[RP aberta] Bebei amigos yohou!

The rage of the bear

Os olhos de Dorian assistiam Sahar sendo carregado do campo de batalha. Sua arma caída no chão, suja de sangue dos inimigos. Caiu lutando. Mas não foi sua última batalha, não poderia ser... Tão jovem. Seria talvez mais jovem do que o próprio Dorian. Seus olhos se encheram de lágrimas estranhas. Estava ele triste? Seu coração estava apertado, a garganta amarrada em um nó estranho. Os ouvidos zumbiam, esqueceram do campo de batalha, do grito dos homens em combate.

Porém, o tinir agudo dos aços colidindo, e um breve piscar dos olhos, que fez o que marejou os olhos, descer em trilhas frias pelo rosto, acordarem o Urso. Aquele não é o primeiro amigo que iria se ferir se ele não acabasse com aqueles homens de uma vez por todas. Tinha mais amigos ali embaixo, em combate, que vieram com ele e Sahar. E não era hora para se entristecer por aqueles que ainda respiram. E sim se enfurecer, exatamente contra aqueles que ainda respiram. Mas já não deveriam mais respirar.— Eu vou matar todos vocês. — Sussurrou o lorde. Um dos homens próximo dele, olhou para o Mormont, confuso de suas palavras. Mas naquela altura, Dorian já caminhava, engrandecido por sua fúria ardente dentro de seu coração. Inicialmente, a destra. Arremessada, a espada afiada e de boa qualidade foi em uma velocidade e força de uma flecha. Quando atingiu o rosto do mancebo esguio que estava ao lado do escudeiro, a única coisa que se ouviu foi o aço afundando no crânio partido. Após o arremesso, o urso girou, se abaixando no processo, e arremessando a segunda espada. Ela assobiou, deitada no ar, e cravou logo abaixo do joelho de um parrudo homem, que não chegou a cair no processo.

Então, se ergueu novamente. Desarmado, caminhava de punhos fechados na direção do escudeiro que lhe fazia frente. Outros criminosos buscavam se aproximar do Lorde, mas os soldados que o acompanhavam, impedia dele ser cercado. Em agonia, o homem com a espada pressa no joelho, se abaixou, para tentar retirar a arma. Porém... O urso correu na direção do homem, saltou, e pisou na espada com a perna esquerda, dando um impulso e altura sem igual. Cruzou os braços frente o corpo, pra impedir qualquer coisa de lhe atingir diretamente, e pousou com os dois pés cima do escudo do escudeiro, que segurando o peso de Dorian com os dois braços, tentou virar o escudo para derrubar o urso. E o que o Mormont fez? Um show, de agilidade e flexibilidade. Saltou, o corpo rotacionou em um loop para trás, caindo exatamente nas costas do escudeiro, invés de para frente, como ele desejou.

Com tudo, Dorian estava um pouco zonzo. Foi a primeira vez que fez aquele movimento, a primeira vez que viu tal, foi com uma grande amiga da casa Glover. Porém, quando seu labirinto se acostumou com a ideia de ter pousado, ele ergueu o rosto. E lá estava um lanceiro, vindo seco para estoca-lo diretamente na face. Escutou o capitão de sua guarda gritar "Milorde!", mas não deixou que o homem falha-se em seu dever. A velocidade de Dorian foi superior, para inclinar o corpo para o lado, fazendo a lança passar ao lado de seu rosto. A destra então se ergueu, segurou a madeira da lança. Uma madeira velha e aparentemente quebradiça, notou o lorde. Porém, não se importou com isso. A pegada firme impedia do lanceiro recuar, e quando se ergueu, depositou um murro cruzado da canhota que poderia ter feito o homem cuspir uns dois dentes podres, além de se atordoar. Então, Dorian segurou a lança firme com ambas as mãos, puxou-a para frente, e devolveu uma estocada com a parte sem estoque da lança na virilha do homem. A dor o derrubou, impedindo de se erguer. Notou o homem se urinando, talvez pela pancada. Rotacionou a lança, e a cravou na garganta do homem, antes de pisar na junção do aço ferrugento da lança com a velha madeira, e escutar o estalo da mesma quebrando. Sentiu o peso da lança diminuir, quase instantaneamente. Observou o campo de batalha, notou como os seguidores do Urso estavam empolgados. Porque? Não importava. Rotacionou o cabo de madeira, e voltou com um golpe horizontal como se segurasse um taco qualquer. De fato não tinha o estilo de um lanceiro, mas bastou para atingir um dos oponentes que passava distraído a seu lado, e ver a madeira estourar.

Nas duas eliminações, boa parte de sua fúria se esvaiu. Mas não por completa. Voltou o olhar para as costas, e enxergou o escudeiro prestes a descer um golpe vertical em suas costas. Ágil, Dorian tirou o corpo em um pequeno salto para o lado, e viu a lâmina passar cruelmente por onde ele estava. Parado frente o escudo do rapaz, sem nada nas mãos além de migalhas de um velho cabo de madeira, o Mormont jogou aquele resto de lança no chão. Não gastaria mais do que as mãos naquele ali. Então, a destra pousou no escudo circular. O impacto fez a defesa do escudeiro tremular. A dor nos nós das mãos, irritou ainda mais o urso, que depositou em sequencia, mais um golpe, agora da canhota. O escudeiro caminhou para trás. Outro, outro, outro... Passo a passo para trás. Até um momento em que a destra ensanguentada de Dorian, segurou a beirada do escudo. O homem empalideceu, enquanto o urso puxava o escudo para abrir sua guarda. Novamente, outro golpe, agora uma estocada. Dorian virou o corpo de lado, mas desta vez foi inevitável. A arma rasgou o couro do sobretudo, chegou a arranhar a pele do urso em um corte superficial.

Mas ali, a luta se findou. Dorian agarrou o pulso canhoto do escudeiro com a canhota, largou o escudo com a destra, e lhe aplicou um murro de amolecer uma montanha. Imagina então um homem bêbado. Nocauteado, o escudeiro foi ao chão. Os seguidores do urso, então, começaram a bater as armas aos escudos e armas secundarias, comemorando o abate daquela trupe de criminosos. Não houveram baixas, apenas três feridos e um arranhado. Sem nenhuma palavra de comemoração, o lorde recuperou suas armas dos homens finalizados, e deu uma única ordem a seus homens: " Peguem o escudeiro como prisioneiro. "

Rotacionou as espadas, o sangue foi ao chão, ficando apenas um vestígio da sujeira. Essa, que ele apoiou nos ombros e deslizou as lâminas pelo couro, livrando do sangue. Então, retornou as armas as bainhas e em fortes passos, rumou para o salão. Precisava ver se Sahar estava bem.

Treino: