[RP FECHADA +18] - Sometimes sex is a solution to all problems

Não havia um só dia que não pensasse na resposta que seu tio havia lhe enviado, mas por hora, era melhor manter aquele documento em segredo. Muitas coisas estavam em jogo e não gostaria que tudo o que almejava escapar por suas mãos por uma simples bobagem. A loira deslizou a mão pelo pescoço e ainda havia uma marca vermelha bem forte ali, teria que usar um vestido mais discreto ou alguém poderia perceber: — Precisa aprender a ser mais comportada Aretha. — Sussurrou para si mesma com um sorriso malicioso nos lábios. Seu olhar encarou o espelho mais uma vez enquanto a escova deslizava lentamente pelos cachos dourados e brilhantes como o próprio solão tinha pressa naquela manhã, apenas teria com sua Tia Cora um pouco mais tarde. Adorava tomar chá com a mulher que lhe era um exemplo a ser seguido e almejava aprender com ela tudo o que pudesse.

Logo uma das servas adentrou ao seu aposento, a mulher trajava um vestido simples, de uma cor morta que ela não saberia nem dizer qual era, apenas que deixava a mulher com um aspecto ainda mais pálido do que ela já tinha. Aretha revirou os olhos e continuou a dedicar-se a tarefa de arrumar os cabelos, apenas observava o que a mulher fazia de soslaio: — Pegue meu vestido de seda vermelha, aquele que é um pouco mais fechado no pescoço. — Solicitou a loira sem aí menos olhar as feições da mulher e nem precisaria. Colocou a escova sobre a penteadeira e cuidadosamente começou a escolher as joias, para o cabelo, uma linda tiara dourada com um único rubi ao centro. Um par de brincos mais discreto e um belo colar de ouro e rubis, adorava joias e mais ainda as ostentar. Quando tivesse que se casar, o faria com um homem muito rico para lhe cobrir de pedras preciosas.

Demorou um pouco até que a mulher preparasse a veste, pensou em reclamar da lentidão da mulher, mas seria uma perca de tempo tão grande que preferiu manter-se em silêncio. Levantou-se do acolchoado banco e caminhou esperando que a mulher a despisse, não precisava se dar ao trabalho de fazer este tipo de esforço. A seda vermelha caiu-lhe como uma luva, realçando a beleza natural da leoa, gostou de seu reflexo no espelho, com toda certeza, o vermelho era uma cor que lhe caia muito bem. Novamente caminhou até a penteadeira, colocando os brincos e terminando de ajeitar os cabelos que delicadamente eram adornados pela tirara dourada. Tinha a plena certeza de que chamaria a atenção de seu primo favorito facilmente.

Não era segredo que Aretha nutria por seu primo mais velho, um carinho um pouco exagerado, na verdade havia muito mais escondido pelos corredores daquele castelo. Mas era melhor que tudo continuasse da forma que estava, talvez conversar poderiam desagradar seus tios e não gostaria que isso acontecesse: — Saia, já não preciso mais de você. — Ordenou a Lannister enquanto vislumbrava o próprio reflexo no espelho, sua mão percorreu a fina seda de seu vestido, sentindo cada sinuosidade de seu corpo. A primeira coisa que pensou foi na cara de seu primo quando a vissem um vestido como aquele, mas sabia que mais cedo ou mais tarde cruzaria com ele por algum corredor. Talvez conversassem, talvez não...

Como ainda era muito cedo, poucos estavam acordados, o desjejum ainda não havia sido servido, já esperava por isso e passou pela elegante e espaçosa sala.  A saia vermelha flutuava pelo mármore enquanto a menina seguia até um dos varandões que davam para os jardins. Encostou-se em uma das pilastras e observou a paisagem matutina displicente. Poderia ficar um bom tempo assim, pois sua mente se perdia em planos para um futuro muito próximo e que ela nem acreditava que agora se tornaria realidade. Sentia falta de algumas coisas, de outras nem tanto, mas poderia aprender a viver sem elas e ocasionalmente voltaria para matar as saudades.

Por um instante era como se não estivesse mais ali, mas o timbre de voz familiar, veio trazê-la de volta a realidade. Aretha girou o corpo se colocando de frente para o primo: — Bom dia, meu primo. — Respondeu com a voz leve e empolgada. Fitou os olhos do mais novo e sorriu cordial para ele, mesmo sem querer, jogava certo charme para ele: — Creio que perdi o sono um pouco cedo. Gostaria de ter dormido um pouco mais. — Reclamou um pouco manhosa segurando o braço do jovem Leão: — Será um prazer caminhar ao seu lado meu primo. Podemos conversar um pouco também, faz muito tempo que não fazemos isso. — Respondeu gentil a loira. De braços dados deixou que o jovem Leão a conduzisse.