[QUEST OP] A fair lady

por **Styr** Qui Jul 07, 2016 4:12 am

A fair lady

Depois de muitos dias na estrada, o branco da neve deu lugar ao verde das árvores, o frio deu lugar a temperaturas amenas e enfim Lady Alona Manderly pôde se sentir tranquila ao ver no horizonte o castelo de Correrrio, a casa dos Tully.

A viagem tinha sido tranquila até ali e poderia seguir da mesma maneira até a fortaleza se não fosse pelo senso de moral da Lady. Na beira da estrada, abaixo de uma árvore com galhos longos e grossos, um dois homens trajando nenhum estandarte pareciam preparar uma senhora e um senhor de idade para serem enforcados.

No mesmo instante a jovem Manderly mandou que a caravana parasse e junto de 4 guardas bem armados se aproximou da árvore para inquirir sobre o que estava acontecendo ali, aparentemente os dois eram acusados de bruxaria e estavam matando os animais das fazendas no arredor de Correrrio.

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+ Deve começar o post a partir de algum momento anterior a sua chegada nas terras fluviais. Quero que descreva como se sentiu ao chegar num lugar tão diferente do Norte.

+ Deve conter também sua decisão sobre o casal de idosos e se os homens tiveram um julgamento justo ou não e se os dois merecem morrer.

+ Deve ser finalizado quando estiver entrando no Castelo.

+ Prazo de postagem de 15 dias.

+ Não use templates muito pequenos nem cores cegantes.

+ Esta é uma quest OP de dificuldade fácil, para Alona Manderly.

+ Assim que postar na quest, avise por MP.

por **Alona Manderly** Sex Jul 08, 2016 2:36 pm

Minha parca experiência com viagens longas não me deixava dizer ao certo onde estávamos. Havia um riacho, quase sumindo entre as pedras, e a neve ainda cobria boa parte da Estrada do Rei. Assumi apenas que ainda estávamos em terras nortenhas, após quase uma semana sacolejando em carruagens e cavalos. Para mim, aquela era uma viagem desnecessária. Eram tempos difíceis para todas as regiões, e Lord Walton e sua esposa teriam coisas mais importantes a fazer do que receber visitas. Mas, como em quase tudo na vida, meu pai possuía uma opinião diferente da minha. Após o conselho em Winterfell, era vontade dele que eu me distraísse, que passasse um tempo com a calmaria de Riverrun, assim, usando a primeira desculpa que conseguiu, me despachou para o sul.

- Sor Melvin, quantos dias mais? – Perguntei, colocando a cabeça pela pequena janela da carruagem. Então o cavaleiro, que seguia tranquilo à frente da comitiva, para e dá meia volta ao ouvir minha voz. – Não mais que quatro dias, Milady. Isso é claro, se encurtarmos nossas paradas. – Respondeu o homem de meia idade. – Faremos isso então. – Digo e sorrio o dispensando. Formávamos um comboio pequeno, não mais que trinta pessoas, entre damas de companhia e soldados, viajando preferencialmente ao dia, o que eu desconfiava ser o motivo de nosso atraso.

Daquele ponto em diante, tudo que fizemos se repetiu por três vezes. Tivemos conversas esporádicas, paramos, montamos acampamento, descansamos enquanto o cozinheiro preparava as refeições e voltamos ao caminho. As coisas se tornaram novidade quando chegamos aos domínios da Casa Tully. A neve não se acumulava mais sob nossos pés, o ar frio não mais queimava nossos rostos e finalmente alcançamos as lendárias Gêmeas. Difícil era conter meu olhar de desprezo diante da edificação que levará a vida de meus ancestrais, em uma vergonhosa afronta ao direito de hóspede.

Sor Melvin nem sequer desceu de seu cavalo para pagar o pedágio, pois não havia sequer a mera possibilidade de uma comitiva Manderly demorar mais que o necessário na sede Frey. Assim, quando foi nos dado passagem, suspirei aliviada. Tinha meus joelhos dormentes por ficar sempre na mesma posição, e mesmo contra a indicação de Sor Melvin, que temia por minha segurança, desci da carruagem e segui a pé ao lado dela. – Milady, não conhecemos bem essas terras. Talvez fosse mais prudente que... – Ele começou o seu discurso, mas tive de interrompê-lo. – Aquiete seu coração, Sor. Apenas alguns metros e volto a segurança do cárcere. – Digo sorrindo.

Já havia vindo ao sul antes, mas nunca sozinha, ou com a oportunidade de estar atenta aos detalhes. A grama era muito mais espessa que a de Porto Branco, as árvores se erguiam contra o vento como se dançassem para uma orquestra imaginária, enquanto os lagos surgiam aos montes, com sua superfície abalada pela brisa. Pela primeira vez, me peguei apreciando outro clima que não o de casa, parando uma ou outa vez para colher algumas ervas, já conseguindo ver a edificação de Riverrun no horizonte. O solo das Terras Fluviais oferecia venenos e remédios como nenhum outro nos Sete Reinos. Nem mesmo a Campina era tão rica, e eu não poderia perder a oportunidade. – Vê, Sor Melvin? São Glicínias. – Digo apontando para as lindas pétalas que caiam em efeito cascata, atarracadas à uma árvore. – Belas e majestosas, mas se ingeridas, fazem até o mais bravo soldado se contorcer de dor e vômito. – Esclareço, e me adianto até a frente da carruagem e estendo a mão para o cocheiro. – Uma adaga, por favor. Elas não crescem em Porto Branco. – Digo, e o homem rapidamente me estende uma adaga antiga.

Dou alguns passos para fora da estrada e toda a comitiva para por reflexo, enquanto apoio um pé no troco da árvore e corto uma quantidade generosa de flores da Glicínia. Minha intenção era usá-la como adubo e não envenenar ninguém, mas era sempre bom estar preparado. Me afastei da árvore e imediatamente uma das damas de companhia se adiantou com uma bolsa de couro tingido, onde depositei a planta. Ao me preparar para continuar minha caminhada, fui surpreendida por exemplares vistosos de Malva-Silvestre, planta que poderia ser usada contra praticamente qualquer enfermidade. Meu pai costumava comprar a flor seca de comerciantes sulistas, para que nossos Meistres pudessem criar misturas para ferimentos bucais. – Olá amiguinha. Está crescendo longe de casa. – Murmuro ao me abaixar, pois se tratava de uma planta comum da Campina.

A dama de companhia me segue e eu manuseio a adaga com cuidado, arrancando flores suficientes para meses. Deposito tudo na bolsa e entrego a arma a moça, que volta à carruagem. Eu sigo em frente e me abaixo poucos metros depois às margens de um pequeno lago, para lavar as mãos antes de voltar a monotonia da viagem. Porém, quando me levanto, uma cena me toma a atenção. Não muito longe, na outra margem, à beira da estrada e a sombra de uma das muitas árvores que encontrávamos pelo caminho, dois homens preparavam forcas, enquanto um casal de idosos esperavam presos e indefesos.

– Sor Melvin, rápido. Veja aquilo! Adiante antes que o pior aconteça! – Ordeno, e corro em direção a carruagem, na qual entro sem sequer fechar a porta. A comitiva acelera o passo e logo é percebida pelos homens, que mesmo com intenções obscuras não se deixam abalar pela nossa movimentação. – Parem em nome dos deuses antigos e novos! – Grito saindo da carruagem, sendo imediatamente seguida por quatro cavaleiros prontos para desembainhar suas espadas. Os homens finalmente param o seu trabalho e me olham com curiosidade, enquanto sigo furiosa na direção deles. Suspirei antes olhá-los nos olhos, vendo que não poderiam ser soldados Tully ou servidores de qualquer outra casa.

– Exijo uma explicação. – Digo, com a voz tranquila. – Não vim do Norte para ver idosos serem massacrados. – Garanto. Um dos homens dá um passo em minha direção, ao que meus soldados se adiantam em igual proporção, fazendo-o parar e erguer as mãos. Era um homem mais velho, com algumas cicatrizes do rosto, que logo se pôs a falar com uma voz forte. – Siga seu caminho, Milady. Estamos apenas cumprindo nossa missão. – Não posso evitar um sorriso sarcástico. – Eu até sou boa com rodeios, meu senhor. Mas no momento não tenho tempo. Seja claro! – Respondo, irritada.

– São pecadores. Bruxos que trouxeram sua sujeira para Riverrun. – Explicou o outro homem, mais jovem e mais impaciente, que erguia a voz para mim propositalmente. Parte de mim quis ordenar que sua língua fosse arrancada, mas felizmente para ele, eu raramente ouvia meu lado sanguinário. – Estavam sacrificando animais das fazendas próximas em um altar de pedra. Magia negra que empesteia o ar. Estamos cumprindo nosso dever. – Explicou o executor mais velho. Deixei meu olhar vagar até os idosos, que mantinham suas cabeças baixas.

– Há provas? – Questiono, e o homem mais jovem se adianta com prazer e atira um saco velho no espaço entre nós. Meu olhar é atraído para a coisa, que possuía várias machas de sangue, mas não dei um passo para abri-lo. Foi Sor Melvin quem tomou a iniciativa e com um gesto rápido entornou seu conteúdo na grama. Vários pedaços de madeira de força irregular, cabeças decepadas e sementes encheram nossas vistas, servindo de prova aos que os homens alegavam. – Mesmo assim. – Começo. – Com que autoridade vocês executam essa sentença? Com apoio de Lord Walton? Esses são os domínios dele e se seus vassalos estão sendo prejudicados, ele deve ser informado e os culpados levados à sua presença. – Declaro, e os homens se entreolham.

Me movimento junto com minha escolta, e fico de frente a senhora. – Posso perguntar seus nomes e o que pretendiam? – Digo. A mulher demora a erguer os olhos e parece receosa quando finalmente o faz. Eu precisava entende-los para que pudesse dar o meu próximo passo, então esperei pacientemente que ela tomasse coragem para falar. – Somos Dorea e Magnus. Nômades, minha senhora. Não fazemos mal a ninguém. Todos têm sua fé, nós temos a nossa. Não fazíamos qualquer magia quando nos pegaram... - Ela começa a dizer, mas é interrompida pelo jovem impulsivo, que grita – É mentira! – Pouso meus olhos sobre ele. – Teve sua chance de falar, agora cale-se se quiser viver.

Me viro novamente para a mulher e prossigo. – De onde vocês vêm? – Questiono, e ela responde com mais confiança. – Das Terras da Tempestade, minha senhora. – Revela. Corro a mão pelo rosto em compreensão. Algo não me deixava acreditar em suas palavras, mas ao mesmo tempo, não podia sucumbir a um julgamento precipitado. Eu não tinha poder para intervir nos assuntos das Terras Fluviais a ponto de deixar nenhum dos quatro partir, e tampouco executar a todos. Então só havia um caminho diplomático e respeitoso a seguir. – Bem, Dorea, as Terras da Tempestade são um pouco mais liberais no que diz respeito à Fé. Porém, nem mesmo lá sairão ilesos se assassinarem a propriedade de outras pessoas. Aqui enfrentarão lei, pois é o certo. Eu não os deixarei morrer sem um julgamento adequado, por isso terão a chance apresentar seus argumentos aos Tully de Riverrun. Por acaso, estou indo para lá. Lord Walton é um homem compreensivo e inteligente, sei que saberá ouvi-los. – Declaro, e me viro então para os executores. – Sei que estão ansiosos para despachar essas almas aos Sete ou a qualquer outra divindade em que acreditem, mas terão de esperar. Ficarei imensamente grata se puderem nos acompanhar também. Não há justiça onde não se ouve ambas as partes, não é? Digo. – Se estivéssemos em Porto Branco, seriam presos e pagariam pelo prejuízo, mas sou uma hóspede e não pretendo ser sua juíza final. Decido apenas quanto a inexistência do poder de decisão que esses homens acreditam ter. – Concluo.

O mais jovem se enfurece, mas o outro apenas me dá um aceno afirmativo. – A senhora é compreensiva, Milady. – Diz ele, enquanto outros de meus soldados se aproximam e conduzem o casal, se preparando para guia-los também. – Eu tenho de ser. – Respondo. Ele me avalia em silêncio. – R’hllor pediu o castigo dessas almas. – Diz por fim, e começa a se mover. –Mas se o Senhor da Luz envia você para intervir, ele deve ter algum propósito maior. – Conclui. O acompanho de perto de volta a estrada, e o encaro antes de seguir para a carruagem. – Eles serão punidos. E os deuses podem mudar de ideia, meu caro. Nada nesse mundo é permanente, a não ser os braços do Estranho. E não quero ninguém morto hoje. – Observo. O homem solta um sorriso estranho e suspira – Se surpreenderia ao descobrir que está enganada. – Diz e começa a andar, eu não peço uma interpretação e ele não me oferece uma.

Seguimos em silêncio pelo restante do caminho, e sou obrigada a reconhecer a ousadia da dupla, por montar forcas tão próximas da sede da casa Tully. Um porta-bandeira de meu pai toma a frente e anuncia em alto e bom som frente à ponte levadiça de Riverrun – Alona da casa Manderly, vem para uma visita. Traz com ela infratores encontrados em suas terras. – Depois de breves instantes, há um movimento no alto dos muros e a ponte começa a ser baixada, abrindo caminho finalmente para mim e meus soldados vestidos em branco e prata.

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por **Styr** Sex Jul 08, 2016 9:32 pm

Avaliação de quest

Alona Manderly

Foi uma quest simples e foi cumprida, não notei erros óbvios de português, o texto está bem organizado e o template é de fácil entedimento. Mas não encontrei muita criatividade e achei que pelo menos 50% da quest ficou mais semelhante a um treino de herbologia (poderia ter explorado mais o caminho).

Critérios de avaliação

+ Conteúdo e Coerência (34/40)
+ Estrutura e Coesão (29/30)
+ Enredo e Criatividade (13/20)
+ Ortografia e Organização (9/10)

Total (85/100)

+ 75% nos pontos de fama por estar no nível 1 de fama

Recompensas

+ 150 pontos de fama (Tendência +16)
+ 150 pontos de herbologia
+ 100 pontos de arte da guerra

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