[ RP FECHADA] Primeiras Impressões

Varyan Frostwolf

I don't wanna hurt you! Though do i have to kill you.

O dia estava clareando, o sol escondido entre as nuvens indicava mais um dia de neve intensa no Norte, o inverno realmente havia chegado. Como de costume eu me diria para a ala de treinamento, como exercício matinal na casa dos Mormonts eu gostava de praticar um pouco nos bonecos de treino. Embora meu primeiro dia tivesse sido com o pé esquerdo, já que meu primeiro desafiante foi ninguém mais que o próprio Lord. A conversa que tive com ele fora esclarecedora em diversos pontos e de muitas formas, muita coisa foi decidida, incluindo a Gemada Nórdica feita pelo próprio urso. Em minha cintura, apenas a adaga silenciosa, arma essa que não precisei retirar da bainha desde que vim para a ilha. Por mais que eu fosse um selvagem, todos os que sabiam disso me trataram de forma igual, e os que não sabiam ficavam um pouco na defensiva por conta de meus trajes.

Assim que me aproximo do local, observo uma garota efetuando alguns golpes com os punhos. Seu alvo era um boneco de treino, o que certamente não a ajudaria muito a melhorar suas habilidades. O local estava vazio pelo horário e pelo clima, tempos assim deixavam todos mais sonolentos. Minha aproximação foi demorada, pois fiquei analisando a forma com que ela dava seus socos, era algo meio grotesco e sem foco. Em passos leves e sem arrastá-los na neve, caminho para o mais próximo da garota sem ser notado. Tentava deixar os pés o mais suave o possível ao tocar o solo, para que então o silêncio estivesse ao meu lado.

– Você deveria usar mais o corpo em seus movimentos. – Minha voz soava despreocupada, mas ao mesmo tempo tentando ajudar. Eu me aproximo até certo ponto onde então pude repousar minhas costas em um tronco de árvore e terminar de ver seus golpes. O manto marrom do urso cobria minhas costas e impedia a neve que caía de tocar minha pele. Os braços se cruzam em frente ao peito, e assim que ela se virasse para ver de onde vinha tal voz, um breve sorriso se formaria.  

Cão Selvagem

Era uma típica manhã nortenha de inverno, uma nevasca considerável caía sobre a Ilha dos Ursos  enquanto o dia começava a clarear. A nova Mestra de Armas de Dorian Mormont já estava de pé frente ao pátio do castelo se aquecendo com golpes aleatórios e sem qualquer técnica, era movimentos simples como socar o ar e o chutar afim de fazer o corpo compreender que seria posto em atividade intensa.

 Enquanto se preparava ela ouve um homem lhe dar um "conselho" de como aplicar seus golpes, ela estava disposta a agradecer de forma humilde até notar que era o tal selvagem que Dorian abrigava. Militsa não gostava dos selvagens e jamais havia aceitado o fato de alguns deles viverem ao sul da Muralha, seu cenho torna-se rijo e fechado.

- Não tente aconselhar se não consegue notar a diferença entre um aquecimento e um treino real. -

 A guerreira impunha um tom de voz sério e altamente ríspido, sentindo que ainda não era o suficiente ela completa.

- O que um homem como você, selvagem, saberia sobre técnicas de luta, sabem apenas berrar e atacar feito animais. Não, não digo animais como um elogio, até um animal sabe raciocinar em antes de atacar.-

 Quando era de sua vontade a mulher sabia ter uma língua tão afiada quando o fio de suas lâminas, ela estava realmente afim de provocar aquela pessoa que para ela não merecia ser chamada de homem, ou até mesmo de pessoa. Ela gira os ombros e finalmente desfere dois socos no ar e nota que estava aquecida, ela assovia chamando a atenção daquela figura.

-Venha, mostre suas "técnicas".- Ela sorria em forma de deboche.


Mantinha-se com os braços em um ângulo de 75 graus frente à sua face, as pernas afastadas na largura de seu quadril com joelhos levemente flexionados e distanciados com sua perna esquerda à frente do corpo. Os punhos da jovem ficavam ligeiramente abertos apenas simulando estarem fechados, não havia a necessidade os manter fechados e tensionados pois a força que exerceria mantendo-os sempre fechados seria necessária para o combate.

Militsa manteve os punhos virados para frente de modo que seus dedos ficassem a mostra para o selvagem, normalmente via-se uma guarda com os dedos voltados para dentro, mas a guerreira sabia que naquela situação seria melhor aquela formatação de base para seu combate. Ela suavemente ergue seu calcanhar esquerdo apoiando seu peso na perna direita, a base da mulher era bastante incomum e todos os seus oponentes estranham aquela posição, mas era muito mais eficiente do que podiam imaginar.

Ela sorri e diz em tom altamente ofensivo e provocativo.

- Não gosto de perder tempo com os da sua estirpe seu cão, ande logo pois tenho meus afazeres a cumprir.-

Mesmo acreditando que ele poderia não ser um guerreiro de grande valor a brava mulher não daria bobeira, ela sentia até mesmo o gosto de sangue em sua boca ao saber que iria de fato realizar seu desejo de lutar contra um selvagem, muitos diziam que eram um povo realmente impressionantes devido sua voracidade e truques sujos, ela colocaria isto a prova naquele instante.

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Varyan Frostwolf

I don't wanna hurt you! Though do i have to kill you.

Por um momento eu havia sido algo diferente do que eu era, quando tentei ser gentil com a menina. Por sua vez ela só retribuiu com ofensas e palavras que magoariam pessoas fracas, meu olhar perante ela era de indiferença. Suas palavras foram convincentes o suficiente para me fazerem ter uma luta naquela manhã. Ainda que ela dissesse que não, eu podia ver a inexperiência no combate dela, e quem sabe ela pudesse me provar o contrário. Não retiro o mando de minhas costas, mas ajusto um pouco o couro que o prendia a mim, deixando ambos mais justo para melhorar meus movimentos.

Começo a andar em direção a garota, suspiro sem erguer os braços, mas pronto para desviar de qualquer ataque sujo, como o de Dorian. - Achei que as Nortenhas eram um pouco mais gentis. – Assim que me aproximo eu a testaria, vendo a inclinação do corpo da mesma atacaria a mão cujo estava seu apoio. O golpe viria de mão aberta, quase como um tapa, visando seu punho, para saber os reflexos da mesma e como ela se defenderia disso. Em um movimento rápido, eu investiria rapidamente para diminuir drasticamente nossa distância. Onde então eu pisaria no pé da dama para evitar o afastamento.

Nossos corpos ficariam próximos, e eu apenas a encararia para que ela percebesse com quem estava lidando, manteria minhas pernas unidas para evitar uma Gemada Nódica. Assim como a outra mão ficaria próxima o suficiente do braço livre da moça para não ser pego de surpresa. Sua reação seria interessante e valeria apena observá-la.  

Cão Selvagem

 Era interessante ver a movimentação daquela figura caricata vindo em minha direção daquela forma, mas eu já estava bastante acostumada com uma reação daquela, ao notar que tentava golpear meu punho eu abro minha mão e estico meu braço em sua direção agarrando suas vestes.O máximo que ele conseguiria era dar um tapa em meu ombro já que eu havia alterado o posicionamento de meu corpo.

 O homem vinha rápido e tentava pisar sobre meu pé de apoio, provavelmente achou que eu tentaria sair de sua investida, mas ele apenas havia feito o que eu deseja que fizesse, ao notar seu movimento de me prender eu troco minha base de apoio puxando o pé esquerdo para trás e levando o direito à frente.

Estava tudo perfeito, percebo sua mão próxima a minha mão direita enquanto ele trazia seu rosto próximo ao meu, porém ele não havia se dado conta que eu havia abaixado minha cabeça e inclinado meu corpo um pouco á frente, com a mão direita eu apanho seu punho e ergo minha cabeça afim de atingir seu queixo com uma forte cabeçada.

Caso o acertasse ele perderia um pouco do equilíbrio, aquilo não seria forte o suficiente para derruba-lo, ele era um dos poucos que conseguia fazer frente ao Lord Dorian, mesmo não gostando de selvagens eu jamais subestimava realmente um oponente até que estivesse caído em minha frente.

 Minha mente dava os próximos passos de minha ação, estando com suas vestes e seu punho direito em meu domínio o puxo para cima de mim enquanto jogo todo meu peso para trás para que ambos caíssemos, então eu o faria cair sobre mim, porém,como tinha suas veste e seu punho em meu controle eu estaria redirecionando seu peso para trás de mim.  

Levo minhas pernas à altura de meu abdômen recolhendo os joelhos e colocando os pés sob o estômago do selvagem. desta maneira, antes que seu peso inteiro caísse sobre mim eu usaria a velocidade de seu corpo vindo contra o meu para o empurraria pra trás usando a força de minhas pernas dando o impulso principal, com a velocidade do corpo era um fator que diminuía a importância do peso de meu oponente.

  Conseguindo arremessar o homem para trás fazendo-o passar sobre mim eu me levantaria voltando à minha posição original de combate, uma base sólida com pé esquerdo à frente e punhos semi abertos virados para frente.

Habilidade Treinada:

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Varyan Frostwolf

I don't wanna hurt you! Though do i have to kill you.

A garota realmente não estava para brincadeira, assim que efetuei meu primeiro golpe, que fora mais lento, ela investiu com o braço que deveria ser usado para defender e agarrou o couro de minha blusa. Meu olhar se estreitou um pouco, se ela havia me segurado não pretendia um golpe, e sim outro estilo de luta. Foi quando me aproximei tentando pisar em seu pé, o que acabou falhando pela distância que eu me encontrava dela, com esta perna para frente, percebo que ela deixou a outra para trás.

Na sequência ela segura minha mão direita, cujo seria usada apenas para defesa, enquanto minha mão esquerda ainda tinha abertura total sobre a lateral do corpo dela. Seu rosto estava mais baixo do que o meu, e por um momento quase sou acertado no queixo, mas, em um movimento rápido, levo o rosto para trás, sentindo o couro da blusa ser puxado pela mão da garota. Ela era tão ardilosa quanto o Nortenho, e eu deveria tomar cuidado com ambos, estava começando a perceber como os sulistas lutavam.

Vejo seu corpo sendo jogado para trás, e tentando me puxar, o que certamente não funcionaria, ela tinha uma perna de apoio para ajudar em seu movimento, mas eu também tinha uma de minhas pernas para frente, e ao medir nossas forças durante o movimento pude perceber que ela precisaria me desequilibrar para tal feito. Ainda assim para evitar qualquer descuido, uso a mão esquerda cujo estava livro para agarrar sua blusa na lateral do corpo, e usar de minha força para fazer força ao contrário do que ela fazia.

Após ela perceber que seu golpe não seria um sucesso, levo o punho um pouco para trás, e logo volto a investi-lo de encontro as costelas da dama, e manteria minha atenção na mão perto de meu rosto, a que segurava minhas vestes. Caso ela usasse-a para defender meu ataque, abriria espaço para uma cabeçada em seu nariz, o que seria praticamente o fim da luta. Ainda que eu não quisesse isso ela tinha de perceber a diferença entre ambos e encontrar outra forma de me derrotar.

Por fim giraria o pulso direito para me livrar de sua mão, mas não para afastar-me e sim para que eu pudesse segurar o dela, onde então sim usaria como impulso para afastar nossos corpos. – Nada mal... – Diria em um tom calmo, e quem sabe até mesmo provocativo. Ainda que uma mulher, além da muralha elas eram tão ferozes quanto os homens, bastava provoca-las. Será que isso se aplicaria ao sul também?

Cão Selvagem

 
Sim as chances de derrubar um homem com quase o dobro de meu peso eram poucas, e como esperado aquilo havia falhado, mas o homem ainda achava que Militsa estava muito abaixo de seu nível e continuava brincando com ela. Aquela disputa entre a uma nortenha e aquele selvagem renderia boas lembranças, eu havia notado que o punho esquerdo do homem tinha sido preparado para um golpe, o homem tentaria me golpear e sentia que poderia ser em minhas costelas.

Para evitar aquele golpe eu giro meu corpo para o lado direito enquanto juntava o meu corpo ao dele, seu soco passaria no ar atrás de minhas costas, caso ele tentasse se aproveitar para usar uma cabeça ele acabaria acertando seu nariz em meu ombro esquerdo, a posição em que estávamos eu estava com meu ombro esquerdo recolhido em seu largo tórax com minha mão ainda segurando suas vestes. Ele havia segurado minha mão direita, mas por sorte meu punho era pequeno, bastou esticar meus dedos para cima os unindo e dar um forte puxão para baixo com braço direito que minha mão estava livre outra vez.

Agarro a manga direita das vestes dele na altura de seu ombro,  antes que ele pudesse se dar conta eu passo minha perna direita por trás de seu joelho esquerdo, em seguida eu dava forte solavanco contra seu corpo enquanto usava do mesmo tranco contra a parte traseira de seu joelho,a finalidade era puxa-lo para frente e utilizar a força de meu corpo para o derrubar, não importaria seu peso ou sua força, uma articulação não precisa de muita força para ser forçada a ceder.

Conseguindo desestabilizar o homem eu acabaria caindo sobre ele, seria o tempo de passar minhas pernas por baixo de seu quadril em forma de um X o pressionando contra mim, seria desagradável sentir um selvagem abaixo de mim e até mesmo repulsivo, mas em combate algum sacrifício deve ser feito. Se minha ação fosse bem sucedida eu abaixaria meu tronco rapidamente usando meu cotovelo esquerdo para golpear seu peito, a força de meu tronco somada com a velocidade poderiam resultar em algum dano.

Em seguida tentaria dar um soco em seu rosto com minha mão direita trazendo ela do lado direito para o esquerdo, minha intenção era atingir a região de seu orelha, não o machucaria de fato mas ele ficaria com um alto ruído em seu ouvido e qualquer incomodo para ele me daria uma pequena vantagem, já que em questão de força bruta a vantagem era claramente toda dele.

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Varyan Frostwolf

I don't wanna hurt you! Though do i have to kill you.

A guerreira era insistente, e seus movimentos foram espertos. Assim que tentei acertar sua parte desguarnecida ela juntou o corpo ainda mais ao meu, o que por um momento distraiu minha concentração, permitindo então que eu fosse pego pelo seu próximo movimento. Por fim a garota havia me derrubado, seu corpo subiu sobre o meu, prendendo suas pernas ao redor de meu corpo. E suas mãos estavam livres para me acertar da forma que ela quisesse.

Para minha sorte ela já falhou no primeiro movimento, a escolha de usar o cotovelo para um golpe faria com que o tronco dela tivesse de se aproximar de mim. Ao ver seu cotovelo esquerdo vindo de encontro a meu corpo, utilizo meu braço direito para guiar seu movimento até a lateral esquerda de meu corpo, mesmo que o golpe raspasse em minhas costelas o couro de minha roupa trataria de amenizar o dano causado. Enquanto isso fosse feito, meu braço livre estaria se abrindo para dar espaço ao cotovelo da jovem acertar o chão.

A mão que então foi utilizada para guiar seu golpe agora desliga entre seu braço e corpo, sem deixar que minha mão tocasse o seio da dama para não ser rude. Enquanto o outro membro que antes apenas havia aberto a guarda, agora empurraria a cabeça da jovem mais para perto do chão, escorregaria por seu pescoço e então juntaria ambas as mãos formando uma guilhotina onde estariam o braço esquerdo da garota e seu pescoço. O esquerdo serviria apenas como prisão, nele não estaria fazendo força alguma, já no direito, esse puxaria meu outro membro para o lado oposto ao que soltaria ela, no caso a enforcando conforme ela tentasse se livrar.

Deixaria as costelas do lado esquerdo ainda amostra para que ela pudesse golpear e tentar se livrar, mesmo que aquilo não fosse ajudar, seria como uma distração para a mente dela que estaria lutando para se soltar, minhas pernas infelizmente estavam presas, mas caso seu golpe viesse através das mesmas eu inclinaria minha cintura de encontro a dela de acordo com que ela tentasse usar de seus membros para me chutar ou dar joelhadas. – Se quiser sair, apenas peça desculpa pela forma rude com que falou comigo. – Minha voz soava ainda firme, não demonstrando cansaço, queria saber quanto tempo eu aguentaria em um combate desses, o que não era de todo meu maior costume.  

Cão Selvagem

 
Fora por pouco que eu não havia me quebrado toda, o selvagem acabou tirando seu corpo para o lado e com isso eu quase atingi o solo com meu cotovelo, mas por sorte tive tempo de estender meu braço e colocar a palma da mão no chão, assim ficava inclinada para frente. Mas este foi meu erro.

O homem foi astuto e se aproveitou para controlar meu pescoço com seus braços, mas estando abaixo de mim ele me dava uma oportunidade de me soltar, seus braços estariam erguidos para que ele pudesse ter o controle de meu pescoço, o resto de seu corpo ficaria desprotegido. Então com minha mão esquerda golpeio a seu braço direito na região entre seu bíceps e tríceps, nesta região existe um nervo bastante sensível que quando atingido cria um pequeno choque que incomoda bastante o braço. Como seu antebraço estava em meu pescoço sem o apertar eu estava tranquila para pensar no que fazer, na cabecinha animalesca dele de certo havia pensado que eu iria me debater e lutar irracionalmente para escapar.

Era típico de um homem selvagem, julgar que todos agem como eles. Meu golpe não empurraria seu braço para trás, mas minaria toda força dele por tempo suficiente para eu sair de seu domínio, assim me afasto e me levanto. Dando alguns passos para trás, aguardaria ele se levantar, então quando estivesse de pé iria em sua direção lançando um soco com minha mão esquerda na altura de seu rosto.

Antes que minha mão chegasse perto de sua defesa, eu giraria rapidamente para o lado esquerdo  ficando atrás dele de forma a estar perto de suas costas,mas minha posição favorecia-me na dificuldade dele me acertar um coice,

Estando atrás dele tentaria acertar uma joelhada em seu traseiro entre as nádegas, a pressão seria sentida com bastante dor, já que ali encontra-se um ponta da coluna chamada Cox,caso tivesse sucesso em minha movimentação ele perderia por alguns instantes as formas nas pernas e poderia até mesmo vir a desabar.

Rapidamente já me afastava com dois breves saltos para trás tentando me defender com uma guarda  meio alta de palmas abertas.

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Cão Não Tão Selvagem

 
O homem mostrava-se mais hábil e inteligente do que eu pensava, provou que eu estava errada em subestima-lo como o havia feito. Sorria enquanto o havia cobrar por minhas desculpas e em resposta apenas aceno com a cabeça com breve reverência, não daria o gosto das palavras, de forma alguma. Para ter minhas desculpas formalizadas ele teria que merecer ainda mais, mas ele mostrou que buscaria isto de qualquer maneira ao investir contra mim mais uma vez.

 O meu oponente foi astuto ao me distrair com um possível golpe no ombro, seu chute teria pego caso eu não acompanhasse seu giro com outro giro, girei para a minha esquerda sentindo seu punho raspar em meu ombro, mas o principal foi que mesmo sem saber eu havia escapado de um golpe que poderia me atrapalhar e muito nos dias seguintes. Ficando às costas do homem outra vez percebia sua ação passar no vento, aquele chute certamente me atingiria nos joelhos e faria um belo estrago, na melhor das hipóteses me romperia alguns ligamentos me fazendo ficar de cama alguns dias.

Eu estava ofegante, ficar tanto tempo fora de reais batalhas estava me deixando preguiçosa e isso era muito ruim, meus ombros se erguiam e abaixavam conforme eu inspirava e expirava pesadamente, a fumaça saindo pela minha boca mostrava a perda de calor de meu corpo já que eu estava sem vestes para o frio. Minha pele estava gelada e com leve ardência, transpirava devido ao esforço realizado em me manter por tanto tempo em um combate. Realmente, aquela luta havia se estendido além do que eu imaginava mostrando que o selvagem era realmente bom, sorri uma vez mais enquanto sentia meus músculos reclamarem do esforço além da conta. Me sento dando uma risada.

- Tudo bem colega, ganhou meu respeito. Me desculpe por te-lo tratado com desrespeito, já tive minhas diferenças com alguns do seu povo e acabei por me precipitar em meu julgamento. -

Minhas pernas queimavam suavemente por dentro das vestes, eu deveria começar a treinar com algumas corridas matinais, estavam ficando cansadas muito rapidamente. Meus ombros pareciam cansados apesar de não terem de comportar muito peso, devagar sinto minha respiração voltar ao seu ritmo normal.

- Qual o nome do colega?-

Pergunto de forma gentil, o homem havia mostrado que eu estava errada, então não era mais necessário um comportamento hostil e provocativo de minha parte. Lhe estendia a mão afim de um cumprimento, mas mesmo assim atentava aos seus movimentos afim de não ser pega desprevenida. Mesmo com o corpo levemente exausto e em relaxo eu estava sempre em um estado de alerta, jamais abaixa minha guarda totalmente.

Aguarda suas respostas enquanto finalmente me via recuperada e me colocava de pé, tendo cumprimentado o companheiro de treino daquela manhã, vou até o quadro de armas e apanha uma lança, a giro brevemente sentido o peso e equilíbrio da arma enquanto sorria.

- Que tal pararmos de brincar nobre amigo? Gostei de suas habilidades de luta, quero ver como é seu combate armado, me dá a honra desta "dança"? -

Sorria amistosamente enquanto voltava para o centro do pátio empunhando minha arma, forma minha base com a perna esquerda a frente, mãos segurando o cabo da lança com quatro palmos de distância em uma guarda alta na altura de meu diafragma. Sentia que as dores no corpo haviam diminuído bastante, talvez conseguiria ter alguns minutos de diversão com o meu novo melhor amigo, ria ao imaginar a possibilidade. Voltava a me concentrar mantendo um olhar analítico em cada passo dado pelo oponente, não saberia como seria seu primeiro movimento.

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♦ The White Swan ♦ @CG

Cão Selvagem

Ao que me parecia o primeiro movimento seria feito por mim, com minha base a postos eu analisa bem meu inimigo, já sabia que deveria ser cautelosa com aquele homem. Dou passos lentos e firmes indo em direção à ele caminhando ao seu redor o zoneando, teria de levar aquilo à sério pois o simples fato dele não empunhar nenhuma arma era um alerta de sua confiança em suas habilidades.

Dou um pequeno salto a frente em sua direção ao estar em seu flanco esquerdo, ameaço uma estocada em seu ombro, mas paro a lança no meio do caminho enquanto girava para minha direita, tentava me posicionar atrás das costas de  Varyan com uma certa distância de segurança, porém, com o giro eu golpeava baixo na altura da parte posterior das coxas de meu oponente. Em combate com uma arma real caso o atingisse seria um dano que invalidaria um inimigo, porém, a ideia era apenas simular um corte com a ponta da lâmina de minha arma na parte de trás das coxas dele.

Recuava minha lança após tal ação mantendo os olhos fixos em meu adversário o tempo inteiro, era um homem com a astúcia semelhante a de Dorian, então poderia esperar uma luta bastante animada naquela manhã fria na Ilha dos Ursos.

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