[RP Fechada] --- Sweet advice

por **Waltyr de Braavos** Ter Jul 26, 2016 1:30 pm

Sweet advice

Esta é uma RP FECHADA, então conta apenas com a participação dos personagens Waltyr de Braavos e Myur Martell. Em avançadas horas noturnas, Waltyr é convocado até a sala da conselheira daquele castelo. Tudo estaria bem, se não fosse o estado de embriagues na qual se encontrava, e que poderia acabar gerando inúmeras confusões "

por **Waltyr de Braavos** Ter Jul 26, 2016 3:38 pm

Devil's Blood

L

ágrimas escarlates enchiam a caneca de aço do Bravosi, afogando as tristes lembranças de sua infância, em especial, da sombria noite em que seu irmão foi retirado não apenas de sua vida mas de toda a existência carnal. O néctar de uva, envelhecido e fermentado em barril de carvalho, trazia um gosto doce e acolhedor, muito apressiado pelo paladar do valente Espada. A cabeça começava a pesar, nunca tinha tragado uma quantidade tão grande da bebida "inibe juizo".

- Um brinde meus amigos, á essa merda que chamamos de vida.

A mão trêmula do homem levantava sobre a altura de sua testa o recipiente de metal, entornando um pouco de vinho sobre suas vestes. Muitos soldados e bebuns aleatórios gargalhavam consigo, imitando o gesto. Waltyr desmaiaria em coma alcóolico caso não fosse uma máscula mão apalpando seu ombro, puxando o corpo atlético para que se olhassem.

- Senhor de Braavos? Isso não parece algo bom.

O mensageiro parecia intrigado e enojado ao olhar o moreno, pensando se ainda deveria entregar a mensagem que lhe foi incumbida.

- Bem, isso não é problema meu. Estou aqui para convoca-lo. A conselheira de lorde Ashford está aguardando sua presença na sala dos acordos. Tenha uma boa noite.

O jovem de cabelos encaracolados não fez reverência alguma, muito menos prestou solidariedade ao estado alcoolizado do espada juramentada, dando de costas ao homem após cumprir com sua obrigação. Waltyr demorou quase três minutos para entender corretamente o que deveria fazer, estava lento demais para um guerreiro tão bem treinado.

- Ouviram isso? Aquela jovem vadia do conselho quer me ver. Acham que devo fazer o que com ela?

Um alvoroço tomou conta do estabelecimento. Gritos e gestos obscenos quase se perdiam entre gargalhadas insanas. O cambaleante Bravosi deixou o local recebendo aplausos, preferindo ir a pé até os aposentos da cria das areias escaldantes. Por mais que a caminhada muito demoraria, não estava em condições de cavalgar.

☩ ☩ ☩

Mais de meia hora passaram até o Espada chegar em frente á porta de madeira, girando sua maçaneta sem cerimônia alguma.

- A senhorita pediu para me chamar?

Sua voz estava vagarosa e confusa, não conseguindo esconder completamente seu estado de embriagues, mesmo que estivesse tentando.

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por **Myur Martell** Ter Jul 26, 2016 4:53 pm

Flying Time

— Eu vou falar uma vez, e acho bom que entenda claramente, se não quiser sair daqui com um olho roxo, estamos claros? — a garota falava com um homem aleatório. Estavam discutindo algo importante, e parecia que a menor estva na menor das condições de ter paciência e lidar com alguém que achava que os músculos eram mais importantes que o cérebro. Esfregou as têmporas, querendo logo encerrar aquele assunto, afundando-se na cadeira enquanto ouvia as palavras d'outro, revirando os olhos azuis nas órbitas discretamente, aguenta aquela conversa insuportável por mais cerce de meia hora, para que então — graças aos Deuses, se existissem — o gigante parrudo, e imbecil, saísse da sala com uma carranca, deixando para trás uma Myur com um sorriso vitorioso.

Tinha conseguido mais uma vez o que queria, e aquilo aliviava suavemente o mal-humor em que conselheira se encontrava naquele dia. Havia brigado com todos que entraram em sua frente durante o dia inteiro, discutido com todos aqueles com quem havia falado, batido coisas na mesa, rasgado papéis, rabiscado planos. Tudo isso porque naquele dia em especial, a Martell mais nova havia acordado num estado de irritação e propensão a violência que a própria moça não entendia, o que a deixava confusa, e também confia todos que a conheciam, e que sabiam que a personalidade da menina se baseava em ficar calada e observando os outros. Por isso, quando o estrondo de um copo sendo estraçalhado na parede fez-se ouvido pelo corredor, seguido de um grito pelo nome do mensageiro, o rapaz entrou de prontidão, observando a morena dos olhos azuis perfeitamente ajeitada na cadeira, passando um lenço sobre alguma ferida na mão, fruto do surto de segundos atrás.

— Se puder, pode fazer o favor de chamar Waltyr de Braavos aqui? — pediu com calma, a expressão serena como de quem não tivesse acabado de quebrar um copo arremessando-o na parede; — Tenho assuntos a tratar com aquele... Coisa. — e dispensou o mensageiro com um aceno de mão, que foi-se apressado, deixando a pequena mulher no cômodo, encarando a papelada manchada pelo líquido escarlate, resmungando e praguejando.

❆❆❆

O barulho da porta fez-se audível aos ouvidos de Myur, despertando-a de uma quase transe, onde se ocupava de refazer tudo aquilo que havia destruído hoje. Repassar todas as palavras pra folhas novas, o que a acalmava e a submergia num estado de concentração profunda. Chamou o homem com a mão, sem parar para encará-lo de fato; — Sim, mandei. Creio que tenhamos alguns assuntos para tratar... — e a fala foi morrendo aos poucos, conforme a mulher levantava a cabeça e percebia o estado do homem.

Quis levantar-se e dar-lhe um soco. O que raios aquele senhor estava pensando? Suspirou, levando as mãos aos cabelos, os jogando para trás; — Ou volte quando estiver menos bêbado. — olhava-o com um tanto de arrogância, disfarçada pela indiferença.

por **Waltyr de Braavos** Qua Jul 27, 2016 6:06 pm

Devil's Blood

T

rês, talvez quatro conselheiras, o Espada vislumbrava espécies de cópias da mulher, uma ao lado da outra. as mãos parrudas foram de encontro aos olhos do moreno, tentando apagar aquela visão de sua mente.

- O que está falando? Nã-nã-não estou be-be-beba-bebado. Desde quando são três?

Cambaleante, sentou esparramado na cadeira em frente a mesa da dornesa, apoiando seu corpo sobre um dos braços deixados sobre a mesa. Odiava estar naquele lugar, Os olhos do guerreiro mostravam desconforto e tédio, preferia estar bebendo.

- Por qual motivo afinal mandou me chamar?

A tonalidade irônica não fazia parte do jeito comum de ser do rapaz, contudo, influenciado pelo álcool deixava tudo que vagava em sua mente se tornar palavras. Os braços do Bravosi cruzavam diante de seu peitoral, esperando por respostas.

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por **Myur Martell** Sáb Jul 30, 2016 1:42 pm

Flying Time

Encarava a Espada de forma incrédula quando este já estava sentado e de braços cruzados na cadeira. Revirou os olhos e respirou profundamente, pedindo a qualquer força superior que lhe desse muita paciência, já irritada com o homem. Mas, Myur não era o tipo de garota que deixava uma oportunidade passar tão facilmente. Cruzou as pernas e pôs-se a escrever qualquer coisa num papel, ignorando completamente a existência do outro humano.

— Uh? Eu estava entediada e de mal humor. Chamei-o para satisfazer minha vontade de ver alguém sofrendo. — respondeu com um sorriso arrogante nos lábios, olhando-o nos olhos com a expressão mais inocente que podia fazer, balançando os pés, que não encostavam no chão. Inclinou cabeça — Te ver entediado e querendo voltar a beber me é divertido. — encerrou, pegando novamente a pena e molhando-a na tinta.

por **Waltyr de Braavos** Ter Ago 02, 2016 5:08 am

Devil's Blood

A

respiração do Bravosi tornou-se tão inquieta quanto o homem. A barba por fazer parecia coçar e um intenso mau humor tomava conta do atlético corpo. Suportou o fato de ver a conselheira escrevendo anotações em um papel, possivelmente algo importante referente á administração daquele de Vaufreixo. Contudo foram as incrédulas palavras da mulher que inflaram o instinto guerreiro do Espada, embriagando o homem não com álcool, algo pior, o descaso.

Em um súbito movimento Waltyr ficou de pé em frente a mulher, fazendo a pesada cadeira de madeira cair colidindo contra o cão de pedra. As mãos agarraram o primeiro objeto que o homem viu; um tinteiro, indo também parar no solo.

- Está brincando comigo?

A voz embriagada perguntava com uma raiva incomum para o calmo moreno, algo acontecido especialmente naquela noite em que o juízo estava perdido entre doses e mais doses de vinho. O dedo indicador do espada juramentada ficou em riste, apontado na direção entre os olhos da menor.

- Fale o que deseja, não sou um de seus brinquedinhos, oh poderosa conselheira.

O amargo contido na tonalidade de voz não foi disfarçado, Waltyr não se importava naquele momento com nada que pudesse vim a acontecer, apenas desejava explicações cabíveis á convocação que demonstrava não ter sentido algum.

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