira como decidiu realizar o treinamento, tendo em vista, primeiramente, aproximar-se do animal, dando ênfase na falta de experiência da personagem com a habilidade mencionada. Ainda acho que o treino combinaria melhor com a perícia empatia animalesca. Parabéns!

Critérios de avaliação

+ Conteúdo e Coerência (40/40)
+ Estrutura e Coesão (30/30)
+ Enredo e Criatividade (20/20)
+ Ortografia e Organização (10/10)

Total (100/100)

+ 30% de experiência pelo atributo de inteligência com 10 pontos
+ 7% de experiência pelo bônus inicial sempre que treinar corvoaria
- 0% de experiência por ter a habilidade no nível 1

Recompensas

+ 137 pontos de experiência em Corvoaria

por **Sorin Umber** Seg Fev 06, 2017 12:26 am

O homem acabava de abrir o estômago de palha de um dos bonecos quando ouviu uma voz estranhamente grossa vindo da entrada. Um dos Patrulheiros entrava na área de treinamento, com uma espada na mão e um sorriso nos lábios. Mesmo a distância ele reconhecia o cheiro dos corvos impregnado na roupa do garoto, que o desafiava de forma tão leviana. Se fosse alguns anos atrás, Sorin provavelmente estaria fumegando de ódio pelo desafio e tentaria cortar a cabeça daquele garotinho que mal devia saber como era o corpo de uma mulher, mas naquele momento ele estava sorrindo de volta, calmamente. Permitiu-se esticar o corpo pra trás antes de começar a empurrar os bonecos para longe, sem dizer uma palavra. Tentava lembrar-se do nome do intendente enquanto o fazia, e quando empurrou o último boneco ele lembrara.
- Tony, certo? Tem certeza que sabe usar uma dessas? - Apontou para a espada que ele carregava, mantendo o tom de voz controlado apesar da ironia que viria a seguir. - Com certeza deve se sentir mais seguro me atacando com corvos...
Enquanto falava, ia andando na direção dele, girando a espada na mão direita para mantê-la quente e não deixar o sangue esfriar.
- Mas já que você insiste. - De forma rápida, ele avançou contra o outro, tentando pegá-lo de surpresa.
A espada desceria contra o braço esquerdo do garoto, aparentemente visando acertá-lo, porém no último instante ele recolheria o braço, virando levemente a mão e trazendo a lâmina da esquerda para a direita contra a barriga dele. Obviamente, como era um treinamento, o golpe não seria dado com letalidade, mas com certeza Sorin tentaria cortar a camisa que o garoto usava, na altura do umbigo, só para tirar aquele sorrisinho de seu rosto e lembrá-lo que estava lidando com um Primeiro Patrulheiro.

Obs.:

Obs. 2:

por **Eustass Kid** Seg Fev 06, 2017 1:17 am

The Young crow

Practice and Stay strong

— Segura essa espada direito, garoto! - Gritava Hermayne Royce, um dos patrulheiros da Guarda da Noite que se dispôs a treinar os novos recrutas aquela manhã. De fato não gostava daquele cara, seu rosto não era nada amigável e tampouco parecia um lutador, possuía traços estranhos com uma barba grossa em sua face e cabelos médios emaranhados, um nariz alongado e olhos realmente pequenos. O tom grisalho de seus cabelos transmitiam a velhice que o assolava, e talvez este fosse o maior motivo de toda amargura e rancor daquele homem, por isso era tão rude comigo e os outros novatos.

— Não me ouviu, bastardo? - Continuou.

— Ouvi, senhor. - Segurei a espada de ferro com ambas as mãos e tentei erguê-la, admito que depositei grande força e ainda assim a sentia pesar em meus braços. Não sei se era por conta de serem espadas antigas e enferrujadas, mas elas pareciam não ter fio algum, seria com isso que eles enfrentariam selvagens e a chegada dos Outros? Meus deuses, se fosse assim a morte era certa, eu tinha que dar um jeito logo de sumir dali.

Com os pés separados e mantendo a postura correta para empunhar uma espada, avancei alguns passos em direção ao velho, estiquei o braço trazendo a espada comigo e tentei golpeá-lo com velocidade. Com uma movimentação rápida Hermayne desviava do meu golpe, me fazendo acertar o chão, deixando a marca da ponta da lâmina na neve. Porém não desisti, logo forcei os braços para levantá-la novamente, e com a lâmina na horizontal desferi uma estocada simples na altura do abdômen dele, aproveitando que a região em questão encontrava-se desprotegido. Não foi efetivo como achei que seria, o Royce bloqueara com a espada e vi a lâmina tocar-lhe no couro da armadura, e pensei que se colocasse mais força para atacá-lo mais rápido eu poderia acertá-lo.

Mas antes que eu pudesse me recompor, Hermayne arrastava a lâmina de sua espada contra a minha, testando a força dele contra meu corpo. Com as duas mãos empunhando o cabo da arma não consegui contê-lo - mesmo usando apenas uma das mãos - e caí no chão, e pude sentir o frio da neve no couro do meu uniforme. “Droga” Praguejei comigo mesmo naquele momento, estava sendo humilhado por um velhote na frente de todos, desse jeito meu futuro seria cuidar dos cavalos ou, até pior, servir de camareira para o Intendente.

Ofegante, eu fitava os olhos do homem com bravura, conseguia ver em seu rosto o sorriso sarcástico e debochado para mim, teria que fazer algo para surpreendê-lo. Com a mão esquerda juntei um punhado de neve do chão, levantei-me lentamente e agachado joguei a neve gelada no rosto dele e depressa arrastei a espada pelo chão em 180º - não havia tido força o bastante para erguê-la como quis - e o acertei bem na canela. — Rá! - Deixei escapar um sorriso expressando minha euforia.

— Parece que você quer jogar sujo, hein, garoto? Vou parar de pegar leve com você…

— …

Me levantei e respirando fundo tentava me recompor, me distanciei alguns metros dele e ergui a espada a frente do corpo, levantando minha guarda me preparando para o próximo movimento dele.

Spoiler:

por **The Old Gods** Seg Fev 06, 2017 12:55 pm

Avaliação de treino de habilidade

SORIN UMBER

Gostei da sua narrativa, apesar de ter sido um tanto simplória. Poderia ter abusado um pouco mais da imaginação e criado novos movimentos, detalhando o treino antes de ter sido desafiado. No entanto, não encontrei erros que pudessem acarretar grandes descontos. Parabéns!

Critérios de avaliação

+ Conteúdo e Coerência (40/40)
+ Estrutura e Coesão (30/30)
+ Enredo e Criatividade (10/20)
+ Ortografia e Organização (10/10)

Total (90/100)

+ 15% de experiência pelo atributo de inteligência com 6 pontos
- 10% de experiência por ter a habilidade no nível 3

Recompensas

+ 94 pontos de experiência em Espada

Avaliação de treino de habilidade

Eustass Kid

Uma narração bem detalhada. Gostei principalmente da dificuldade do personagem ao lutar com alguém mais experiente, assim como gostei também da diversidade de movimentos narrados. Treino bem escrito, com uma boa performance. Parabéns!

Critérios de avaliação

+ Conteúdo e Coerência (40/40)
+ Estrutura e Coesão (30/30)
+ Enredo e Criatividade (20/20)
+ Ortografia e Organização (10/10)

Total (100/100)

+ 30% de experiência pelo atributo de inteligência com 10 pontos
- 10% de experiência por ter a habilidade no nível 3

Recompensas

+ 120 pontos de experiência em Espada

por **The Black Goat of Qohor** Seg Fev 06, 2017 4:09 pm

Reavaliação de treino de habilidade

Sorin Umber

Sori, seu treino ficou bem escrito e estruturado, apesar de ter sido simples. Conteúdo é um fator que conta muito em um treino, por isso tente sempre adicionar o máximo que você puder, descrevendo mais e melhor os movimentos referentes ao treino em si. No mais, não tenho do que reclamar.

Critérios de avaliação

+ Conteúdo e Coerência (35/40)
+ Estrutura e Coesão (30/30)
+ Enredo e Criatividade (20/20)
+ Ortografia e Organização (10/10)

Total (95/100)

+ 15% de experiência pelo atributo de inteligência com 6 pontos
- 0% de experiência por ter a habilidade no nível 1
+ 7% de experiência pelo dote inicial

Recompensas

+ 116 pontos de experiência em acrobacias

por **Eustass Kid** Ter Fev 07, 2017 12:55 am

The Young crow

Practice and Stay strong

Hermayne não quis conter suas habilidades de combate após ter a neve jogada em seu rosto, o homem parecia gostar de humilhar novatos e mostrar que era forte perante os outros. Agora que já estava de pé consegui ver que o local onde eu havia o atingido com a espada começava a sangrar, bem pouco, mas a brancura da neve deixava nítido o vermelho do sangue que escorria. De fato ele ainda não tinha percebido, porém pude perceber que ele sentia uma dor que o incomodava, sua postura ofensiva já não era a mesma e não utilizava aquela perna para se apoiar, reduzindo o peso exercido por ali. Sorri. Estava com a vantagem agora, ia mostrar para ele que não se humilha o futuro Lorde Comandante!

Com a espada erguida a frente do meu corpo, esperei que ele viesse até mim. Ele veio. Com todo seu tamanho avantajado, o Patrulheiro deu um pique na minha direção, sua espada foi ao alto junto com seus cotovelos e desceu como um meteoro, antes mesmo que eu pudesse pensar em reagir. Por puro reflexo fui ágil, conseguindo desviar no último instante me jogando para o lado esquerdo dele. Dei uma cambalhota ligeira e me distanciei do corpo dele e consequentemente da lâmina de sua espada. Ao tentar me recompor senti um enorme baque em meu tronco - parecia um chute - e caí no chão, assim que olhei Hermayne estava na minha frente prestes a erguer a espada novamente. Pela força do golpe eu tinha deixado a espada cair para o lado direito, e para desviar do golpe rolei para o mesmo lado passando por cima da espada e a segurando com minhas mãos, rodando na neve com ela grudada em meio peito.

Puxa, aquele velho estava mesmo com vontade de brigar, nem parecia um treino! De barriga para cima o vi se aproximar e o brilho cintilante da espada refletindo a luz do raio solar que iluminava timidamente o ambiente. Em desespero segurei minha espada no cabo e com a mão direita na ponta, deixando ela na horizontal esticando totalmente os braços para cima. Meus olhos se fecharam e a pude ouvir o barulho do aço encostando no aço, o brilho das pequenas faíscas clareando meu rosto, e logo abri os olhos novamente. Senti a mão pesada de Hermayne segurar-me pelo colarinho da minha armadura de couro e me erguer até o alto. Arremessou-me para longe. Caí de cara na neve. Que merda era aquele? Desde quando aquele velho tinha ficado tão forte? Para minha sorte não havia desgrudado da espada um só minuto.

Observei-o movimentar-se olhando por baixo do meu ombro direito, ainda deitado. Quando, enfim, ele se aproximou o suficiente para me dar outro chute, puxei a espada arrastando sua lâmina pela neve e mais uma vez o golpeei em sua base, acertando no mesmo ponto do golpe anterior, na canela. — ARGH! - Gritou o homem. Dessa vez me levantei trazendo a espada comigo, enquanto o patrulheiro abaixava o tronco para pôr a mão na perna eu o golpeei com a espada de cima para baixo na vertical segurando o cabo com as duas mãos. A ponta da lâmina acertou o peitoral de Hermayne bem na armadura leve dele, deixando um risco por ali, a minha marca, pensei. Ele caiu de costas no chão por conta da base frágil e a posição torta que seu corpo estava no momento do impacto, o que foi humilhante para ele. Passei as costas da minha mão esquerda na testa, limpando o suor que me escorria pelo rosto, a adrenalina era tanta que eu transpirava.

Spoiler:

por **The Black Goat of Qohor** Ter Fev 07, 2017 9:48 pm

Intervenção

O primeiro patrulheiro treinava junto de um dos homens - nem tanto - sob o seu comando, enquanto um dos não-juramentados tinha uma aula rígida, mas nada que não fosse comum para um dia em Castelo Negro. Há um bom tempo os corvos não ouviam de ameaças vindas do norte, apesar de saberem bem do perigo que se aproximava. Ao menos os mais experientes, como Sorin, sabiam. Eustass e Tony sequer imaginavam o terror que seria quando os mortos chegassem... Mas eles logo teriam um pequeno gosto do que era o inverno.

O frio que já era ruim ficou muito maior quando o "elevador" começou a descer, indicando que os patrulheiros da muralha retornavam a Castelo Negro. O ar gélido foi tão forte que, por um instante, todos os patrulheiros pararam de treinar graças ao calafrio que tomou conta de seu corpo. A plataforma então chegou ao chão, e dela saíram cinco patrulheiros. Tinham suas armas embainhadas e seguravam tochas apagadas, e caminharam de uma maneira lenta e completamente alheia ao ambiente ao seu redor, quase como se nada além deles existisse. O caminhar era estranho, e não demorou para que eles sumissem de vista, indo ao alojamento do Senhor Comandante.

Observações

+ Esta é uma intervenção da Cabra Preta de Qohor. Todos os presentes na RP viram a cena que eu descrevi, porém, não são obrigados a fazer qualquer coisa a respeito. Podem continuar seus treinos, se assim quiserem.

por **Sorin Umber** Ter Fev 07, 2017 10:59 pm

A troca de golpes com o garoto insolente apenas começara, e ao longe Sorin ouvia o som de outros patrulheiros treinando, mas não tinha tempo para prestar atenção neles. Estava concentrado no golpe que estava prestes a aplicar em Tony quando a sensação estranha e, ao mesmo tempo, arrepiantemente familiar invadiu seu corpo.
Foi uma mudança "sutil" no começo, uma pequena queda na temperatura. No entanto, o Primeiro Patrulheiro estava molhado de suor pelo treino, e a variação foi sentida como um baque. Sorin parou o golpe no meio do caminho e se afastou de Tony rapidamente, ficando em silêncio enquanto erguia a mão num sinal para que ele parasse. A temperatura abaixava e abaixava, e não dava sinais de que iria parar. As gotas de suor congelavam no corpo do homem, que olhava ao redor, com calafrios correndo por sua espinha. Inconscientemente, ele fechava a mão mais firmemente no punho da espada, rodando o pulso de leve para manter o sangue correndo, apesar de parecer impossível com a temperatura extremamente congelante.
A plataforma que vinha da Muralha logo desceu, e cinco vultos começaram a sair dela. Os olhos treinados de Sorin viam que eles portavam tochas, as tochas de madeira que a Patrulha usava para suas rondas, mas elas estavam apagadas... O sol não saíra ainda, e apesar de estar a caminho, estava escuro demais para que eles tivessem descido da Muralha sem nenhuma iluminação. As chances de escorregar e cair de cara no chão a metros e metros lá embaixo era muito grande. E o jeito que eles andavam... "Pelos deuses, que porra é essa?" Pensou Sorin, enquanto os cinco andavam de forma uniforme e lenta, passos contidos, sem olhar para os lados apesar de ter gente treinando e fazendo barulho logo ali.
Seu momento de batatice acabou quando se tocou de que faziam o caminho para o alojamento do Comandante. Ele lutou para fazer as pernas funcionarem (elas pareceram gritar de dor com o frio que quase as congelara) e foi andando cautelosamente até eles. Não planejava se aproximar, deixaria uma distância segura de no mínimo dois metros de distância até se certificar de que eram realmente Patrulheiros sonâmbulos, e não selvagens... Ou... Talvez.
- EI, VOCÊS CINCO! PAREM AÍ MESMO! - Sorin fez questão de elevar a voz de forma autoritária, no mesmo tom que usava ao se dirigir a qualquer Patrulheiro. Eles teriam que pelo menos parar... Se não... - SE NÃO PARAREM EU VOU CORTAR AS PERNAS DE VOCÊS E JOGAR PROS CÃES COMEREM! AGORA!

por **The Old Gods** Qua Fev 08, 2017 3:10 pm

avaliação de treino de habilidade

Eustass Kid

Parabéns pelo treinamento! Conseguiu descrever muito bem os movimentos realizados com a arma citada, além de ter explorado tanto as dificuldades quanto o sucesso do personagem nos golpes realizados. Escrita impecável, com poucos erros encontrados.

Critérios de avaliação

+ Conteúdo e Coerência (40/40)
+ Estrutura e Coesão (30/30)
+ Enredo e Criatividade (20/20)
+ Ortografia e Organização (10/10)

Total (100/100)

+ 30% de experiência pelo atributo de inteligência com 10 pontos
- 15% de experiência por ter a habilidade no nível 4

Recompensas

+ 115 pontos de experiência em Espada
+ Técnica de habilidade: + Maestria de Cavaleiro (nível 5)

por **Serjão Patrulheiro** Qua Fev 08, 2017 7:26 pm

As sombras

Era um dia comum, nada que destacasse-o de outros. O frio ali era rigoroso em todas as épocas, contudo no inverno ele intensificava-se. Serjão já estava ali há muitos anos, e mesmo assim, a temperatura era extremamente desagradável para si. Vestia negro dos pés à cabeça, afinal, era um juramentado da Patrulha da Noite. A única alteração na cor de suas roupas, era por causa da neve que caía a todo instante, os pequenos flocos queimavam a pele do seu rosto. No pátio, alguns membros da Patrulha treinavam coisas diversas, o homem não possuía nenhum tipo de vontade de participar daquilo. Já era um patrulheiro há muito tempo, anos antes de vários daqueles outros chegarem. Treinos eram desnecessários para si, julgava-se bom o suficiente.

De repente a temperatura pareceu cair, paralelo a isso podia-se ver o elevador descendo, aquele que levava os patrulheiros até o Castelo Negro. Todos pareceram sentir em seus corpos o frio, já que cessaram o treino. Todos pareceram encarar as figuras que surgiram pelo elevador, cinco patrulheiros, ou o que foram algum dia. Pareceram ignorar as coisas que haviam ao redor, traziam consigo tochas apagadas e suas armas estavam guardadas. — Que merda é essa? — Pensou enquanto via os patrulheiros sumindo de sua visão, aproximavam-se lentamente.

A princípio ficou parado onde estava anteriormente, não via uma razão para se aproximar. Foi quando viu a aproximação de um dos que estavam treinando, no caso, o primeiro patrulheiro. Suas palavras eram um tanto ... imbecis. Não era nada sábio dirigir-se aos patrulheiros daquela forma, e mesmo que ele fosse o primeiro patrulheiro, sua atitude demonstrou o quão burro era. Não sabia se algo ocorrera com aqueles patrulheiros, as coisas existentes para lá da muralha poderiam ter alterado o comportamento deles, talvez fossem ... hostis. Ou algo pior do que isso. Serjão aproximou-se um pouco, contudo, com muita cautela.

BY MITZI

por **Tony Reimann** Qua Fev 08, 2017 7:51 pm

As palavras do homem foram bastante sarcásticas, o que fez Tony erguer uma sobrancelha. Virgem, pensou consigo mesma. Sim, ela era boa com corvos, mas não deixava de ser melhor com espadas. A arrogância do garoto era grande, mas ela foi gostaria de saber o quão macho era entre quatro paredes. Só assim ela poderia morder a língua é segurar a resposta. Claro, ela tinha feito tal movimento, apenas ficando quieta, mas continuou andando até ele com a espada em riste. Mesmo não tendo tanta experiência quanto deveria com a arma, senso de sobrevivência era o que não faltava na Reimann, e rapidamente a mulher desviou do golpe sem esforço. Não prestou muita atenção nele, principalmente quando a temperatura aumentou e ambos pararam.

Também na fora difícil enxergar os patrulheiros que vinham em sua direção e logo iam para os aposentos do Senhor Comandante. Corvos Brancos, talvez? Estava lá a 15 anos, tinha visto ele treinaram, e ainda sentia medo. Poucas coisas colocavam medo na Reimann, principalmente depois de viver anos com os selvagens. Sua mente ficou ainda mais alerta após o idiota do Primeiro Patrulheiro chamar a atenção deles. Será mesmo que ele tinha titica de galinha na cabeça?

Caminhou até ele rapidamente, segurando seu braço com força. Encostou os lábios em seu ouvido e por fim disse: – Se forem o grupo de elite de Melkor você está morto. Recue agora, todos nós sofreremos as consequências de seus atos idiotas – mão se importou em engrossar a voz. Se os patrulheiros lhe desse ouvidos, cada um dos presentes estaria morto em poucos minutos.

Seu idiota!

thanks wrd for this code.

por **Eustass Kid** Qua Fev 08, 2017 10:23 pm

The Young crow

Practice and Stay strong

Ajudei o homem a levantar-se do chão após o ocorrido, o ferimento não era grave por a espada não possuía gume efetivo como uma espada de alto padrão como as de um lorde, mas havia ali um ferimento que o incomodava. Porém, o velho corvo Hermayne esqueceu-se tão rápido daquilo que já me empurrou para longe após estar de pé novamente — Vamos continuar, moleque. Foi sorte, não deixarei um pirralho me derrubar novamente… - Sorri alegremente, havia tempos que não me divertia tanto desde que “aquilo” aconteceu e senti um enorme peso sair de minhas costas.

Começo a perceber que a espada já não era mais tão pesada como da primeira vez que a peguei, já estava tomando jeito e acostumando com a pegada certa, arrisquei um floreio com a arma, girando o cabo entre os meus dedos e rodopiando a espada. Não era nada demais, óbviamente, e o Patrulheiro quis mostrar como se usa uma espada com destreza. o Royce avançou em minha direção com a base trocada, evitando apoiar o pé da perna que estava machucada. Apesar de tudo, tive de pensar rápido, o raciocínio sob pressão não era meu ponto forte e acertá-lo na perna de novo seria mais difícil já que ele estava preparado para isso.

Balançando a cintura, Hermayne desferiu um golpe na diagonal com sua grande espada em minha direção, com os pés firmes protegi-me com a espada, todavia o homem era muito mais forte do que eu e o impacto do golpe deslocou meu braço para a direita, tive que dar um passo para o lado para me estabilizar. Abaixei a cabeça por um breve momento para olhar para os meus pés e encaixá-los firmemente no solo para me equilibrar, porém o patrulheiro era rápido e quando voltei o olhar sua espada voava novamente na direção do meu peitoral. Puxei a espada com as duas mãos em um total desespero, a lâmina da espada de Hermayne acertou na guarda da minha espada e por pouco não feriu-me os dedos - eu não estava a usar luvas - e arregalei os olhos quando vi.

Em contrapartida, a lâmina da espada dele grudou na guarda da minha, e então balancei a arma para os lados esquerdo e direito deslizando as lâminas até se soltarem e logo o velho se desequilibrou. As vezes ter “jeito” era melhor do que “força”. Levei o cotovelo para trás puxando o cabo da minha espada comigo, impulsionei o braço para frente ajustando uma forte estocada com a força do ombro, ele desviou. Golpeei mais uma vez da esquerda para a direita, floreando o ar algumas vezes. Ele era bom de desviar. Mais uma vez rodopiei a espada em sua frente, um erro crasso, fiquei totalmente exposto, a guarda baixa no momento em que tentava acertá-lo. Em um contra-golpe, Hermayne me acertou com as costas do cabo de sua arma, creio que se fosse com a lâmina ele teria me matado. Senti uma forte pontada no coração, faltou-me ar e não senti as pernas por alguns segundos. Caí ao chão mais uma vez. Knock Down. 2 a 1 para o velhote.

Spoiler:

Assim que eu caí no chão, ouvi e vi uma movimentação estranha na muralha. Alguns patrulheiros içaram a ponte para que outros corvos entrassem e junto com eles um frio arrebatador. O vento gélido atravessou meu corpo como um fantasma, senti-me congelar por dentro, meus dentes rangeram e trouxe os braços para perto do corpo para me aquecer. 5 homens entravam no Castelo Black, Corvos, como eu um dia seria. Estavam armados e com tochas apagadas, apenas o pedaço de madeira. A priori achei normal, porém o Primeiro Patrulheiro, nome dado ao líder dos patrulheiros, se aproximou dos homens e disse palavras de ordens, a distância á qual eu estava não era possível ouvir o que ele dissera, mas pude notar que os homens não eram aqueles que os corvos esperavam ser.

por **The Black Goat of Qohor** Qua Fev 08, 2017 10:33 pm

Intervenção

O Primeiro Patrulheiro gritou. A mulher-macho o repreendeu. Todos os corvos que estavam no local pararam para ver o que iria acontecer naquele momento, em que Sorin havia, provavelmente, exagerado em suas palavras. Porém, não aconteceu... Nada. Absolutamente nada. Os cinco homens simplesmente continuaram a andar, como se nem tivessem escutado as palavras do Umber. Agora restaria saber se ele cumpriria a ameaça.

Observações

+ Esta é uma intervenção da Cabra Preta de Qohor. Todos os presentes na RP viram a cena que eu descrevi, porém, não são obrigados a fazer qualquer coisa a respeito. Podem continuar seus treinos, se assim quiserem.

por **Sorin Umber** Qui Fev 09, 2017 12:28 am

Talvez fosse seu sangue nortenho falando mais alto do que a sua cabeça, mas existiam duas coisas que sempre irritaram Sorin, tanto antes (quando era um filho de Lorde, brincando com o irmão) quanto agora (um Patrulheiro): A primeira era não ter uma ordem atendida. Aquilo simplesmente fazia seu sangue ferver de uma forma que quase o levava a loucura. Ele queria partir pra cima dos cinco e despedaçá-los, como tinha prometido, por não obedecerem uma ordem clara. A segunda era covardia. Não importava se eram 5, 10 ou 20 homens, os outros patrulheiros não tinham como saber se eram amigos ou hostis, e mesmo assim estavam parados como se fossem idiotas.
Apesar da voz de Tony ter um tom levemente mais afeminado do que de costume, Sorin preferiu manter os olhos nos cinco, que começavam o caminho escada acima. Obviamente ele só estava guardando a desconfiança súbita (e que não fazia muito sentido, num primeiro momento) para uma outra ocasião, menos tensa do que aquela. Sem tirar os olhos dos homens misteriosos, ele grunhiu em resposta, baixo o suficiente para que ele(a) escutasse e mais ninguém. - Eu não dou a mínima se eles são elite de Melkor ou Targaryens pintados de ouro e prata. Eles não se identificaram, e podem tanto ser da elite quanto cinco selvagens vestidos com nossas roupas e entrando no nosso Castelo. - Finalmente ele permitiu-se olhar para o garoto (ou garota, como sua mente corrigia de forma não muito certa), encarando-o nos olhos com um sorriso desafiador. - Agora queira tirar sua mão do meu braço antes que eu jogue você naqueles cinco... Princesa. - Sussurrou, esperando que ela o soltasse, mantendo os pseudo-patrulheiros em seu campo de visão para que eles não se perdessem de vista.

por **The Maiden Made of Light** Qui Fev 09, 2017 5:20 am

Avaliação de treino de habilidade

EUSTASS KID

A escrita e a condução do treino foram muito boas, porém o table estreito atrapalhou a leitura. Fora isso, não tenho do que reclamar.

Critérios de avaliação

+ Conteúdo e Coerência (40/40)
+ Estrutura e Coesão (30/30)
+ Enredo e Criatividade (20/20)
+ Ortografia e Organização (5/10)

Total (95/100)

+ 30% de experiência pelo atributo de inteligência com 10 pontos
- 25% de experiência por ter a habilidade no nível 5

Recompensas

+ 100 pontos de experiência em Espada

por **Tony Reimann** Qui Fev 09, 2017 6:43 pm

S

eu coração se acalmou quando os patrulheiros continuaram. Iriam viver por enquanto, e isso bastava. Se as coisas na Muralha continuassem tenebrosas, Tony iria embora. Quem poderia culpa-la? Era um mulher em um lugar apenas de homens, queria viver, e ninguém poderia provar que estivera ali. Era a única ali que poderia quebrar o juramento e sair ilesa.

Ouvindo as palavras de Sorin, a Reimann respirou fundo se encostando ainda mais nele, a raiva explicita em sua voz - Então vá atrás deles, seu idiota, mas se eles te matarem ou te derem uma lição, lembre-se que eu te avisei. - apertou ainda mais sua mão, chegando a cravar as unhas em sua pele mesmo com a roupa grossa.

Ao ouvir a maneira como ele a chamara, Tony abriu um sorriso presunçoso, que apenas o primeiro patrulheiro poderia ver - A princesa aqui não tem medo de trabalho manual - o duplo sentido na frase era explicito... Mas ele provavelmente não perceberia - E ela sabe ser inteligente. Quer mostrar que é corajoso, então ataque-os, e morra como um idiota - soltou-o, caminhando na direção do local em que os corvos ficavam.

Can you feel the pressure between your hips?

thank you weird for lotus graphics!

por **Eustass Kid** Qui Fev 09, 2017 10:30 pm

The Young crow

Practice and Stay strong

Assim como o frio, a apreensão também tomava conta de todos no recinto. Da distância em que eu estava não era possível ouvir com clareza o que o grupo à alguns metros da minha frente conversavam, porém não pude deixar de notar que o Líder dos Patrulheiros estava a dar uma ordem e que aqueles 5 que acabavam de entrar estavam o ignorando, como se o mesmo sequer existisse. Sua presença era tão pífia que os homens ao menos o olharam, seguiram o caminho até onde estavam indo, pareciam obstinados aquilo como se fosse a última coisa que fariam no mundo. Mas que líder de merda, penso eu. Nem mesmo seus patrulheiros o respeitam, por que eu deveria?

por **Serjão Patrulheiro** Sex Fev 10, 2017 12:19 am

As sombras

O líder dos patrulheiros fora completamente ignorado. Aqueles que há pouco haviam chegado pelo elevador, sequer importaram-se com as palavras do patrulheiro. Em partes, isso era algo bom. Sem dúvidas os homens trajavam as vestes de um patrulheiro, Serjão sabia disso, afinal, era um. Contudo o que estava perante os seus olhos não parecia ser algo normal. O inverno já havia chegado, e todos sabiam o que acontecia durante o intenso frio da estação, principalmente membros da Patrulha da Noite. A muralha servia unicamente para proteger os Sete Reinos, do que estivesse do outro lado. Isso incluía os selvagens, que constantemente tentavam atravessá-la para viver do outro lado, mas noutros invernos coisas bem mais perigosas caminharam, os mortos.

Os selvagens geralmente eram contidos com facilidade, isso não se aplicava aos mortos. Traziam consigo ainda mais frio, além de que o aço não era necessário para matá-los, apenas o fogo continha-os. As tochas apagadas poderiam significar isso, não andariam com o fogo se este pudesse destruir-lhes. A forma que comportavam-se, somado a queda brusca na temperatura, aumentava a hipótese. Por sorte o patrulheiro não partiu para cima dos que recém haviam chegado, talvez por ser contido por um intendente, que treinava ali. Ou talvez apenas estivesse receoso. Por ser o primeiro patrulheiro, deveria ter noção do que eram aqueles homens. Todavia, estavam ali por alguma razão, e caminhavam na direção dos aposentos do comandante da Patrulha da Noite, Serjão e os demais deveriam fazer algo, sem dúvidas.

O homem aproximou-se dos demais, suas íris mantiveram-se a todo instante focadas nos estranhos. — Há uma grande possibilidade daqueles cinco não serem os mesmos que saíram daqui para patrulhar, sabe se lá o que houve com eles durante a patrulha. — Disse, quando a distância já era curta o suficiente para que escutassem-o. Analisou por alguns instantes as figuras que não importavam-se consigo e os demais. — Devemos fazer algo, todos nós sabemos as coisas que acontecessem no inverno, pode ser perigoso deixar aqueles cinco seguirem os seus rumos. — Completou, não permitindo-se desviar o olhar. O frio era extremo, todo o corpo doía em consequência disso, porém algo deveria ser feito.

BY MITZI

por **The Black Goat of Qohor** Qui Fev 16, 2017 10:07 pm

Intervenção

Cinco patrulheiros agindo estranhamente e entrando na tenda do Senhor Comandante poderiam realmente ser um grande problema, não fosse o que aconteceu logo após isso.

— O que pensa que está fazendo, recruta? — Os patrulheiros ouviram um grito, e se viraram para ver um patrulheiro brigando com um dos novos recrutas e gritando algo sobre ajudar selvagens. E aconteceu rápido demais para que eles entendessem. Em um momento eram apenas gritos, no outro uma briga havia começado. Dois selvagens que haviam sido capturados naquele dia se levantaram, e bastou um soco de um deles para que o patrulheiro estivesse caído no chão, sem consciência. — Os prisioneiros estão fugindo! Fechem os portões! — Os gritos tornaram-se ainda piores, e os homens(um nem tanto) que treinavam puderam ver os cães sendo soltados e mais patrulheiros se juntando à briga que havia se formado.

Infelizmente, não puderam continuar observando. Enquanto todos eles olhavam sem entender para a briga, Eustass ouviu um som parecido com um engasgar, vindo exatamente do seu lado. O rapaz olhou para ver uma espada inteira atravessando a garganta de Hermayne Royce, o homem que antes o treinava. Os cinco homens estavam de volta, e dessa vez um novo o acompanhava, mas algo estava diferente. Eles estavam pálidos. Muito mais pálidos que quando atravessaram o caminho de Sorin, Tony e dos outros dois que ninguém lembra. Eustass pôde ver os olhos daquele que havia matado seu "mestre": eles brilhavam em um tom de azul tão forte que não podia ser normal. Mas não estavam mortos. E ninguém havia sentido os cinco chegando.

O caos se instaurou. Anole viu um dos cães atacar seus mestres, enquanto os demais patrulheiros viram os seis pálidos atacando descontroladamente seus companheiros. E então o fogo começou a arder em algum ponto atrás deles, e ninguém mais era capaz de entender qualquer coisa naquele local. Os seis avançavam na direção de do primeiro patrulheiro e de seus aliados. O que estava mais próximo de Eustass tentou atacá-lo com a espada, o que talvez significasse o fim do rapaz. A fumaça se espalhava, os selvagens escapavam, o Tallhart era capturado e sentia sua mente se esvair.

E então seus olhos se abriram, e sua visão estava diferente. As cores não faziam sentido, os odores se misturavam de maneira muito mais intensa que antes, e seu corpo estava muito mais baixo. Ele tentou gritar, mas o que saiu de sua boca foi um latido. Ele não podia ver, mas estava no corpo de um Rottweiler adulto.

Observações

+ A partir de agora, Anole Tallhart faz parte desta RP. Todos vocês estão livres para reagir ao que foi narrado da maneira que quiserem. Aqueles que decidirem lutar, devem rolar um d20 após a ação. Todos possuem acesso às armas da patrulha, mesmo que não as tenham no inventário. Eustass deve jogar um 1d20 obrigatoriamente. Caso ataque, deverá jogar 2d20.

por **Eustass Kid** Qui Fev 16, 2017 11:30 pm

The Young crow

Practice and Stay strong

Distraído com o acontecimento recente, observei a estranha movimentação do grupo de patrulheiros que chamara a atenção de todos, muitos pareciam apreensivos, outros nervosos e eu? Eu estava nem aí. Só que de repente ouvi a balbúrdia que iniciava bem próximo do pátio, a gritaria, alguns cachorros saindo do canil, selvagens fugindo e um rapaz de cabelos longos e castanhos claros sendo capturado. Levantei rapidamente do chão quando o fogo começou a tomar conta do pátio, confuso com o que estava acontecendo eu tentava assimilar as coisas para deduzir algo lógico para toda aquela confusão desmedida.

Só que de repente ouço o tilintar do metal atrás de mim, o som de um gemido sôfrego e quando viro-me para trás vejo a pior cena da minha vida. Hermayne com uma espada fincada em seu pescoço, deslizando lentamente até sair, espirrando o sangue do velho patrulheiro no processo. Os respingos acertaram-me nas vestes, a cor rubra do sangue pingando sobre o chão e o corpo do homem a cair bem diante dos meus olhos. Estremeço, minha pupila dilata arregalando os olhos, meu corpo parece não se mexer, por mais que eu queira. Olho nos olhos do assassino e percebo que algo não está certo com aquele ser, sua íris estava tomada de um tom azul tão intenso que parecia magia, nunca na vida algum humano poderia ter aqueles olhos, em contraste com a cor esbranquiçada da pele o azul parecia ainda mais intenso e brilhante.

Tão logo vejo a espada do homem vir em minha direção. Há muitas coisas passando-se em minha mente, o sangue, os cães, o morto, o cheiro da fumaça… Mas o perigo de vida constante me deu um choque de realidade, a adrenalina atravessava meu corpo e tentei reagir protegendo do corte projetando o tronco para a esquerda e com a espada a frente do peito, para que as lâminas se chocassem e eu bloqueasse com êxito.

Na hipótese de conseguir, moveria com rapidez os pés para a esquerda ficando na lateral do corpo do assassino antes que este pudesse se recompor, ergueria minha espada sobre minha cabeça a segurá-la com as duas mãos no cabo, desceria um corte vertical com extrema força á fim de liquidá-lo com um único golpe. — MORRRRRE DIABO!

por **Narrador** Qui Fev 16, 2017 11:30 pm

O membro 'Morto 1' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 '[D20]' : 1

--------------------------------

#2 '[D20]' : 20

por **Anole Tallhart** Qui Fev 16, 2017 11:51 pm

beast in outside

A quantidade absurda de informações te deixa desorientado por um longo período de tempo. Você, Anole, começa a desgostar cada vez mais desses sonhos interligados por uma linha tênue entre ficção e realidade - por hora.

Tanta coisa acontecendo, tanto a ser assimilado e mesmo assim, pouco a pouco, você consegue se manter situado nesse picadeiro de extrema calamidade, usufruindo de cada um dos sentidos, parcialmente, focando-se de um em um.

Primeiro, o olfato. Cheiros e odores de todos os tipos o mantêm atento, ciente a tudo e a todos, seja lá de onde quer que venham. Ferro, sal, umidade e fumaça. O misto de sensações que esses odores transmitem maculam o seu senso de orientação. Você não sabe como, mas a certeza de captá-los, sem erros, faz quase com que se sinta um animal. O impulso é até semelhante, o de atacar, acabar logo com toda essa bagunça infernal.

Segundo, a audição. Não mais fácil que o olfato, mas também não é o mais difícil. Concentrando-se, consegue discernir todos os sons provindos da localidade com exímia clareza. O ruído de metais tilintando, travando colapsos momentâneos que se assimilam a de espadas em riste. Gritos eufóricos, bradando ordens, clamando por ajuda ou até mesmo ditando advertências. Fogo! Cuidado! Protejam-se! São apenas algumas das palavras trazidas pelo vento frio do inverno que demoram a fazer sentido. Por pouco - muito pouco - você não consegue compreendê-las tão bem quanto deveria.

Por último, mas não menos importante, você aguça a visão. Abrir os olhos é algo que custa esforço, mas quando o faz, a enxurrada de imagens te deixa estagnado. É tudo demasiadamente estranho e novo; as cores, o show de luzes e sombras, os tons, as formas. Tamanha intensidade deveria fazer com que seu estômago se embrulhasse, enjoado, sobrecarregado com esta vasta carga de conhecimento precário. Porém, lhe parece comum, de certa maneira, observar de um ponto tão relativamente baixo, os detalhes da cena macabra que por si só já aterrorizava.

A atenção volta-se, inicialmente, em direção ao fogaréu que ganha volume e densidade à medida que os minutos se arrastam em uma velocidade surreal. Neste momento, você, Anole, também é capaz de reparar a sensação térmica dos elementos encontrados à frente - e aos lados, e ao flanco. Quente, muito quente por aquela direção - seguindo a trilha de sangue e cinzas que leva às chamas - e por conta disso você recua, choramingando, assustado com as proporções do fogo.

As figuras que te ladeiam começam a tomar forma, então; são humanas, homens, vários deles, usando preto - seria preto? é difícil saber visto de tal perspectiva - brandindo baldes contra as fagulhas e erguendo armas, lutando contra o fogo e algumas figuras espectrais tão geladas que alarmam os seus sentidos. Leva mais algum tempo para que você tenha plena certeza de onde esteja. O pátio do Castelo Negro, para sua infelicidade.

O que está acontecendo? Você pergunta a si mesmo, mas apenas o que é possível ouvir são latidos e grunhidos. Socorro! Alguém me tire daqui! Grita outra vez, receptando latidos ainda mais altos e fortes. É só um sonho, Anole, tenha calma. Medita, tentando se confortar, buscando compreender qualquer significado elusivo neste possível sonho.

No entanto, não há qualquer significado além de morte. E é visível - até mesmo para um cego - mediante os gritos e o soar de metais a travar uma luta exaustiva quando alguns dos patrulheiros começam a atacar outros da própria ordem. Pálidos e impetuosos, os algozes buscam dizimar seus irmãos sem qualquer piedade, e também sem motivo. Você abana o rosto, tentando dispersar as imagens e despertar deste terrível pesadelo. Mas não há escapatória, Anole, você sabe disso.

Cuidado! Atrás de você! Tenta alertar a um rapaz, vislumbrando uma das sombras erguendo-se às costas da vítima, pronta para apunhalá-lo. Movido pela adrenalina - e munido com toda a coragem de um benfeito, pois é isso o que você é, sobretudo - avança com ferocidade contra o inquilino, retraindo inconsequentemente as garras e exibindo as presas pontiagudas - as quais só percebeu possuir agora.

Se suscetível, abocanharia a garganta do homem pálido que tentara ferir Eustass, outrora, usando o peso do teu próprio corpo animalesco para derrubar o alvo na investida e, assim, ajudar o recruta mencionado.

Mal sabia você, meu doce Anole, que a selvageria era uma dádiva à ambos os lados - o teu, animal, e o deles, humano.

Observações:

tags: patrulha da noite

[RP Fechada] As Sombras Erguem-se