[RP Fechada +18] My sun and stars

Love & Hate

Tudo havia ocorrido muito rápido para meu gosto. A horas atrás o máximo que corria em minha mente era a rotina que deveria cumprir, e em agora sou uma oferenda? Teria eu irritado a deusa? Com é que ela pode permitir que tal ordália ocorresse comigo? “Maldito seja aquele magíster imundo, que a deusa o puna com a esterilidade da descendência dele.” Pensei reflexivamente num ato de raiva contida.

Havia sido parte da troca entre Volantis e o khal, assim como vários baús de especiarias, ouro e até tecidos finos como forma de apaziguar as coisas entre eles. Claramente foi um choque de realidade desde o início. Tudo era muito diferente.

Minha mente ainda se mantinha a mil, repassava cada segundo que relembrava de minha vida minuciosamente como se fizesse um esforço quase que instintivo para entender a situação. Fora entregue como um objeto, um prêmio, mas não iria ficar assim. Me recusava a continua nesta posição submissa por muito tempo, e sabia exatamente como fazê-lo. Divagara por um bom momento enquanto cavalgava, seguindo o grupo – ou khalasar, como disseram os arautos - que aos poucos partia de Volantis.

Um grupo... exótico para se dizer o mínimo. Interrompi minha linha de pensamento atual para então observar a minha volta desinteressadamente, devido ao fato de que aquele seria minha vida a partir de então. Era grande, de tamanho deveras anormal para khalasares comuns – entendia agora o medo dos regentes – aproximadamente de 50 mil ou mais homens, era difícil contar um grupo extenso com tão pouca visão. A maior parte parecia ser composta de guerreiros e escravos – provavelmente o resultado de saques -  das mais diversas regiões. Todos se vestiam de forma rústica, usando nada mais do que peles e couros para cobrirem-se.

E então voltei minha atenção para o khal, que encontrava-se montado logo em frente. O homem era fácil de se notar, visto que alguém do tamanho dele não se perdia de vista tão rapidamente. Ele era alto, detinha um porte robusto e a pele fortemente bronzeada de sol, como resultado de extensas horas de exposição ao sol. Sua barba era negra como o céu da noite, assim como o cabelo, sendo o último enrolado e presos em tranças compridas que cruzavam entre si repetidamente, chegando até um pouco abaixo da cintura.

Vestia o que parecia ser um cinturão, protegendo-lhe a barriga e cintura, assim como calças de couro. Mantinha o torso nu, que fora desenhado com tatuagens tribais que assemelhavam-se a garras em cada ombro, o que só acentuava seus músculos e seu físico guerreiro. Mantive meu olhar nele por mais tempo que julgava necessário. Ele certamente exalava virilidade, e isto não podia negar. No entanto, emanava também um quê de brutalidade que me intrigava.

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O olhar que dirigiu ao dothraki fora logo em seguida retribuído de forma até um pouco brusca. O olhar do homem viera subitamente, como se quisesse certificar-se de que não havia fugido – como se escapar fosse algo simples assim – o que me fazia relembrar do dia em que fora montada. Para um dothraki, ele até que tinha habilidade. E apesar de me sentir levemente desconfortável com tais lembranças, ignorei, correndo os olhos mais uma vez por ele antes de virar o rosto levemente.

Enquanto olhava para o nada, percebi alguém se aproximar, e ao voltar minha atenção ao traunsente pude então perceber que se tratava de Mirri, uma de minhas aias, que trazia um pedido de Addro para que me aproximasse. Sorri em resposta a ele depois de agradecer, rapidamente a dispensando. Com um leve puxão nas rédeas do cavalo, o coloquei em um lento trotar até ele, passando por entre seus Ko’s para então chegar ao lado do grande cavalo negro dele enquanto ponderava sobre o que ele desejava.

Sorri de forma delicada assim que me aproximei, retribuindo mais uma vez o olhar penetrante com outro. Ele me olhava de forma direta, e até mesmo um pouco rude, sem sequer disfarçar para onde olhava. Depois do que parecia um longo trajeto, ele voltou a olhar para frente, falando com sua atraente voz rouca.

-Sim, sou nativa de Lys. Bem notado. – Sorri brevemente, para então retornar ao que dizia. – Minha cidade é uma ilha próspera localizada no mar de verão, a noroeste de volantis. É conhecida pelos vinhos, tecidos finos, venenos e ... bordéis. – Sorri de forma maliciosa, dando ênfase a última parte enquanto corria os olhos por ele da mesma forma que fizera, claramente demonstrando segundas intenções.

- Mas e você, o que pode me dizer de seu khalasar? – Voltei a atenção de relance por alguns segundos para o grupo logo atrás. – É um grupo e tanto que possui não? -

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O khal estava visivelmente rígido, mal esboçando um sorriso sequer, algo muito estranho para ser sincera. Agia como se quisesse esconder algo, dissimulando frieza e distância enquanto falávamos.

Pude confirmar tal impressão assim que o mesmo falara sobre os inimigos que derrubara para angariar o khalasar. – 70 mil homens? Um feito e tanto não? - A feição que viera em resposta as lembranças fora deveras genuína – e estranhamente atraente - visto que nem mesmo alguém como ele poderia fingir algo que certamente havia marcado-o. E quem não marcaria? “Abrir a barriga dele....” Até mesmo ao ouvir um dothraki dizer soa cruel, mas não estranho.

A mudança de assunto viera de forma oportuna, visto que o assunto anterior estava, digamos que... intenso. – Eu? – Ri levemente com a frase dita, olhando por alguns instantes para a montaria, como em forma de passar um ar tímido. – Imagino que não chegue mesmo a habilidade de... “montar”, de um dothraki. – E então o sorriso tímido dá lugar a uma mordida no canto do lábio, seguida de um encarar longo nos olhos amendoados do homem.

Tudo isto enquanto dizia a parte final da frase com um tom diferente, como se segredasse-lhe algo. A palavra montar era algo engraçado no momento, visto que remetia a inúmeros significados. Desde o mais inocente sinônimo de equitação até algo mais íntimo, e estava adorando tal chance de provocar seu esposo. Logo depois de terminar, trago ambas as rédeas para perto de forma lenta, raspando-as em minhas vestes para que as mesmas se erguessem por alguns instantes, dando-lhe visão momentânea de minhas pernas. Tudo isso enquanto fingia não perceber o que fazia. Queria ver a reação do guerreiro.

Quase que de pronto fui atendida, apesar de que não da forma que esperava. Addro tirou o momento do trajeto para me ensinar os manejos da equitação. Como puxar as rédeas, como sentir como o cavalo iria reagir, até como me portar na sela, tudo isso de forma realmente atenciosa e gentil. Rodeava seu garanhão a minha volta como um pastor quando necessitava manejar seu gabo, e isso me fazia rir internamente a cada vez que fazia a comparação, enquanto disfarçava tal risada de forma a não deixa-lo perceber.

O tempo passou depressa, e quando percebi já estávamos em uma cidade a qual Addro chamou de Vaes Dothraki. O mesmo também explicou-me sobre a regra de que o porte de armas era proibido, enquanto confiscara meu chicote. A cidade em si era exótica, para se dizer o mínimo. Um labirinto de ruas de tamanhos diferentes, assim como uma miríade de construções, as quais detinham diferenças gritantes na forma de construção e estética de uma para outra como se várias cidades estivessem se fundindo em uma. Era basicamente um reflexo dos esforços e saques dothrakis, demonstrando até onde os mesmos chegavam.

Fiquei admirando abismada a cidade, somente voltando a mim quando senti uma voz rouca familiar chamar meu nome. Addro me levou então até uma construção de madeira, grande o bastante para ser considerada uma mansão, mas rústica o bastante para causar dúvida quanto a seu título.

Seu interior no entanto era ricamente decorado com diversos tipos de tapeçarias, provenientes dos mais diversos locais, assemelhando-se a cidade neste quesito. – Se isto não é grande, imagino o que deve ser.... – Disse de forma risonha, enquanto olhava para as colunas.

Ao adentrar mais a fundo, pude perceber um braseiro acesso logo em frente, assim como poltronas belíssimas que circulavam o braseiro a uma distância segura. O homem então se sentou em uma, logo em seguida apontando para uma mesa, que continha uma jarra de vinho e algumas taças, as quais prontamente peguei.

Com ambas as taças cheias entre os dedos de uma mão, e a jarra em outra fui até ele de forma lenta, desfilando lentamente, enquanto aproveitava para balançar o quadril de um lado ao outro. Chegando então, entrego-lhe uma taça, ao passo que sento no braço da poltrona que ele encontrava-se, ajeitando-me confortavelmente ali.

-Então? O que pode me dizer desta cidade? – Disse de forma descontraída, enquanto pouso uma das mãos no braço dele, alisando-o delicadamente.

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Meu olhar estava fixo nele, um olhar tão direto que sequer notei quando mãos ásperas circularam minha cintura e puxaram, depositando-me em seu colo.

Por alguns segundos parei para olhá-lo, surpresa da ação súbita que o mesmo fizera. Depois de segundos abismada, retomei o que falava, colocando uma das mãos em seu peito, alisando cada centímetro dele como se explorasse algo desconhecido. A pele era grossa como couro curtido, decorada por diversas cicatrizes, de formatos diferentes, nada inesperado para um dothraki, menos ainda para um guerreiro.

-Viúvas de antigos khals? – Disse, então voltando ao assunto inicial, ainda sim o massageando com ambas as mãos. Logo em seguida meus lábios rumaram em direção a seu ouvido, enquanto pousava uma das mãos na coxa do homem provocativamente, sussurrando de forma leve e delicada. – Que bom que meu khal é forte e vigoroso não? – Sorri, enquanto mordia os lábios. Estava deleitando-me com a sensação da pele do garanhão, assim como seu cheiro, que me lembrava a um antigo conhecido.

Assim que voltei meu rosto ao local inicial, observei que Addro jogara sua taça longe, repetindo o ato com a minha em um claro ato de impaciência. O homem claramente estava ansioso por algo mais, e pelo jeito buscava aquilo do jeito bruto que lhe era característico.  Bruscamente se aproximou, e estava... me cheirando? Assemelhava-se a um animal selvagem quando vê algo estranho, todavia o estranho mesmo era que apesar de tal ato anormal, estava é me excitando, ocasionando leves arrepios em minha pele.

No instante seguinte, tudo o que senti fora seus lábios selarem os meus, e mais uma vez sua mão me envolver, agora a nuca, como que me guiando. Levei minha destra reflexivamente até seu pescoço, visando um apoio naquele momento enquanto retribuía o beijo voraz do homem, vez em quando me permitindo mordiscar e puxar seu lábio inferior com minha boca. Estava certamente focada na boca de seu khal, de tal forma que mal sentia a carícia do mesmo, com suas mãos que passeavam em sua cintura de forma firme e gentil.

O crepitar das chamas que haviam no braseiro eram uma delicada música de fundo para o momento, o qual de delicado pouco havia. Deliciosos instantes se passaram naquilo, até que fora deitada no chão que estranhamente era confortável, talvez pelos tapetes que haviam ali.

Rapidamente abri os olhos, me situando do que ocorrera, e pude deduzir que não era nada de mais, visto que o khal presumira que a poltrona não seria espaçosa o suficiente. Ri de forma delicada enquanto era despida, cada peça de roupa me trazia mais ainda a certeza do que ocorreria ali, não que discordasse, estava aguardando por aquele momento havia um tempo. Prontamente iniciei o processo de despi-lo, retirando igualmente suas vestes. No momento em que cheguei ao seu calção, pude sentir o volume que marcava e delineava o local. Mantive a mão promiscuamente ali durante alguns segundos, sentindo a consistência da “ferramenta” com uma das mãos, enquanto suspirava com a descoberta. Por fim retornei ao que fazia, mas ainda sim pensando nele.

Quando finalmente havia terminado a tarefa, voltei minha atenção a seu rosto. Aquela feição viril me enlouquecia a cada vez que a via, assim como o calor que emanava de seu corpo rente ao meu me fazia deseja-lo cada vez mais. Progressivamente ansiava por ele, por tê-lo em mim como na noite de nosso casamento. Nunca sequer imaginaria que um selvagem seria tão interessante. Por fim, o puxei assim como ele fizera anteriormente, colocando seu rosto próximo a meu pescoço, enquanto sussurrava-lhe mais uma vez. – Então? Está esperando o que? – Sorri de forma maliciosa, com um tom levemente debochado escapando de seus lábios enquanto terminava a frase.

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