[RP FECHADA] A new protector

por **Luna Ashford** Dom Jul 31, 2016 5:14 pm

A NEW PROTECTOR

Esta é uma RP FECHADA, conta apenas com a participação de Luna Ashford e Waltyr de Braavos. É manhã no povoado que cerca os domínios da família Ashford e a jovem dama de prepara para as compras, enquanto por insistência do irmão, o cavaleiro a acompanha para garantir sua proteção.

por **Luna Ashford** Dom Jul 31, 2016 5:29 pm

ANOTHER lonely girl in a dangerous world

LADY LUNA

Como que por mágica, minha casa tinha ido de lar seguro à antro de desconfiança. Meu peito sofria com uma angústia que não passaria tão cedo, pois todos os rostos ao meu redor pareciam querer me ver pelas costas.

A vida em Vaufreixo havia mudado, disso não restava dúvida. Possuíamos um novo Lorde e uma nova Lady, ambos desconhecidos para mim. Mas apesar de tudo, convenci a mim mesma que deveria voltar a rotina para tentar esquecer todas as feridas, fossem elas velhas ou recentes.

Mas Garad estava decidido a não me ajudar nisso, e de uma hora pra outra, viu em mim um bebê que precisava de cuidados sempre que desse um passo para fora do castelo. Ele não me enganava, sabia que ele só queria me vigiar de perto, e como não podia fazer pessoalmente, deixou a tarefa nas mãos de seu capanga, um estrangeiro que não me cativava mais que meu irmão.

Eu não poderia me opor, e não queria discutir sempre que quisesse sair. Então me conformei, de cara fechada e cheia de pragas entaladas na garganta. Seguíamos a cavalo até o povoado, Waltyr pouco atrás de mim, cavalgando em silêncio, como se aproveitasse a paisagem. Não demorou muito para que aquilo me irritasse grandemente.

– Sabe, eu já não queria você aqui, e com essa expressão no rosto. quero menos ainda. – Solto mal humorada, me virando rapidamente na sua direção e depois voltando a atenção a estrada.

por **Waltyr de Braavos** Ter Ago 09, 2016 10:15 am

New protector

A

lâmina mortífera da espada de Waltyr brilhava ao ser banhada pelos quentes raios solares, reluzindo a cada golpe desferido pelo cavaleiro sobre o indefeso vento. Gotículas de suor escorriam pela testa do homem, colando em sua úmida alguns fios do cabelo castanho junto a pele. Apesar das condições não tão atraentes para uma intensa prática de esgrima, ele estava sentindo-se bem consigo mesmo, adorava ás inebriantes sensações que provava quando estava afiando seu corpo, tornando sua arma pontiaguda uma continuação de seu braço.

Os ventos sopravam calmos naquela manhã agradável, até um dos joviais mensageiros de Garad Ashford trazer uma mensagem pouco desejada. Pelo que dizia as palavras do sujeito loiro, Waltyr deveria comparecer ao salão principal do castelo de Vaufreixo para cumprir uma tarefa graças ao desejo de seu mestre, problema algum teria aquela ritualística se não fosse o conteúdo repulsante do papel que desempenharia; acompanharia a irmã mais nova do Ashford até o povoado, servindo como babá.

Relutante consigo mesmo e não tendo escolhas, em oito minutos estava de pé em frente ao lorde, ouvindo as chatas instruções dos cuidados que deveria ter naquele simples passeio. - Entendi milorde, juro por minha espada que a senhorita Ashford não será machucada nem mesmo pelo espinho de uma flor. Uma breve reverência garantiu ao moreno guerreiro a necessária aprovação para que se retirasse, indo imediatamente em direção aos estábulos onde dois cavalos estariam esperando para serem montados por ele e por Luna, a intendente.

Os animais estavam bem tratados e escovados, belos de se verem. Não existia mais escapatória para Waltyr. Junto a “reclamona” lady saiu a cavalgar pelas estradas de terra, clamando silenciosamente aos deuses para intercederem por si lhe dando paciência.

Apesar dos olhos astutos e bem treinados do Espada não perderem de vista a senhora que precisava ser defendida caso bandidos tentassem ataca-los, visando relaxar ao invés de continuar suas lamentações, passou a apreciar as belezas naturais da paisagem á sua volta. Os pássaros voavam cantarolando pelo céu azul, ora ou outra transpassando copas de árvores ou levando alimento para seus ninhos. Folhas verdes bailavam sobre o ritmo imposto pelo mesmo vento que acariciava os cabelos de ambos passantes, de fato um belo dia com temperatura amena.

Sorrisos e mordiscadas fracas sobre os lábios animavam o Bravosi, ao menos estava fora do castelo, mas alguém parecia não ficar feliz com a satisfação que o guerreiro aparentava sentir. - Perdoe milady, mas como gostaria que eu estivesse? Chorando e lamentando ter que servir como guarda costas em um dia tão belo? Estou aqui para cumprir ordens e assim farei, quer queira ou não; deveria ser mais agradecida ao lorde Ashford do que reclamar da preocupação amorosa que ele tem por você. Batendo os calcanhares sobre o costado de sua montaria, acelerou a passada até ficar separado da loira por uma distância menor do que um metro. - Mas se tanto está achando ruim, não me importarei de você apressar nossa ida e volta. Um sorriso formou sobre a boca do moreno, malicioso pela travessura amistosa feita na tentativa de manipular á nobre.

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por **Luna Ashford** Qua Ago 10, 2016 2:05 pm

ANOTHER lonely girl in a dangerous world

LADY LUNA

Soltei uma risada debochada, sem qualquer preocupação com o decoro, afinal, estávamos no meio do nada, onde ninguém poderia me repreender por rir como um mercador em uma taverna.

– Preocupação amorosa? Garad? Por favor. – Disse, revirando os olhos e apertando as rédeas com mais força. – O seu senhor, estrangeiro, não enxerga nada além de seu próprio umbigo. – Observei, amarga.

Percebi sua aproximação e bufei, afastando uma mecha loira de meu rosto. – Sua única preocupação é que eu morra enquanto todos pensam que ele como bom irmão, cuida de mim. – Declaro, e procuro o rosto de Waltyr de forma discreta, curiosa para ler sua reação.

Vi seu sorriso se formar com uma frase provocativa, e levei minha mão por instinto até minhas costas, onde uma vez meu arco ficara pousado. Ainda mais irritada, voltei a olhar para frente. – Guarde sua insolência para Garad. – Digo, tentando parecer autoritária, mas sem sucesso.

– Farei meu próprio ritmo. – Continuo, e agindo como uma criança, assim que avisto um pequeno riacho cortando caminho por entre as pedras, puxo as rédeas e deixo a estrada, cavalgando por uma trilha estreita. Desci do cavalo com a cara emburrada e o puxei até a água. Não tardou para que o trote da montaria de Waltyr me acompanhasse.

por **Waltyr de Braavos** Qui Ago 18, 2016 4:48 am

New protector

O

s pássaros, flores, a grama e as árvores seriam as únicas testemunhas caso algo acontecesse com a intendente de Vaufreixo, Garad poderia ficar agradecido ao seu Espada por livra-lo daquela jovem insolente, porém o guerreiro sabia que o lorde importava-se verdadeiramente com aquela mimada mulher. Ela poderia clamar aos quatro cantos seus desamores inexplicáveis pelo irmão mais velho, mas o Bravosi sabia que o benevolente Ashford jamais desejaria que algo de ruim acontecesse com alguém de seu próprio sangue.

Mentalmente Waltyr forçou sua destra á relaxar, mesmo que ela quisesse verdadeiramente empunhar "Oco", sua espada, para arrancar das entranhas de Luna todo o veneno que ameaçava adoentar aquela família, não poderia permitir que alguém manchasse a reputação daqueles que lhe deram uma nova vida. Os dentes semicerraram e a mão esquerda agarrou com maior força ás rédeas de sua montaria, odiava estar naquela "missão babá". - Com todo o respeito lady, vós é quem deveria abrir os olhos para enxergar algo. Seu irmão é um homem bom, deveria valorizar mais os afetos recebidos do que falar o que não deveria. O guerreiro ansiava por retornar ao castelo, voltar seus treinamentos e distanciar-se daquela loira, mas não podia decepcionar Garad, precisava continuar.

O guerreiro suspirou preferindo prestar atenção aos pedregulhos da estrada, o coração batendo no ritmo do trotar de seu cavalo, mas a intendente parecia não conseguir parar de falar. A loira de baixa estatura ameaçou pegar algo inexistente em suas costas, talvez uma espada ou flecha dentro de uma aljava, movimento jocoso que serviu apenas para arrancar dos lábios avermelhados do Bravosi um largo sorriso. - Guardo minha espada para Garad, algo que nunca terá de mim caso algum dia o lorde padeça e encontre um honroso leito de morte. Nada mais precisava falar, nem mesmo deveria ter falado nada, lamentava aos Sete não ter conseguido controlar suas cordas vocais e língua, principalmente quando a irritante nobre resolveu tomar suas próprias condições de viagem.

"Inferno", pensava o moreno ao notar que de fato a mulher fazia o que desejava, saindo da estrada para parar de frente a um rio. Mais uma vez desejou transpassar o belo corpo jovial com a lâmina de sua espada, mas a seguiu, mesmo contrariando seus instintos. Não demorou mais do que dois minutos até ficar diante do riacho, podendo imaginar o quão gelada a água estava apenas por olhar o fluxo de sua vertente. - Não creio que seja momento para refrescar-se donzela, se esse passeio é tão desagradável a você como diz, retomemos o caminho certo montado em nossos cavalos. Ele não desmontava, apenas acompanhava os movimentos corporais da mais nova com seus olhos castanhos, tentando controlar sua vontade de deixa-la ali e retornar ao castelo de Vaufreixo.

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