[RP FECHADA] You got me hypnotized

You got me hypnotized

RP Fechada, que começará com o post de Visenya Blackfyre. Participam Malthar Zho e Visenya Blackfyre. A RP se passa em uma tarde calma e Visenya cuida de alguns afazeres quando é avisada da chegada do Príncipe de Koj, que havia vindo vê-la e se hospedar na mansão Blackfyre.

Desci do cavalo assim que nos aproximamos da mansão onde residia Visenya Blackfyre. Conforme cavalgara pela cidade, viera a minha memória o que vivêramos dez anos atrás. Minha esposa ainda era viva, meu casamento arranjado estava em pé e viera a Pentos por motivos políticos. Meu coração ainda assim fora pego de surpresa pela Princesa, sentindo-o pulsar de paixão. E estava batendo assim agora novamente.

Estava aqui novamente, orientado por uma sacerdotisa das Ilhas do Amor a resgatar esse amor do passado. Estava viúvo e em Koj estava cada vez mais solitário. Os dias começavam a se arrastar em tédio, um após o outro. Viver estava sendo sem graça. Não sabia o estado civil dela, tudo o que sabia era sua violência na tomada das cidades livres. Era essa a desculpa que utilizara para justificar minha vinda. Conversar com a governante sobre suas atitudes. A verdade apenas eu e a mulher da ilha vizinha a minha sabia.

Assim que o guarda chegou, fiz um sinal de dispensa aos homens que me acompanhavam. Permitia que fizessem o que bem entendessem na cidade, mas estivessem prontos quando os chamasse novamente, quanto tempo depois fosse. Teria uma estalagem onde ficariam abrigados e alimentados, e dinheiro para suas atividades. Alguns deles vinham pela primeira vez para o Oeste e estavam curiosos pelas mulheres. Não os proibira quanto a nada, desde que não infringissem nenhuma lei local.

O homem, percebendo por minhas vestes e por estar acompanhado de uma comitiva que se tratava de alguém de alto nascimento, perguntou em tom respeitoso:

- Bem vindo a Pentos. Não fomos avisados que ninguém chegaria, talvez seu mensageiro tenha se perdido. Quem é e quem procura?

Balancei a cabeça, sorrindo um pouco para ele. Bastante educado, era algo valorizável. Falei, no mesmo idioma:

- Sou Malthar Zho, o Príncipe de Koj. Gostaria de me reunir com a Princesa Visenya Blackfyre. Ela não me espera, mas ficaria feliz se me recebesse.

Ele assentiu e pediu que o acompanhasse. Adentrei com ele a mansão, caminhando ao seu lado sem nunca levar a mão a lança em minhas costas, em sinal de paz. Após deixar-me em um aposento de visitas, pediu que esperasse enquanto descobriria se a princesa estaria com tempo para me receber.

Meu coração batia forte com a espera. Estava novamente em sua morada. Conhecia o ambiente. Dois sofás um de frente para o outro, com um divã próximo da parede oposta ao sofá onde estava sentado. O ambiente como um todo era ricamente ornamentado, mostrando a riqueza deles. Mas nada disso me interessava. O que me interessava era a governante que ali residia.

Ouvi a porta abrir-se e me levantei da mobília, ficando em pé. A minha frente, entrava Visenya. Mais velha do que quando nos conhecemos. Mais altiva, majestosa e bela. Entretanto conseguia perceber que o nervosismo era mútuo em seu olhar, quando olhei em seus olhos esverdeados. Um sorriso brotou aos poucos em meus lábios quando a porta atrás dela se fechou, deixando-nos a sós. Percebendo que não falaria, resolvi tomar a iniciativa:

- Como consegue estar ainda mais bonita do que quando te vi pela última vez?

Caminhei em sua direção, sentindo meu estômago revirar juntamente com meu coração batendo ainda mais forte. Minha postura era firme, mas em meu olhar era perceptível uma mistura de emoções. Felicidade e nervosismo. Paixão. Assim que cheguei a menos de dois metros dela, sem nunca parar de olhar em seus olhos, o sorriso se expandiu enquanto falava mais baixo:

- Não tem ideia de quanta saudade senti de você, Vis...

Levei uma mão ao seu rosto, acariciando de leve sua pele alva e macia. Era uma situação bastante rara que me vissem carinhoso e sorridente, especialmente nos últimos anos. Era esse tipo de momento que a mulher na minha frente proporcionava.

Não me contendo, entretanto, a envolvi em meus braços, a abraçando, recostando sua cabeça em meu peito, acariciando seus cabelos. Tinha novamente comigo o verdadeiro amor de minha vida. Não sabia se ainda era recíproco, mas ela era a única mulher que alguma vez já havia amado. Fechei meus olhos durante o abraço.

Após alguns segundos abri-os novamente, olhando novamente em seus olhos e sorrindo, esperando o que falaria ou faria. Não sabia o quanto Visenya havia mudado.

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Percebi seu passo para trás quando comecei a me aproximar, mas não o registrei. Em minha cabeça chegaria ali e teria-a ao meu lado novamente. Os olhares se encontraram, arrancando um leve suspiro meu antes de acariciar seu rosto, vendo-a fechar os olhos. Tocá-la assim me fazia lembrar de nossos momentos juntos. Assim estaríamos novamente.

-  Eu... Não sabia que voc... - A voz dela tremulava, provavelmente por causa do misto de sentimentos que também ocorria nela.

Esperou ela terminar de falar. Quando não terminou, a puxou para o abraço, sentindo-a novamente em meus braços, os dela também me envolvendo. Ficamos alguns instantes daquela forma, sentindo um ao outro novamente. Meu coração batia forte de ansiedade e paixão por estar assim com ela novamente.

Até que se afastou. E deu vários passos para trás. Dessa vez não ignorei isso. O que se passava na cabeça dela, por que se afastava de mim? Meu estômago embrulhou de nervosismo. Principalmente após ouví-la falar como se estivesse falando simplesmente com uma visita política:

-  Bem vindo, príncipe. Eu não sabia da sua visita ou arranjos teriam sido preparados. Você é bem vindo a ficar, mas como deve saber, o clima nas Cidades Livres não tem sido o mais calmo possível. - Os olhares novamente se encontravam. Podia perceber o quanto ela estava se controlando. Por quê? Estávamos sozinhos, podíamos novamente ser um do outro. - Tem algo que precise durante a sua estadia em Pentos?

Ouví-la falar daquela forma era praticamente uma facada em meu coração. Tentava negar tudo o que tivéramos e tratar-me como um governante qualquer de Essos. A perda de animação com certeza ficou visível em meu olhar, antes de soltar um longo suspiro e caminhar de volta para o sofá onde estava sentado antes. Falei:

-  Não pude avisar, Princesa Visenya. - A forma como disse deixava claro que não queria chamá-la daquela forma. - Não tive muito tempo para planejar minha viagem, logo esqueci de enviar um informante. Além de achar que gostaria se eu fizesse uma surpresa...

Soltei outro suspiro, olhando para minhas mãos por alguns instantes, fechando os olhos. Como deveria agir? Queria tê-la para mim. Não era por estar cada dia mais poderosa, minhas razões nunca haviam sido políticas. Era por amor que a queria. Voltei a olhar para ela:

-  Minha esposa arranjada morreu. O casamento com uma mulher que não amava não existe mais. Em Koj, atualmente, sou apenas eu. - Dei de ombros, como se não me importasse com isso. Mas me importava muito. - Achei que estaria aberta a amar-me novamente, agora sem essa limitação. Pelo visto estava errado.

Virei o olhar para outro ponto qualquer do cômodo. Era visível que eu estava um tanto quanto desolado, pensando no que falaria a seguir. Não queria ferí-la com minhas palavras, queria entender o que estava se passando. Sem olhar para ela, tornei a falar:

-  O que aconteceu com a Vis que eu amava? Tornou-se uma governante cruel, que esmaga as outras Cidades Livres para tomá-las para si? Desde quando você é assim, Visenya Blackfyre? Desde quando não é a mulher bondosa e carinhosa que conheci?

Ia perguntar se tinha deixado o poder subir a cabeça dela. Mas já fora duro o suficiente no que eu havia falado. Esperei sua reação, ainda sem olhar para ela.

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