— O sangue de basilisco vem de um tipo de largatos proveniente das terras de Yi Ti. O veneno do animal é provido por suas presas e misturado com uma pasta espessa, que pode ser usada como condimento em carnes. Quando é cozida, a pasta emite um cheiro apetitoso. — leu em voz alta, anotando então em seu pergaminho em branco. Já tinha anotado o nome do veneno e então do lado enunciou aquelas informações de uma maneira bem mais simples. Não que achasse que fosse lidar com um basilisco nem tão cedo, mas era bom ter o conhecimento para caso se precisasse. Talvez mandasse alguém trazer um até a mansão para que ela pudesse produzir o seu próprio veneno em vez de comprar. Voltou a atenção ao livro e continuou a sua leitura.
— O veneno causa loucura a homens e animais, deixando-lhes em um estado de frenesi. Ele também deixa aqueles que o consumem em um estado de fúria, fazendo a vítima do veneno atacar a criatura mais próxima. Caso não haja outros ao seu redor, a vítima ataca a si mesmo causando sérios ferimentos. — a sobrancelha de Visenya se ergueu e ela continuou a anotar as informações no pergaminho. Os efeitos do veneno caso ingerido. Precisava apenas saber se era mortal e se havia tratamentos e poderia passar para o próximo veneno. — Sem tramento o veneno causa uma hemorragia no cérebro, gerando a morte instantânea. Enquanto possa salvar a vida daqueles que ingerem o veneno, os efeitos dele duram para sempre. O seu estado mental nunca volta ao normal, tendo visões e pertubações pelo resto de sua vida. — a princesa suspirou, continuando suas anotações. Aquele realmente não era um veneno para se brincar.
— Duas gotas diárias de sonodoce ajudam no tratamento da víti... — Visenya foi interrompida no meio de sua leitura quando um guarda entrou abruptamente em seu escritório. Para ele ser tão rude daquela maneira, algo devia estar acontecendo. — Perdoe-me, princesa, porém uma comitiva inesperada chegou à mansão. — a mulher levantou rapidamente e saiu de trás da sua mesa, deixando as anotações e os livros de lado. — Quem é? — perguntou. Em tempos como os que estava passando, gerando guerra e batalhas por todas as Cidades Livres e Essos, não podia confiar em ninguém. — Malthar Zho, príncipe de Koj. Ele diz que a princesa não o espera, mas que ficaria feliz com sua visita. — Visenya nem conseguia mais ouvir o guarda que lhe dava as informações sobre a chegada do homem, ela só podia pensar que ele havia voltado.
— Onde ele está? — perguntou, a voz trêmula e o coração acelerado em meio a um nervosismo intenso. O guarda apontou um dos aposentos da mansão e Visenya saiu rapidamente do escritório em direção a ele. Nada parecia fazer sentido, mas ele estava lá. Achou que nunca mais o veria em sua vida e muito menos agora. O que viveram quase parecia um sonho em vez da realidade e mesmo assim, ele havia voltado. Não bateu na porta e muito menos avisou que chegava, adentrando os aposentos que o guarda havia apontado. E lá estava ele. Estava mais velho mas ainda o mesmo. Não conseguiu dizer nada e apenas o encarou, sentindo o seu estômago revirar-se de nervosismo. E agora?
- Habilidade Treinada:
- Venenos