[RP FECHADA] - Bless of the Seven

bless of the seven

RP fechada que começará com o post de Terry Ashford. Participa dela também Garad Ashford. Durante sua visita a Porto Real, o escudeiro recebe um corvo de Vaufreixo, nele é informado que seu primo solicita a sua presença. A RP passa no momento em que Terry chegou no seu destino, ainda é de manhã.

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Reward

O senhor de Vaufreixo aguardava com paciência a chegada de seu primo, Terry. Havia lhe enviado um corvo dias antes, tempo o bastante para que o pássaro chegasse a Porto Real e para que o jovem Ashford cruzasse todo o seu caminho até retornar para a Campina. Se nenhum contratempo houvesse atrapalhado ao jovem, aquele seria o dia de sua chegada até o castelo da família, e por isso o lorde já se preparava para recebê-lo. As cozinheiras da casa preparariam um pequeno banquete durante a noite, algum tempo depois de Garad dar início ao que havia planejado para o pequeno escudeiro.

Desde que Terry havia assassinado um dos homens que tentavam roubar os Ashford, o garoto não havia parado de crescer. Sua habilidade com espadas era afiadíssima para alguém de sua idade, e ele também possuía outras técnicas bastante úteis, de acordo com as informações que Garad recebia de seus homens em Porto Real, sempre de olho no primo. Seu avanço havia apenas continuado com o tempo, até que o garoto havia conseguido entregar a justiça para dois homens que se utilizavam da fé para cometer atrocidades. Um deles havia morrido no processo, e várias crianças haviam sido salvas, uma proeza digna da recompensa que ele receberia, aos olhos de Garad.

O homem conhecia o sonho de seu primo, tornar-se um cavaleiro. E, por mais que todos de sua casa e mesmo da própria Campina pudessem achar aquilo estranho, o lorde Ashford já havia decidido que Terry estava apto à tarefa. Tinha pouca idade, mas experiência o bastante para acabar com lutadores adultos, e tais habilidades provavelmente ficariam apenas mais e mais refinadas com o tempo. O senhor de Vaufreixo via no primo um reflexo dele mesmo, quando criança, com as mesmas aspirações e sonhos. Sabia que devia incentiva-lo e sabia como fazê-lo.

Estava sentado diante da grande mesa de reuniões da família, com duas espadas colocadas bem na sua frente. Ambas possuíam a mesma qualidade, eram forjadas em castelos e com o  mais fino aço que podia ser obtido, de modo que eram armas de extrema qualidade e letalidade, e por isso aquelas seriam as usadas naquele dia. As antigas espadas de Garad ainda o serviam muito bem.

— Meu senhor? — um homem apareceu na porta do salão, chamando o lorde com uma voz calma. O rapaz olhou para ele, esperando que dissesse o que queria. — Terry Ashford chegou, pediu que o senhor fosse avisado.

— Ah, sim... — Garad respondeu, com um pequeno sorriso em seus lábios. Não tivera contratempos, afinal. — Mande que meu primo venha aqui, eu quero falar com ele — disse, retirando a espada de sua bainha e a colocando, livre, sobre a mesa, aguardando então que o primo chegasse ao local, o que não demorou muito. — Bem vindo de volta, meu primo... Como foi sua viagem?

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Dagger

Após deixar o jovem Terry no local onde o lorde o aguardava, os guardas do castelo saíram, fechando a porta logo em seguida, deixando assim que os dois Ashford ficassem sozinhos no local, como havia sido ordenado. O lorde deixou que o escudeiro se acomodasse, descansando por alguns instantes de sua viagem antes de fazer sua proposta. Queria avaliar o avanço do garoto por si só, para saber se suas habilidades realmente estavam à altura do que se esperava de um cavaleiro. Garad acenou em negação com a cabeça quando o jovem questionou sobre o motivo de ter sido chamado.

— Ah, a nova rainha... — o rapaz começou a falar, em um tom que carregava certa melancolia. — Sua posse era algo que eu realmente não estava esperando, e provavelmente vai fazer com que meus planos se atrasem em alguns anos, mas não é a respeito disso que quero falar hoje — o lorde colocou-se de pé, segurando o punho da primeira espada e pronto para lançar o seu desafio quando Terry terminasse de falar, quando teve uma nova ideia. Por que não testá-lo com uma arma mais desafiadora, afinal? O Ashford riu com o comentário do jovem. — Cavalgar nunca esteve na lista de coisas em que sou bom, também.

O rapaz guardou a espada novamente em sua bainha, e caminhou para um canto do grande salão, enquanto o rapaz continuava falando sobre os seus planos de retornar à Porto Real. Garad não o impediria, se o primo achava que era bom o bastante para sobreviver àquela cidade, então teria o apoio do lorde. De qualquer forma, o mais velho retirou um grande livro de uma prateleira no canto, abrindo-o em seguida. Lá, em um espaço que servia perfeitamente para contê-la, havia uma adaga forjada em aço. A arma pertencera ao seu irmão, sempre ficando naquele local até então. O homem pegou o item antes de retornar ao primo.

— Pra que a pressa, meu primo? — o homem perguntou, com um leve sorriso. — O chamei aqui pois ouvi de suas proezas em Porto Real, e planejo te dar uma recompensa em consideração a isto, mas antes... Por que não treinamos um pouco? — O lorde revelou a adaga para o garoto, não tinha qualquer problema em usar uma lâmina de verdade, pois tinha controle o bastante para não ferir Terry sem querer. — Quero saber se realmente é tão bom quanto dizer... E por algum motivo preferi fazer isso com uma adaga. Tem uma, não é?

Obtendo a resposta do garoto, o lorde pediu que este o seguisse, e ambos rumaram para o lado de fora do local. Garad caminhou lentamente, até um local aberto próximo à muralha interna de Vaufreixo, onde haveria espaço o bastante para que eles pudessem lutar, e então colocou-se de frente para o Ashford, empunhando sua própria arma e fazendo um sinal para que ele começasse.

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Dagger

O lorde Ashford percebeu que a menção de uma recompensa animou o mais novo, da maneira que ele esperava que acontecesse. Ainda assim, duvidava muito que Terry sequer esperasse receber o que o homem pretendia dar a ele, pelo menos não tão cedo. O rapaz não conhecia muitas pessoas que possuíam aquele título já na idade do loiro, e sabia que seria uma tarefa dura para ele honrar a posição que era oferecida, mas não tinha dúvidas de que ele seria capaz. O sangue dos Ashford corria nas veias do pequeno assim como em suas próprias, e secretamente Garad via a si mesmo, no passado, quando olhava para o primo.

O mais novo pareceu brincar com sua adaga por uns instantes, provavelmente para avaliar as suas características antes de entrar em uma batalha com ela, e então atacou. Garad percebeu, pelo modo que o garoto segurava a arma e pela posição de seu próprio corpo, que Terry tinha mais experiência no manuseio daquela lâmina curta do que o próprio lorde, que não conhecia tanto a respeito de adagas. Ainda assim, ele confiava em seus outros atributos para conseguir manter a luta sem dificuldade. Sabia que era ágil o bastante para mover-se bem em um combate, ainda que fosse inábil com a arma.

O homem colocou-se em posição momentos antes do loiro se aproximar, deixando suas pernas levemente abertas e erguendo seus dois braços para frente. A mão direita segurava firme o cabo de sua própria arma, enquanto a esquerda se mantinha em uma posição defensora, esperando assim poder parar possíveis golpes dirigidos a ao lorde. O garoto moveu-se rapidamente contra seu primo, e sem hesitar nem por um instante tentou atacá-lo no momento em que este estava no alcance de sua arma. O golpe foi dirigido ao braço esquerdo de Garad, que se surpreendeu com a frieza do jovem. Não tinha medo de machucá-lo... Isso era bom.

O lorde moveu sua mão esquerda contra a adaga do jovem, segurando o seu pulso de modo a bloquear o seu ataque antes de um pequeno recuo. Terry parou, fazendo uma pergunta ao lorde, que não a respondeu de imediato, pois logo foi atacado mais uma vez, a lâmina do jovem indo de encontro ao seu peito em uma estocada rápida. O instinto do homem fez com que ele movesse a própria arma contra a lâmina agressora em uma espécie de ataque horizontal, feito com a ponta da adaga para baixo. Os metais se chocaram a centímetros de distância do homem, que percebeu como o movimento havia sido errado e perigoso, apesar de seu sucesso.

— Pra que a pressa, Terry? — disse, quando o garoto começou a se afastar, dando a Garad o tempo para respondê-lo. — Concentre-se aqui, logo saberá o que pretendo te dar — o lorde terminou, e segurou a própria adaga com mais firmeza, mantendo-a próxima ao seu próprio corpo antes de mover-se contra o escudeiro em uma investida tão rápida quanto a dele. A lâmina da arma era mantida para baixo, em uma espécie de base invertida, para permitir o ataque do homem.

No momento em que sentiu que havia entrado no alcance da adaga, o Ashford realizou um golpe diagonal, partindo de baixo para cima e da direita para a esquerda, e mirando o tronco do garoto. Logo em seguida, virou a arma em sua mão, voltando a segurá-la da maneira tradicional e golpeando o garoto uma vez mais, com um corte horizontal que mirava o seu braço esquerdo. Nenhum dos ataques havia sido feito com força ou habilidade o bastante para que a lâmina o cortasse profundamente, ainda que o atingisse. Não queria matar o escudeiro antes de ter a chance de promovê-lo.

Habilidade Treinada:

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Dagger

O lorde estava empolgado, como em toda luta que participava. Mesmo que o oponente fosse o seu primo, com doze anos de idade, sentir a adrenalina de um combate fazia com que Garad se sentisse mais vivo. Empunhar uma arma desconhecida para ele apenas fazia com que o sentimento aumentasse, visto que não conhecia bem o funcionamento de uma adaga e muito menos a maneira que deveria manuseá-la. O pouco que conhecia a respeito da arma havia sido aprendido em meio à viagem para Essos, mas ainda assim nunca havia empunhado uma lâmina tão pequena em combate, e levaria um tempo para que estivesse totalmente adaptado.

Uma prova disso havia sido a defesa realizada por Terry, que havia sido ágil o bastante para utilizar a própria arma para bloquear o golpe do lorde, provocando um barulho que o lembrava dos tempos que ele havia passado no campo dos Dothraki, quase sendo morto por homens com três vezes o tamanho do inimigo atual. Sentia saudade daquela época, porém, era um lorde e não mais podia sair em tais aventuras. Tinha de se manter ali a maior parte do tempo para assim poder ajudar ao povo de Vaufreixo, como era seu dever desde a morte de seu irmão.

Mais uma prova da inexperiência de Garad foi dada quando o rapaz viu seu segundo ataque atingindo o nada enquanto seu inimigo conseguia esquivar-se para trás, aproveitando o momento para um contra-ataque. A adaga de Terry foi na direção da mão principal do senhor de Vaufreixo, enquanto este ainda realizava o seu movimento, obrigando o homem a utilizar sua mão esquerda para defesa novamente. Para a sorte dele, tinha quase a mesma proficiência com ambos os punhos, conseguindo assim mover a canhota com velocidade, de modo a impedir o braço de Terry antes que o ataque o atingisse.

Como era esperando, o mais novo dos Ashford não parou sua investida nesse momento, girando o seu corpo e esticando o braço por completo, para tentar atingir o primo ao final do giro. O lorde sabia que aquilo daria mais potência para o ataque, de modo que não era muito bom para ele tentar bloquear o golpe. Por sorte, antes de todo o movimento ser completado, ele possuía tempo o bastante para realizar um salto para trás, fazendo com que a lâmina curta passasse pelo ar, da mesma maneira que a dele. Garad sorriu, vendo que o primo realmente não era ruim em lutas. Provavelmente seria mesmo merecedor do título.

Como maneira de contra-atacar o mais jovem, o Ashford afrouxou um pouco o aperto em sua lâmina, movendo-a novamente para cima e mantendo a ponta nesta direção enquanto realizava um corte diagonal, da direita para a esquerda, visando atingir o peito do menino mais uma vez. O movimento, como o anterior, não possuía técnica quase alguma, apenas carregada com a agilidade do lorde. Após realizar o movimento, o homem passou a adaga para a canhota com velocidade, movendo-a na direção do ombro de Terry em uma estocada que normalmente faria com que a adaga penetrasse em sua carne, caso o atingisse. O senhor de Vaufreixo, no entanto, havia controlado sua força para que isto não acontecesse.

Habilidade Treinada:

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Dagger

Garad continuava a empolgar-se com a luta a cada movimento. Cada defesa e contra-ataque de ambos apenas o deixavam com mais vontade de lutar a sério, e assim foi quando o primeiro golpe foi completamente bloqueado pela adaga de Terry uma vez mais. O rapaz conseguiu mover sua arma com velocidade o suficiente para barrar o ataque, mas o lorde já estava preparado para aquilo. Havia se conformado com o fato de o primo ser muito melhor que ele no manuseio daquelas lâminas, e por isso tinha de se concentrar no que ele mesmo era bom, no que talvez fosse capaz de superá-lo naquela luta.

O segundo movimento, a estocada, teve tanto sucesso quanto o primeiro. Garad percebeu o movimento de Terry mesmo antes de o jovem executá-lo, mas era tarde demais para mudar o curso do ataque. O lorde viu enquanto o rapaz fazia com que seu corpo ocupasse ainda menos espaço naquele combate, por meio de um movimento que o deixou de lado e fez com que a adaga perfurasse não mais que o ar. Garad sabia que nesse momento viria o contra-ataque do mais novo, e preparou-se mentalmente para qualquer movimento que Terry pudesse executar, pois tinha plenos conhecimentos de suas habilidades.

O ataque veio mais uma vez buscando um ponto fraco do senhor de Vaufreixo. A lâmina de Terry ia na direção do braço que havia acabado de realizar a estocada, de modo que não havia como recuá-lo com velocidade o bastante para impedir o golpe. De qualquer maneira, ele sofreria aquele ataque, então decidiu ao menos minimizar os danos ao máximo. Em um movimento simples e rápido, o homem empurrou o braço do garoto, redirecionando a sua arma para um ponto em seu próprio antebraço, e então sentindo a lâmina rasgar sua pele rapidamente. No momento seguinte, Garad recuou alguns passos, abrindo certa distância entre os dois.

Avaliou a ferida, primeiramente. Não havia sido profunda, mas ainda assim o sangue escorria pelo braço do rapaz, que abriu um sorriso satisfeito para o primo. Não esperava menos de alguém cujo sangue Ashford corresse nas veias. Sem tempo para tratar do machucado, afinal a empolgação com aquele combate apenas aumentava, o homem trocou a lâmina para a sua destra uma vez mais, e avançou contra o primo em passos ágeis e velozes, movendo a adaga apenas no último instante para que assim ficasse mais difícil para ele definir de onde viria o primeiro dos ataques do senhor de Vaufreixo.

A adaga moveu-se na direção da cabeça de Terry. Mas não a ponta, afinal Garad não pretendia matar o seu primo naquela ocasião. A parte da arma que se movia contra ele era o punho da adaga, de modo que se o acertasse poderia deixá-lo desnorteado e até feri-lo, mas de maneira alguma seria forte o bastante para deixar alguma sequela permanente. O garoto já tinha muitas, afinal. No momento em que o golpe fosse finalizado, ele já passaria ao próximo ataque, onde simularia um soco no rosto do primo. O movimento provavelmente atrairia o olhar e a atenção dele, mas o Ashford pararia o ataque antes de acertá-lo, ao mesmo tempo em que moveria a lâmina da adaga para um corte horizontal em seu braço.

Habilidade Treinada:

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Dagger

Como o senhor de Vaufreixo já esperava, o seu primeiro ataque resultou em uma completa falha quando o jovem recuou para trás, movendo a adaga para fora do alcance de sua cabeça. A cada momento que passava, o lorde tinha mais certeza da aptidão do primo para assumir o posto. Conhecia a sua índole e também os seus feitos, de modo que tudo o que precisava provar eram as suas habilidades. E se o garoto aguentava uma batalha contra ele, com certeza era eficiente e habilidoso em um combate, muito melhor que muitos adultos jamais seriam. De certa forma, isso trazia orgulho ao guerreiro mais velho, sabendo que o nome de sua família estaria em boas mãos caso fosse morto.

Ainda assim, o segundo ataque finalmente atingiu ao garoto que, enganado pelo soco falso, teve o braço atingido pela lâmina da adaga. O corte não possuía profundidade, o próprio lorde havia se controlado para não causar ferimentos sérios em seu primo, mas ainda assim certa quantidade de sangue manchava suas roupas. Pensou em parar o combate para que ele pudesse fazer um curativo, porém o futuro cavaleiro parecia não estar com nem um pouco de vontade de parar, pois pareceu nem mesmo ligar para a ferida que havia acabado de receber, assim como o próprio lorde Ashford alguns momentos antes.

E então veio o primeiro dos ataques do mais novo, que segurou a adaga com maior firmeza antes de erguer a mão e logo em seguida baixá-la em um ataque vertical, que teria atingido o ombro de Garad caso o homem não possuísse agilidade o bastante para mover-se alguns centímetros para trás sem qualquer dificuldade. Não era uma distância muito grande, porém era o bastante para fazer com que a lâmina mal encostasse no tecido de sua roupa, sem, portanto, causar nenhuma ferida no senhor de Vaufreixo, que sorriu ao ver mais uma vez a demonstração de habilidade do jovem.

No ataque seguinte, o primo do lorde havia decidido usar a sua altura como uma vantagem – ao contrário do que havia feito no movimento anterior, quando seu braço precisou esticar-se bastante para o ataque. A lâmina foi movida para baixo, em um ataque horizontal que mirava as pernas do senhor de Vaufreixo, que mais uma vez foi salvo unicamente graças à sua agilidade superior em relação ao jovem. Jogando-se para trás em um salto não muito longo, para que não ficasse distante de seu oponente, Garad conseguiu esquivar-se do golpe, e logo em seguida pôs-se novamente em posição para que então pudesse revidar os ataques sofridos.

O homem moveu-se agilmente na direção de Terry, mantendo a adaga pressionada com firmeza pelos seus dedos, pronto para o ataque, que veio no momento em que sentiu que sua lâmina poderia alcançar o primo, pois assim ele ainda era capaz de se manter a uma distância segura para o recuo. O braço direito do senhor de Vaufreixo foi esticado ao máximo, em um corte horizontal que partia da esquerda para a direita, visando atingir a barriga do jovem garoto. Não era um ataque difícil de ser bloqueado ou impedido, tampouco forte o bastante para causar danos sérios ou definitivos. O Ashford apenas queria saber até onde iam as capacidades do mais novo.

O segundo movimento foi um pouco mais forte, mas ainda não o suficiente para causar danos graves caso obtivesse êxito. A adaga foi imediatamente movida do ponto que estava, o flanco direito de Terry, até o ombro do jovem, em um golpe diagonal que fez com que o lorde desse mais um passo para frente, para assim conseguir utilizar todo o potencial da arma em seu ataque. Aquela luta não estava muito longe de acabar, e fosse qual fosse o resultado, Garad já tinha certeza das capacidades do primo.

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From Squire...

Garad se surpreendia mais a cada golpe que bloqueava ou se esquivava. As habilidades de Terry superavam até mesmo as expectativas do senhor de Vaufreixo, visto que o jovem lutava com muito mais técnica que alguns de seus próprios homens. Tinha certeza de que se o rapaz continuasse a treinar suas técnicas, não haveria guerreiro em Westeros capaz de superá-lo quando atingisse seu auge. E o Ashford mais velho sabia exatamente do lugar perfeito para que ele treinasse e obtivesse tamanhas habilidades, afinal o próprio lorde havia adquirido a maioria de suas próprias técnicas lá: Essos, o continente em que havia conhecido a princesa Visenya Blackfyre.

O primeiro dos ataques de Garad foi parado pela própria arma de Terry. O braço do mais jovem moveu-se de modo defensor, deixando sua arma entre a do lorde e o seu alvo, o que fez com que a lâmina de ambas se chocasse em um som metálico que preenchia a alma do senhor de Vaufreixo com paz. O campo de batalha sempre havia sido o local em que ele encontrava seus maiores momentos de calmaria, por mais estranho que isso pudesse parecer. De qualquer maneira, vendo seu ataque sendo parado sem muitos problemas e com a lâmina travada na do primo, Garad precisou atacar novamente, apenas para mais uma vez falhar.

Apesar de sua investida contra o mais novo, Terry era esperto e correspondia a movimentação com passos para trás, mantendo assim a mesma distância e não entrando em desvantagem. Garad se orgulhava mais a cada momento, ainda que não fosse o pai do jovem Ashford. A técnica dele era excelente, o garoto possuía conhecimento a respeito de que movimentos realizar, e quando eles deveriam ser executados, e por isso conseguiu desviar por pouco da lâmina que foi movida em sua direção. Ainda assim, o golpe havia passado perigosamente perto do ombro do rapaz, que por isso decidiu tomar a ofensiva novamente.

O mais novo lançou uma investida contra o mais velho, aproximando-se o máximo possível dele antes de iniciar uma estocada na direção da cintura do homem. A lâmina se movia com velocidade e técnica, de modo que Garad foi obrigado a fazer o mesmo que Terry havia feito antes: posicionar a adaga de ponta para baixo, entre seu corpo e o ataque inimigo, parra assim impedir que o golpe o atingisse. Felizmente, o senhor de Vaufreixo era bem rápido para aprender, e por isso já possuía perícia o suficiente com sua própria adaga para realizar movimentos como aquele.

O segundo ataque do garoto foi direcionada ao mesmo ponto de antes: a cintura do lorde. Ainda assim, o movimento era diferente. No lugar de uma estocada, Terry tentou perfurar seu alvo na horizontal, partindo da direita para a esquerda, de modo que não havia muitas chances para Garad de impedir o ataque, e por isso ele simplesmente tornou a saltar para trás, em um movimento que cobriu mais do campo de batalha, em relação ao último salto. Isso porque, imediatamente depois disso, o Ashford sacou sua espada da bainha, soltando a adaga no chão sem se preocupar com ela. A lâmina foi apontada perigosamente para o primo, quase como se fosse ser usada para atacá-lo, mas o senhor de Vaufreixo logo sorriu para ele.

— Você passou, Terry — disse, enquanto recuava a espada, segurando-a apontada para baixo e perto de seu corpo. — Agora ajoelhe-se.

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