[RP FECHADA] The back iron Lord

O rapaz de olhar cinzento e vestes esfarrapadas me olhava de modo grosseiro e ostentava um sorriso convencido nos lábios. Seu navio estava ancorado tão próximo ao meu, cheio de especiarias e comida, que não resisti ao impulso de toma-lo para mim, mas para tal ato, eu teria que mata-lo. O grande X da questão era que ele de nada facilitava minha vida com sua arrogância e seus trejeitos maliciosos. Era ainda mais inacreditável que mesmo sabendo das minhas intenções, ele não se deixava abater e ria com vigor. Nós dançávamos pelo convéns, em uma luta graciosa e feroz, o mar banhava nossos corpos com sua água fria e revigorante fazendo meu corpo se arrepiar. Ele avançava contra mim empunhado sua espada, desviava dos golpes com alguma dificuldade, recebendo alguns cortes profundos no processo, ele era forte, porém muito lento. Estava me divertindo vendo sua expressão cansada e frustrada, ainda que estivesse em desvantagem por ser de menor estatura e minha espada não estar nas melhores condições, a situação dele estava pior que a minha, pois eu conseguia me mover com rapidez e leveza e a cada investida de sua poderosa espada, eu desviava, com dificuldade, mas conseguia escapar de golpes maiores. Um sorriso perverso brotou em meus lábios quando o vi abrir guarda, em um movimento calculado bati com o cabo da minha espada em seu nariz com força, ele urrou de dor e cambaleou para trás se ajoelhando no chão. A sua vulnerabilidade me deu chance de chutar sua espada para longe e passar a parte mais afiada da lâmina da minha espada em seu pescoço. Com as costas da mão limpei o líquido rubro que escorria de minha boca e gargalhei olhando seu corpo agonizando no chão. Quando ele finalmente parou de agonizar, peguei seu corpo com a ajuda de um dos meus marujos e juntos o jogamos no mar, uma oferenda ao deus afogado, para que ele continuasse nos abençoando. Sentei-me em um barril e peguei um pano passando a limpar minha espada, os meus homens passaram a descarregar o navio do homem a pouco tempo morto. Grandes batalhas haviam sido perdidas por homens tolos e fúteis, tentava não seguir o exemplo deles em minha jornada de vida.

– Avante homens, devemos estar em Pyke até o cair da noite. – minha voz rimbombou pelo convéns e então todos começaram a soltar as velas e a por o navio em curso. Fui para minha sala e me sentei em uma cadeira, havia um grande mapa disposto em cima da mesa, mas a exaustão pós luta não me permitiu explorá-lo. Desamarrei os laços do corselet e respirei fundo, meus pensamento vaguearam até os Greyjoy, fazia tempo em que não via minha família reunida, por mais que eu não admitisse sentia falta de todos, até mesmo do senhor meu pai, que praticamente não vivia em casa. Peguei um pouco de água e um pano limpo e passei a limpar as feridas que a espada do homem havia me causado. A ardência que sentia a cada passada do pano nos cortes mais profundos era um motivo de orgulho para mim. Deitei-me em uma cama improvisada e acalentada pelo balanço suave do Vento Negro, acabei cochilando.

Um grito animado me despertou do sono tranquilo, batidas rápidas foram depositadas em minha porta, gritei um “Entre!” e um rapazinho adentrou o recinto com um sorriso sutil nos lábios.

– Capitã, estamos chegando em Pyke e alguns dos marujos dizem ter avistado o barco da sua irmã Layla e do senhor seu pai, ancorados no porto. – Ele disse e com uma reverência se retirou. Um sorriso brotou em meus lábios e com rapidez, fiz os laços do corselet novamente e calcei minhas botas, saindo da minha cabine e indo até a proa do barco, avistando Pyke e a minha amada casa. O vento frio soprava, fechei os olhos e aspirei aquela brisa salgada, os homens cantavam as velhas cantigas do mar, feliz por estarem voltando para suas famílias. Não quis me juntar ao coro, estava ansiosa por reencontrar a todos. Assim que o barco ancorou no porto, desci do barco com rapidez, um cavalo já estava a minha espera e todos me cumprimentaram. A subida até a fortaleza fora agradável, os estandartes dos Greyjoy balançavam com o vento acima de nossas cabeças, era bom estar em casa. Quando cheguei finalmente, as criadas me reverenciaram e tentaram me ajeitar, mas as dispensei com um olhar ameaçador e adentrei o recinto a procura dos meus demais parentes. A caminho da sala, passei na cozinha e peguei uma maçã e retomei meu caminho. Quando cheguei a sala encontrei Ryella e o meu pai conversando.

– Seja bem vindo de volta, meu pai. – murmurei com um sorriso e me aproximei deles ainda degustando a saborosa maçã. – Onde estão Layla e nosso tio Kraken? – perguntei a Ryella e me sentei em uma das poltronas que ali haviam.

Habilidade Treinada: