FLASHBACK(+18)- Núpcias

Olhei pela janela alta que havia no aposento onde estavam acontecendo as festividades do casamento e suspirei observando a lua em seu auge. Septã Jane tinha me instruído a ficar sentada o tempo todo, coisa que para mim se tornou um sacrifício enorme, visto que eu nunca ficava parada por muito tempo, salvo exceto quando estava dormindo. O salão estava cheio, mas muitos que estavam ali eu não conhecia, nem sequer havia ouvido os nomes. Olhei para o meio do salão e então lá estava ele, entre a multidão bebendo e sorrindo, não poderia deixar de admitir que ele era bonito e agora entendia o motivo de todas as moças de Dorne viverem suspirando pelo mais novo Senhor de Dorne. Balancei a cabeça e virei o rosto rapidamente e corei quando percebi seu olhar recair sobre mim, ser pega o espionando era a última coisa que queria. Minhas amigas se aproximaram e começaram a desfazer e refazer penteados em mim, talvez tenham percebido minha apreensão perante ao fim das festividades, pois apesar de ser dornesa ainda me mantinha pura, uma ordem direta do senhor meu pai, ele queria um bom casamento para sua filha e isso implica em nunca ter estado com outro homem. Meu pai era um homem que vivia com muitos westerosis. Prudence, uma das minhas amigas mais próximas, sorriu para mim e acariciou minhas mãos. – Não se preocupe com nada minha senhora, estás nas mãos agora do mais belo homem de Dorne. – abaixei a cabeça ainda sem conseguir acreditar que uma das minhas melhores amigas estava me chamando de “minha senhora”, mas eu não poderia mudar isso, eu era uma princesa agora, uma princesa roinar. – Não é Tristanye que me preocupa Prue, sabes bem disso, olhe para ele, é tão jovem quanto eu. – murmurei para ela e olhei para ele de soslaio e mordi o lábio. – Mas não quero me preocupar, um dia isso teria que acontecer. – sorri para ela e segurei em sua mão. – Obrigada por estar comigo. – sussurrei e ela me abraçou.

As mulheres ainda dançavam para os nobres senhores de Dorne, quando Septã Jane se aproximou e pediu para que eu me levantasse. Suspirei profundamente olhando nos olhos de minhas amigas, elas apertaram minhas mãos e sorriram me encorajando a levantar. O momento que temia havia chegado mais rápido do que poderia imaginar. Levantei e Septã Jane tomou minhas mãos me conduzindo até onde Tristanye estava, um leve tremor percorreu meu corpo quando chegamos até diante dele. Apesar da pouca idade, Tristanye era alto e charmoso, tive que erguer meu rosto um pouco para poder o olhar nos olhos, queria ver se aquele sorriso se estendia até seus olhos e sorri quando percebi que sim. – Meu príncipe. – o saudei com uma reverência delicada e me senti um pouco perdida quando a septã soltou meu braço, mordi o lábio e olhei para ela rapidamente, ela apenas sorriu e voltei meu olhar para o príncipe, mas ele não estava mais em minha frente. Quando dei por mim, já estava nos braços dele, sem que eu percebesse ele havia ficado atrás de mim e me carregado no colo. – Deuses! – exclamei ouvindo sua risada em meu ouvido.

Podia ouvir as vozes e a música ir sumindo a medida que Tristanye andava comigo em seu colo até o quarto, seu cheiro era bom e eu percebi que gostava de estar em seus braços. A porta do quarto se abriu e alguns servos saíram do aposento e nos deixaram a sós. O jovem Tristanye me pôs na cama e me fitou, fiquei um pouco perdida naquele olhar e então ele começou a falar e retirar meus sapatos. Meu corpo se arrepiou quando ele começou a deslizar sua mão por minha perna e beijou meu pé tão delicadamente, um sorriso brotou em meus lábios e eu o fitei nos olhos. – Espero que sejas capaz de conquistar meu coração, meu príncipe, ainda somos jovens demais e acredito que essa juventude seja capaz de trazer o amor e a cumplicidade do casamento. – murmurei e me sentei na cama olhando para ele. – Esta noite me torne mulher, me torne a sua mulher e quem sabe esta noite eu lhe conceda o seu herdeiro. – murmurei e alisei o rosto dele com carinho ainda olhando em seus belos olhos.