[RP FECHADA] And As Long We Speak, You Burn.

burning the city?

RP fechada, que começará com o post de Dennis. Participam Alyssanne W. Häelscheir & Dennis Braund, no ano atual.  Ambos encontram-se em um dos bordeis do lorde Baelish, em um dos quartos, por ser um ambiente privado, e não podem ser interrompidos. Para despistar os bisbilhoteiros, vez ou outras são dados socos na cama, ou feito barulhos.

Em meu retorno a Qarth, meu navio que viera de Westeros havia aportado em Braavos. Sendo um navio mercante no qual estava pegando carona, era o destino esperado. Como havia pagado metade do preço quando embarquei, paguei a outra metade após desembarcar e logo havia achado no cais uma outra embarcação que iria na direção de onde estava querendo ir por um preço razoável. Não que dinheiro fosse um problema para mim, porém não queria chamar atenção. Essa era a principal chave do meu negócio: não ser notado, não ser lembrado.

Partiria dentro de alguns dias. Sendo assim, precisava passar alguns dias na cidade. Caminhei para fora do pier, prestando atenção na forma como os braavosi se portavam. A cidade tinha uma longa história contra a escravidão, isso era refletido em seus habitantes. Não se via pessoas acorrentadas ou trabalhando embaixo de chicotes, como é muito comum em outras cidades livres.

A fundação da metrópole fora realizada por escravos, que subjugaram os senhores valirianos que os transportaram. Dizia-se que então sacerdotisas profetizaram onde deveriam ir construir um santuário e permanecer escondidos para não serem punidos pela revolta. Chegaram assim as ilhas onde atualmente é Braavos, vivendo ali escondidos por mais de um século, até que enfim decidiram que o mundo soubesse de sua existência. Com a queda de Valíria, seu poder crescera ainda mais e agora possuíam o Banco de Ferro, a maior concentração de dinheiro no mundo.

A história era perceptível por todo lado. Os barcos produzidos ali ainda eram pintados com uma espécie de tintura, uma herança da época em que deviam disfarçar seus navios roubados para não serem identificados. O Titã de Braavos erguia-se imponente na entrada da cidade, lembrando a todos o poder daquele local. Muita coisa entretanto eu não sabia. Não era dali, tudo o que sabia fora por vivência ou leituras quando eu era mais jovem, as lembranças apenas vinham conforme eu caminhava.

Acordei de meus pensamentos ao chegar na frente de um bordél. Ainda era de tarde quando cheguei ali, mas o local estava aberto e com várias prostitutas já exercendo seu trabalho. Seria um bom local para não ser detectado. Pedi um quarto por alguns após depositar algumas moedas generosas no balcão. O homem ofereceu-me mulheres, entretanto neguei, dizendo que apenas queria um local para ficar, que quando quisesse uma delas eu mesmo desceria e pagaria em separado.

No quarto no segundo andar da construção, estava com a porta fechada agora durante a noite, após jantar. Não estava trancada, portanto prestava atenção nos sons enquanto estava deitado na cama. Era grande e confortável, como devia ser em um lugar como esse. As velas davam apenas meia luz ao quarto, as chamas tremulando e formando sombras nas paredes e sobre meu corpo. Minha camisa repousava em cima de uma cadeira que havia no local, sentindo o calor fazer brotar um pouco de suor em minha pele. Ouvia sons vindos do quarto ao lado, tentando ignorá-los enquanto descansava, ainda sem dormir.

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O barulho no quarto ao lado teimava em continuar. Os rangidos da cama, juntamente com os sons do homem e a mulher eram audíveis mesmo ao ouvido que estava abafado pelo travesseiro por estar recostado nele, tão altos que eram. Possivelmente estavam próximos do fim, tamanho o barulho que faziam.

Os barulhos finalmente cessaram. Pude ouvir os passos pesados se afastando do local, seguidos de passos mais leves, embora apressados. Fechei os olhos, agradecido por finalmente ter um pouco de sossego. Não vinham sons do outro cômodo vizinho ao meu, portanto por algum tempo eu teria um silêncio relativo no qual poderia cochilar.

Abri os olhos por completo imediatamente quando ouvi a porta de meu quarto abrir, sem qualquer tipo de cerimônia. Minha mão direita foi imediatamente para baixo do travesseiro, segurando a adaga pelo cabo, ainda sem revelá-la. Era uma mulher quem entrava, porém as chamas das velas ainda não haviam permitido que a identificasse. Observou-a puxar um banco para a luz e sentar-se.

O coração deu um salto ao ver quem era. Alyssanne. Uma de suas informantes mais eficazes, mas também das mais caras. Utilizava-a apenas em situações de emergência, onde não tinha tempo ou não estivesse conseguindo as informações necessárias. "Como ela soube que estou aqui?!", foi o primeiro pensamento que surgiu em minha cabeça enquanto a mercenária sentava e cruzava as pernas. A capacidade dela de descobrir o que mais ninguém sabe era impressionante, jamais queria tê-la como inimiga. Seu cabelo estava desalinhado, seu corpo estava suado assim como seu vestido branco de prostituta estava levemente transparente por causa do suor. Entendi o que aquilo queria dizer. Vi-a girar a adaga me observando, para então abrir um sorriso e falar:

- Olá, Dennis Braund. Bom te rever depois de... Não sei, não me importo.  - A voz era calma, entretanto percebeu, junto com sua expressão, que o que falaria a seguir era sério. - Enfim. Eu preciso de sua ajuda. Pois é, os negócios habituais nossos, se reverteram essa noite.

Percebi o sorriso de escárnio na cama. Então precisava de minha ajuda. Não podia fazer ideia do que precisava, mas certamente haveria um preço. Jamais ficara devendo para ela, não haveria nenhuma dívida que poderia cobrar para conseguir o que queria sem pagar. Decidi quebrar um pouco o gelo, sentando-me na cama, ainda segurando a adaga com a mão direita, embora de forma relaxada para indicar que não planejava utilizá-la, apenas imitava o seu gesto. Meu olhar percorreu sua roupa e um sorriso com certa malícia abriu-se em meu rosto, com certa ironia que também estava presente no meu tom:

- Era você quem estava fazendo todo aquele barulho por uma hora no quarto do lado? Realmente não queria que eu dormisse de maneira alguma... se bem que não sei se pensou nisso enquanto praticamente matava de tanto prazer o homem que estava com você... será que teria um pouco para mim ainda?= A pergunta era irônica, não estava de fato pedindo isso. O sorriso, em reflexo a mesma transição que Alyssanne havia feito, também se tornou mais sério, embora mantendo o teor de ironia.

Não me preocupei em recolocar a camisa. Ela já tinha me visto em situações bem diferentes, não haveria porque me preocupar com isso, principalmente visto que estava tão parecida com uma prostituta autêntica. Levantei-me da cama após pegar na cômoda com a mão esquerda a chave do quarto, andando até a porta atrás dela e a trancando. Coloquei a chave em cima de uma mesa que havia ali na entrada e caminhei até ela, me abaixando na sua frente e batendo com a mão esquerda agora livre em seu banco, de forma que faria um estalo que faria com que pessoas fora do quarto que por ventura estivessem bisbilhotando achassem que apenas estava começando ali mais um serviço de uma prostituta. Encostei a adaga na dela, fazendo com que parasse de a girar e falei em um tom baixo com o rosto próximo ao dela, olhando em seus olhos:

- O que precisa, Alyssanne? Alguém está te perseguindo e preciso lamentar para ele? Sabe que embora meus serviços sejam caros como os seus, sou bastante eficiente em meus lamentos... - Citava a forma como minha guilda executava os assassinatos. Sempre deveria haver um "lamento tanto" antes de uma morte.

Esperei sua resposta, levantando-me e andando dois passos para trás, sentando-me na ponta da cama. Teríamos que fazer toda a conversa simulando que algo acontecia no quarto para não levantar suspeitas, especialmente pela roupa que ela usava ao entrar no quarto e por sermos duas pessoas que vivíamos nas sombras da sociedade. Estava realmente curioso sobre o que poderia fazer uma mercenária de segredos precisar da ajuda de um homem pesaroso.

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Observei-a olhar para a própria roupa enquanto mordia o lábio, a cabeça pendendo para um dos lados. Percebia a cautela que usava para lidar comigo. Eu era um assassino, era propício que se portasse assim. Ouviu-a então rir e falar:

- Eu? Eu vou ter de te lembrar, do quanto eu sei ser silenciosa nessas horas, querido? - O sorriso malicioso lembrou-me dos momentos que já tivéramos juntos. Além de ótima informante, era ótima em muitas outras coisas. Ainda assim estava corada vendo-me sem camisa. - Claro que tenho prazer. Sempre tenho. Só... Não estou com clima para sexo, se bem que adoro roubar roupa de prostituta e invadir bordeis para conseguir de graça. O sexo dessa vez foi horrível, não atingi o orgasmo... E eu estava no quarto da ponta esquerda, só para constar.

Estava enganado quanto a achar que era Alyssanne no quarto ao lado. Apenas fora uma coincidência ter entrado pouco após o casal vizinho ter terminado. Bom, que fosse. Aproximei-me dela para perguntar o que precisava. Quando fui me afastar, entretanto, a mercenária me surpreendeu. Deixei a adaga sobre o banco também, em um movimento de reflexo, e soltei um gemido ao sentí-la me empurrar contra a porta, fazendo um estrondo. Vi-a se aproximar e suspirei com a proximidade. O desejo de que me tocasse cresceu, minha respiração acelerando um pouco, mas não entregaria os pontos.

- Um de meus contratantes deu com a boca entre os dentes, e meu alvo me descobriu, mandou um assassino para me matar, e eu preciso de uma ajudinha, para sobreviver. É a cabeça dele, ou a minha. E eu recorri a você, porque sou útil quando precisa de mim, então... Vai me ajudar?

Vi o sorriso se formar em seus lábios, embora ainda tivesse certa cautela. Era muito esperta, isso sim. Traição do contratante era sempre um risco. Não eram treinados para esconder seus segredos como nós. Pensei por alguns instantes antes de olhar em seus olhos. Um olhar malicioso. Logo após, girei-nos, empurrando-a contra a parede e logo em seguida batendo a mão ao lado de seu rosto na madeira, causando mais barulhos. Quem não soubesse acharia que algo selvagem acontecia ali dentro. O corpo muito próximo do dela, vingando-me da vontade que ela tinha me feito passar. Aproximei o rosto de seu ouvido, sussurrando bem baixo:

- Claro que posso lhe ser útil... posso tanto me livrar do assassino, quanto te ajudar a se tornar uma incógnita novamente. Mas tudo tem um preço... - Sorri novamente. - Estaria disposta a pagar o quê pela sua vida, Alyssanne?

Afastei o rosto, olhando-a nos olhos intensamente, esperando ansiosamente sua resposta.

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Tinha noção do quanto precisava da minha ajuda. Ser perseguido por um assassino nunca era agradável. Sua vida estava em jogo, um movimento em falso e o perseguidor alcançaria sua presa e a mataria sem qualquer ressentimento. Ainda havia a chance de o algoz preferir torturá-la antes para arrancar informações, afinal Alyssanne sabia de muitas coisas que mais ninguém sabia. Ouvi-a então rir e falar:

- Esqueci-me o quanto você gosta desse tipo de coisa.

Era um riso nervoso, o tom de sua voz possuía medo. Girei-a quando tentou se afastar, mascarando a situação com o murro na porta e falando o que queria falar. Após perguntar o quanto estava disposta a pagar, observei-a tombar a cabeça para o lado e responder prontamente:

- Qual é o seu preço? O que você gostaria de mim hoje?

A ironia nunca abandonava seu tom de voz. Era algo que me agradava. Deixei que me empurrasse para longe dela e acompanhei-a com o olhar até que chegou na cama. Segurou o riso baixo ao vê-la puxar os próprios cabelos e arfar. A mercenária sabia fingir muito bem. Apenas quem já havia lhe proporcionado prazer real perceberia sua atuação. Quando deitou-se, entretanto, o meu olhar foi diretamente para suas pernas. O vestido curto havia descido e revelado-as. Controlei a excitação com certa dificuldade, ouvindo-a sussurrar:

- Então, Dennis, qual é o seu preço?

Aproximei-me dela a passos curtos. Ela queria então que eu dissesse o quanto queria pelo serviço. Embora fosse um contato amigável, o que estávamos discutindo era o meu trabalho. Sendo assim, precisava tirar o máximo que eu conseguisse. Sorri malicioso, me aproximando dela. O meu tom de voz era o mais baixo possível.

- Meu preço, Alyssanne...? Ah, meu preço costuma ser bastante alto... - Cheguei na beira da cama, colocando-me entre suas pernas. Me inclinei sobre ela, os joelhos se apoiando no colchão, as mãos firmadas ao redor da cintura dela.  - Mas você é uma cliente mais que especial, afinal já fui seu cliente também... e tenho certeza que esse que está te perseguindo tem muito menos habilidade que eu. Será um serviço rápido...

Precisava apostar alto. Havia um poder de barganha muito alto em minhas mãos: a vida dela. Jamais ela sairia desse cômodo negando meu serviço. Entretanto com certeza tentaria perder o mínimo possível. Portanto eu tinha que dar um valor inicial alto. Aproximei minha cabeça da sua, sussurrando ao pé de seu ouvido:

- 2 dragões de ouro... um favor que posso utilizar quando eu precisar... e suas adagas... para que possa voltar a andar pelas ruas sem nenhum tipo de preocupação por sua vida. - Mordi de leve o seu lóbulo, me afastando novamente. Tinha feito questão de citar o que estaria perdendo caso recusasse. Fazia parte do convencimento.

Dando continuidade a atuação, falei, dessa vez mais alto, com um tom de malícia e desejo, a voz rouca:

- Faz mais barulho pra mim... me dá mais prazer, vamos ficar aqui até você desmaiar... - Logo após a chamei de prostituta e movimentei violentamente minhas pernas contra a cama, de forma que soltou um rangido. Esperava que a mulher a minha frente entendesse o movimento que estava simulando assim. Aguardei sua resposta a minha oferta também.

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