[RP Fechada] The Treta is Coming I

The Treta is Coming

RP fechada que começará com o post de Bastien Rowan. Participa dela também Garad Ashford, Elayna Crane e talvez tenha outros participantes. Uma semana depois da convocação da Greenhand, os lordes marcharam com seu exercíto para Vaufreixo, afim de se unir com o Ashford. É dia e está ensolarado.

bless of the seven

War

Garad ainda tinha uma lágrima solitária escorrendo de seu olho pelo último momento que passara com sua esposa. Não sabia se voltaria a vê-la novamente. Não sabia se poderia novamente em sua vida tocar sua pele macia ou beijar seus belos lábios com fervor, e aquela definitivamente havia sido a pior despedida de todas as que tivera naquele dia, e não foram poucas. Desde seus servos aos guardas, passando pelas septãs e governantas, todos os que tinham contato com Garad também tinham apreço pelo homem, e desejavam que ele voltasse vivo para casa. Não precisava voltar vitorioso, alguns diziam, desde que estivesse vivo.

E então era guerra. Realmente guerra. Por mais que o jovem Ashford estivesse se preparando para aquilo por anos, não estava pronto para o dia em que finalmente marcharia com seus homens para a batalha real. Porém, esse dia havia chegado, e não havia mais o que fazer para adiá-lo. E, como se não bastasse ter de entrar em guerra, ele havia escolhido para ser o general daquele combate específico. Lideraria uma pequena parte das forças da Mão Verde em seu ataque, e o resultado daquele combate poderia definir todo o rumo da guerra que viria. Falhar definitivamente não era uma opção para ele, apesar de ser sua primeira guerra.

— Está partindo, meu senhor? — perguntou Kotramm, o anão que nos últimos anos havia se tornado seu conselheiro e grande amigo, a ponto de envolver-se diretamente nas decisões tomadas por Garad. Além disso, era responsável por uma das maiores fontes de lucro de Vaufreixo, a forja que o homem havia montado. Ele ficaria responsável por auxiliar Alannys na tarefa que seria governar sua cidade sem a presença do lorde, e o homem não podia deixar de pensar se ele realmente estava apto à tarefa. Aquele havia sido o pior momento possível para que Daruos e Layna, seus principais conselheiros e as pessoas em que mais confiava naquela vida, fossem escolhidos para servir em Porto Real.

— Sim, Kot — respondeu o lorde, em meio a um longo suspiro. A falta que os atuais Grande Meistre e Mestre dos Sussurros fazia era imensa para Vaufreixo. Grande parte do poder da cidade havia sido perdido simplesmente com a ausência daqueles dois. Eles eram insubstituíveis não apenas para a família Ashford e seus súditos, como também para o próprio Garad. Sem seus conselhos, o homem não sabia o que fazer em muitas situações, especialmente quando se tratava daquele que havia sido seu mentor por anos. Porém, tinha de aceitar o que o destino havia reservado para seus conselheiros, e até estava feliz por ambos serem, naquele momento, duas das pessoas mais importantes do reino.

— Certo. Já mandei que preparassem a sua armadura e suas armas, seu cavalo também está pronto. Lorde Rowan e lady Crane já devem estar chegando, a este momento — disse o anão, enquanto caminhava ao lado do senhor. Garad tinha um ar de melancolia e tristeza que não era nada comum para ele, e o ferreiro provavelmente o notou, pois tratou de voltar a falar com ele. — Não se preocupe com nada, meu senhor. Você possui uma das mentes mais brilhantes de Westeros, não há ninguém aqui capaz de vencê-lo. Eu ajudarei Alannys a cuidar de Vaufreixo até que retorne para casa vitorioso. Não deixe que as tropas te vejam assim, ou ficarão desmotivadas.

— Tem razão, Kot — disse o lorde, limpando a gota que escorria por sua bochecha enquanto tentava assumir a postura de lorde que devia ter, apesar de sentir seu corpo fraco depois das últimas palavras com Alannys. — Deixarei que cuide de tudo por mim, e tenho algumas tarefas para você. Já falei delas para minha esposa, porém acho bom repassá-las. Primeiramente, quero que você recepcione os homens da casa Fossoway quando estes vierem a Vaufreixo. Teremos poucos homens para nos defender, já que estou levando a maioria comigo, e por isso nossos aliados irão ajudar a guarnecer nossas defesas.

— Meu senhor! Meu senhor! — veio um escudeiro correndo na direção do senhor de Vaufreixo. Desde o dia em que Daruos abandonou a Campina, aquele era o homem que cuidava das mensagens recebidas pelos corvos, e pelo jeito havia chegado uma urgente, pois o rosto do rapaz estava completamente pálido, e uma feição de desespero estava presente. Garad sentiu medo por um instante, não sabendo o que exatamente esperar daquilo. Assim que o escudeiro se aproximou e tomou um instante para recuperar o fôlego, começou a gritar. — Chegou um corvo! Brynden Tarly destruiu sua fortaleza e está marchando para longe com toda a população de Monte Chifre!

— Ele fez o quê? — Garad mal podia acreditar no que estava ouvindo. Porém, seu rosto não demonstrava uma expressão de desespero, como a que o escudeiro carregava. Pelo contrário, seu peito carregava um alívio imenso, que nenhuma outra notícia em Westeros poderia ter dado a ele. Podia não ter experiência em guerras reais, porém já havia estudado o bastante para saber do nível de estupidez daquele lorde. O Ashford não conseguiu conter uma risada, enquanto seu corpo estava várias vezes mais leve. Com um sorriso, ele passou a caminhar rapidamente para vestir sua armadura e empunhar suas armas. — Essa guerra é nossa.

Pouco tempo depois, o lorde cavalgava para fora da cidade, levando consigo a maioria dos homens da casa Ashford. Já haviam mandado um corvo para a lady Vyrwell e o lorde Graceford, que naquele momento estavam reunidos em Darkdell. Arqueiros, guerreiros, cavaleiros, todos eles estavam perfeitamente organizados. Não levava armas de cerco, porém, pois elas não mais seriam necessárias e apenas atrasariam a todos. Logo chegou ao lado de fora da cidade, onde lorde Rowan já os aguardava. Ele falava sobre montar acampamento até que a outra lady chegasse, porém isso sequer seria necessário, pois o homem logo pôde ver Elayna Crane e seus homens indo em sua direção.

— Creio que não será necessário, lorde Rowan — respondeu, rapidamente caminhando para receber lady Crane. A mulher perguntou quando eles partiriam. — Imediatamente, lady Crane. Preparem seus homens e os alinhem com os meus, explicarei a situação a vocês logo em seguida.

Demorou um tempo, mas logo a formação estava completa, de modo que o lorde Ashford pôde explicar para os lordes a mensagem, bem a tempo da chegada de Mathis Oakhert, um dos que haviam iniciado a rebelião inteira. Seria ótimo ter um apoio a mais naquela empreitada, e por isso o Ashford tornou a passar a mensagem do escudeiro para o lorde, antes de cavalgar até a linha de frente. Seu corcel se elevava em relação ao dos outros homens, e por alguns instantes ele apenas fez com que o cavalo passasse frente a frente com os homens que estariam sob seu comando naquele ataque. Apenas depois disso o lorde inflou o peito, e gritou com todas as suas forças, para que a sua voz pudesse ser ouvida por cada um deles.

— Rowan! Crane! Oakheart e Ashford! — ele soava autoritário e orgulhoso, sua voz atingia não apenas os ouvidos, como também o espirito de seus homens. — Atenção, todas as forças! — Fez uma pequena pausa, reunindo fôlego para conseguir continuar falando. — Nossa terra foi dominada por bruxaria e por homens covardes, que mal conseguem se sustentar em sua própria fortaleza! Neste momento, Brynden Tarly levou todos os seus homens, mulheres e crianças para longe, e destruiu sua fortaleza. É esse tipo de lorde que vocês querem no comando das forças da Campina? Eu digo que não! Não precisamos de covardes! Não precisamos de bruxas! Nós somos a Fé dos Sete, os verdadeiros cavaleiros de Westeros, e seremos até o dia em que morrermos, pois o Guerreiro guia nossas espadas!

— Nós não marcharemos por nós, homens! Não marcharemos porque um lorde pomposo decidiu iniciar uma guerra! Nós marcharemos para defender nossas terras! Marcharemos para proteger nossas mulheres, para proteger nossas crianças! Nós lutaremos até a morte, se necessário, para que nossa família esteja segura em nossas vilas! — O murmúrio entre os homens se transformou em gritos motivados, enquanto o homem recuperava o fôlego para continuar falando. — Ergam suas armas, homens, e preparem-se! Para aqueles que temem a morte, lembrem-se que os deuses estão olhando por nós a todo momento! Pensem em como estarão em casa, daqui a algum tempo, vitoriosos! E para aqueles que lutam na linha de frente, arriscando-se mais que todos: voltem vivos! Voltem vivos, e eu prometo que estarão livres de seus deveres militares e impostos pelo resto de suas vidas! Ergam suas armas, homens! E marchem comigo em direção à vitória!

O grito de todos os homens cortou a Campina, e não houve pessoa em Vaufreixo que não o ouviu ecoar. Motivação e força, era isso o que aquele som demonstrava, e com ele Garad ergueu ambas as espadas para o alto, sendo seguido por cada um dos guerreiros. Lanças, escudos, espadas, arcos, era um oceano de armas sendo levantadas para o céu quando o lorde Ashford deu meia volta em seu corcel e começou a cavalgar rumo aos Tarly.

Habilidade Treinada:

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