[RP Fechada] Deadly Daggers' Dance

Meu passado não existia mais. Ninguém mais saberia sobre ele, com o tempo até mesmo eu o esqueceria. Minha fuga havia sido um completo sucesso, embora eu tenha sentido mais medo do que em qualquer outro momento da minha vida. Fora perigoso ao extremo, entretanto valia muito a pena. Agora eu não mantinha mais meu nome original, nunca mais o falaria. Escolhi um novo nome para mim a partir de agora, em Qarth. Dennis Braund. Sem sobrenomes de Westeros, afinal era um cidadão de Essos. Entretanto não um nome de Qarth, afinal não queria me passar por um deles sem ter sua cultura. Os dezesseis dias do meu nome anteriores não teriam nenhum rastro. Os próximos eram completamente incertos.

Há alguns dias havia finalmente encontrado onde ficavam os Homens Pesarosos. Era meu objetivo maior. Logo fui recebido. Em nenhum momento disse meu nome real. Quando foi perguntado, disse meu novo nome. Disseram-me que logo teria meu primeiro treino para começar a trilhar meu caminho para me tornar um assassino conforme eu queria, mas que primeiro precisaria me recuperar da viagem. Não tinha condições de treinar como estava. Por alguns dias fiquei me recuperando, até que finalmente estava pronto para começar.

Era uma noite chuvosa e silenciosa, ainda que houvessem alguns homens da guilda reunidos ali. Ouvi algum dos mais antigos me chamar. Sabia que era para treinar, mas não sabia o quê, entretanto ainda assim caminhei até a sala, encontrando-o na minha frente. Estava enxarcado, mas ainda assim não tremia. Não daria a eles o luxo de me verem com frio por uma simples chuva. Logo após, chamou outro nome. Parecia mais um apelido, mas já tinha percebido que nomes reais não existiam ali. Olhei para a porta, vendo entrar uma menina pelo menos quatro primaveras mais nova do que eu. Menor, de cabelos negros curtos e olhos absolutamente azuis. Também estava um pouco molhada pela chuva, mas não externava se preocupar com isso. Ouvi o mais velho falar:

- Este é um novo recruta. Testa as habilidades dele em combate. - Vi-a baixar a cabeça e me olhar sob o ombro. Não esbocei reação, olhando para o homem: - Ela é apenas uma criança. Não deve ser difícil provares o teu talento.

Assenti com o que ele disse para mim. Ela não podia ter tanto a oferecer assim. Tinha um pouco mais tempo do que eu, mas tinha uma desvantagem física. Vi a menina olhar em frente e murmurar:

- Segue-me, recruta.

Assenti, seguindo atrás dela, atravessando o salão e entrando pela porta que ela abriu, fechando-a. Percebi que era uma sala um pouco espaçosa, ainda assim com poucos móveis. Era um local perfeito para um treinamento, de fato. A iluminação era feita apenas por uma tocha, as sombras tremulavam no ambiente.

- Muito bem, mostra-me o que vales.

Observei-a andar até uma estante e retirar de lá duas adagas, lançando-me uma. Peguei-a, sentindo seu peso leve. Estava acostumado a treinar com espadas em minha vida antiga. O estilo de luta não deveria ser muito diferente, provavelmente apenas deveria tomar cuidado por ser uma lâmina menor. Que nem lâmina era, afinal era de madeira. Nenhum perigo, além de possíveis hematomas. Era isso o que pensava. Vi-a se posicionar e falei, sincero:

- Você é apenas uma garota. Estou acostumado a treinar com adultos maiores do que eu. - Sorri, exalando arrogância. Demoraria para abandonar esse meu traço de personalidade negativo. - Mas não vou pegar leve, não se preocupe.

Fechei o sorriso e avancei em sua direção, segurando a adaga exatamente como se fosse uma espada, tentando aplicar um golpe em seu lado direito, visando atingir a mão da sua adaga. Um golpe muito, muito ruim. Não era ágil, não me movimentava conforme uma adaga requeria. Sequer segurava a arma adequadamente. Mas não sabia disso ainda, a arrogância me cegava da idiotice que estava fazendo. A primeira lição havia começado, e seria Ayisha a minha primeira dolorida professora. A dança estava prestes a começar.

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Eu não fazia ideia do nível de treinamento que a menina a minha frente tinha. Com a fala do mestre, tinha imagino inclusive que tinha pouco tempo na organização e que ainda era bastante iniciante. Enquanto avançava, percebi a forma diferente dela segurar sua arma. Semelhante a minha, entretanto o braço da arma estava flexionado e o outro estava erguido, provavelmente para defender-se. Sua expressão era de confiança, ao invés de se sentir acuada com o que eu havia falado. Talvez ela não fosse tão novata assim. Ainda assim continuei o movimento que já estava fazendo, visando acertá-la.

O contra-golpe aconteceu com uma velocidade impressionante. Era mais baixa que eu, entretanto ela soubera se posicionar de forma que sua defesa poderia ser executada. Sua agilidade me surpreendeu, sua mão esquerda que instantes antes estava parada empurrava-me para um dos lados. Sem força muita força mas com rapidez, sendo o suficiente para me fazer rodar um pouco ao redor do meu eixo.

Fiquei sem reação momentânea, sentindo-me girar e abrir a guarda, até que senti a ponta de sua adaga de madeira estocando-me nas costas. Senti a dor espalhar-se momentaneamente por minhas costas, ainda assim sumindo logo após. Talvez um hematoma ficasse, assim como acontecia nos treinos que fazia antes de vir a Essos, mas o pior era o dano a minha honra. Havia acabado de ter sido superado por uma menina no mínimo quatro anos a menos que eu. Que mal tinha aparência de uma assassina, com exceção da expressão concentrada e da habilidade com a qual estocara minhas costas. Se fosse uma lâmina real, estaria no chão agora, sangrando. Talvez tivesse perfurado algum órgão vital.

Me afastei dela, levando a mão esquerda aonde havia sido atingido, olhando sem esconder a surpresa em minha expressão. Um início de sorriso brincava nos lábios dela, enquanto falava:

- Também não pegarei leve, recruta.

Teria que me concentrar se quisesse ter alguma chance naquele treino. Respondi-lhe, fechando a expressão com um pouco de raiva por ter sido superado:

- Estou apenas começando. Chamo-me Dennis Braund. - Anunciei o nome que escolhera para viver a partir de agora. Se fosse me falar algo, que usasse esse nome para isso.

Minha arrogância ainda não havia diminuído. De fato pensava que aquele deslize fora apenas momentâneo. Concentrei-me mais dessa vez, observando como se movimentava enquanto vinha em minha direção. A adaga segurada de forma diferente da minha. Resolvi testar, corrigindo a forma como empunhava a arma. Nunca havia empunhado uma espada assim, teria que aprender. Avaliando também como se defendera, percebi que o posicionamento das pernas, embora importante, podia ser superado se houvesse agilidade suficiente. O que era algo que eu não tinha e teria que desenvolver.

Vi a estocada direcionar-se ao meu ombro ao mesmo tempo que vinha com a mão esquerda em minha direção também. Não soube identificar se era de forma defensiva ou para me atacar também. Me irritava cada vez mais a agilidade absurda daquela menina, que me confundia com seus movimentos. Levantei minha mão direta para desviar a mão esquerda usando a adaga na direção de seu braço, ao mesmo tempo que tentei desviar o curso de sua adaga com o braço. O movimento combinado, como não estava acostumado a lutar com o braço esquerdo, deu errado. Minha adaga errou seu braço ao mesmo tempo que a dela acertou meu ombro, causando mais um choque de dor e decepção.

Não era possível que eu não conseguia vencer de forma alguma ela, em nenhum de seus movimentos. Grunhi de raiva e tentei chutá-la na perna para afastá-la de mim além de fazer isso para tentar prejudicar seus movimentos posteriores. Era um golpe baixo, mas estava em uma guilda de assassinos, não de cavaleiros honrados. Logo após tentar afastá-la, resolvi arriscar, saltando em sua direção e avançando minha adaga com força na direção de sua barriga, tentando estocá-la após tentar surpreendê-la com o movimento surpresa. O sorriso que aparecera no rosto dela quando acertara o primeiro golpe indicava que também estava deixando um pouco de arrogância surgir, teria que usar isso contra ela também, movimentando-se como se não tivesse perdido duas vezes seguidas. Eu venceria essa criança desgraçada.

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- Não revelamos os nossos nomes. Usamos apenas alcunhas aqui. Lá fora, assumimos mil e um nomes. Nomes têm poder... Mas podes me chamar Wolf.

Ela achava que Dennis era meu nome verdadeiro, o que era excelente. O que ela falou já fora uma conclusão que eu tinha chegado por outros meios. Não podia falar meu nome real em nenhum, ou acabaria sendo imediatamente enviado de volta a Westeros ou morto. Mas não lhe disse isso. Que continuasse achando que eu era mais ingênuo do que de fato eu era entre os Homens Pesarosos, apenas assenti ao que disse. Percebi que o apelido que ela escolheu tinha alguma ligação com algo que havia feito. Tinha que lembrar-se dele para chamá-la assim quando necessário, nem que fosse para xingar após ser acertado mais uma vez.

O meu chute teve um sucesso que não imaginava que teria. Embora tivesse tentado saltar para trás, meu pé ainda assim atingiu sua perna, fazendo-a quase perder o equilíbrio. Deixei um sorriso aparecer no meu rosto durante a tentativa seguinte de ataque, entretanto ela não se deixara surpreender e defendera com o braço, me impedindo de atingí-la. Meu coração batia cada vez mais forte, por causa da adrenalina que estava em meu sangue por causa do embate e da raiva crescente por estar sendo vencido aos poucos.

Olhei para ela, vendo-a suspirar e jogar uma mecha de cabelo para trás. Não a ataquei nesse momento pois sabia que não valeria a pena. Apenas esperei que ela fizesse seu movimento para continuar a dança. Quando expirou o ar profundamente, entendi que atacaria e posicionei-me defensivamente, imitando a posição que ela utilizara na primeira vez para se defender de mim, o melhor que pude. Precisava lutar assim para começar a internalizar as posições de combate com adaga.

O braço esquerdo dela veio em minha direção. Concentrei-me em me proteger dele, caindo na sua finta novamente. Para defender-me do seu ataque, levantei a adaga de forma que, se a trajetória continuasse, acabaria por socar a minha adaga. Essa tentativa de defesa, entretanto, apenas abriu meu peito para que Wolf realizasse o golpe real, acertando-me com a ponta da adaga em meu peito. Soltei um gemido baixo de dor, havia sido um golpe forte, com certeza seria mais um hematoma para a coleção. Xinguei-a enquanto ela voltava a se afastar de mim:

- Fintando, é? Lute de verdade, Wolf! - A raiva com a qual pronunciei tais palavras era clara. Ignorava, entretanto, que instantes antes eu mesmo havia feito um golpe baixo ao lhe chutar.

A arrogância diminuía a cada golpe recebido, dessa vez a chamara normalmente ao invés de diminuí-la dizendo "criança", "menor" ou algo do tipo.  Começava a respeitar aos poucos minha adversária, perceber que tinha muito a aprender com ela. O que me irritava ainda mais, pois quem deveria estar aprendendo era ela, afinal eu era o mais velho.

Decidi que em meu próximo movimento tentaria utilizar algum tipo de finta. Avancei em sua direção, dessa vez empunhando a adaga um pouco mais adequadamente. Então pensei que talvez a assassina esperasse que eu fintasse. Utilizando psicologia reversa e um pouco de malícia, movimentei enquanto me aproximava minha mão esquerda como se fosse fintar de forma parecida com o que ela tinha feito. Impulsionei-me para a frente e, ao invés de utilizar a adaga, utilizei a própria mão esquerda, tentando lhe acertar um soco no peito. Tentaria defender algum golpe lateral com a arma, entretanto ainda não era bom nisso e provavelmente me acertaria caso tentasse, pois minha guarda estava um pouco aberta por eu fintar a finta. Ainda assim esperava acertar o soco, ainda que me acertasse de volta.

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O sorriso sem alegria de Wolf quando parou de lutar mostrou o quanto o que falei havia atingido-a. Minhas palavras a atingiam com facilidade, conseguia manipular seu estado mental para deixá-la com cada vez mais raiva com poucas palavras provocantes.

- De verdade? Tens medo de manchar a sua honra, Dennis? Achas que os outros vão se importar com honra quando a tua intenção é cortar a garganta deles? Achas que há valor na tua honra quando o fizeres? - Ouvi-a rir como se tivesse acabado de contar uma piada, cuspindo as palavras logo após: - Vais ser um assassino. Luta como um. E foi quando fintaste que conseguiste finalmente me atingir.

Concordava, não havia honra em um assassino. Em Westeros nos consideravam covardes inclusive. Não pensava assim, não éramos covardes. Pelo menos não os Homens Pesarosos, que tomavam o cuidado de não deixar rastros e faziam de uma forma perfeita, ainda que sempre houvesse risco.

Assim que percebi que tinha terminado de falar, fui atacá-la. O que tinha falado contribuíra para que achasse que eu fosse fintar. Entretanto havia subestimado novamente a agilidade da mais nova. Surpreendendo-me novamente, bloqueou meu braço ao mesmo tempo que acertou-me na barriga, deixando-me sem ar. Pelo menos meu soco havia acertado seu ombro.

Começando a recuar, com um xingamento já despontando em minha língua, novamente a menina me superou. Sem me dar descanso, vindo em minha direção com a adaga e com o soco. Tentei levantar o braço esquerdo para conter o seu ataque com a mão, ao mesmo que fiz um movimento com minha arma para tentar repelir a dela. Consegui desviar o curso da madeira, mas seu punho me acertou em cheio, tirando meu ar novamente.

Sem condições de reagir, por estar ainda inspirando para me recuperar. Soltei um gemido de dor ao sentir o chute em minha barriga, tirando o pouco de fôlego que havia conseguido. As mãos dela vindo de encontro a mim, com muita velocidade, me fizeram perder o equilíbrio e cair o chão em um baque seco, a minha adaga de madeira saindo da minha mão e caindo a uns dois metros de mim.

A dor estava começando a dominar meu corpo, me fazendo explodir de raiva e gritar:

- Vadia filha de uma puta!

Levantei-me do chão em um salto, partindo para dar-lhe um soco no rosto. Um ataque completamente desleal, mas também sem nenhum equilíbrio. A ira que sentia me cegava, provocando esse meu ataque de fúria. Se de fato o meu punho acertasse seu rosto, faria algum estrago, porém Wolf era ágil e não deixaria que eu fizesse isso. Aquela luta estava prestes a acabar pior do que eu poderia imaginar.

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Era o fim. Não queria admitir isso, mas aquela luta já estava acabada desde o momento que o mestre havia escolhido que Ayisha que me treinasse. Sua agilidade era muito superior a minha, além de já ter treinado consideravelmente mais do que eu com as adagas. Eu ainda era jovem, entretanto. A soberba herdada de minha família me cegara, me fizera achar que poderia derrotá-la tão facilmente quanto meus treinadores de espada me derrotavam por causa da diferença de idade.

Não estar vencendo fazia a raiva subir em mim, tomar ações irracionais, quando devia aceitar minha derrota. Meu punho foi facilmente desviado por um movimento ágil em meu braço com a mão esquerda dela, a mão direita dela prontamente acertando um soco, fazendo-me cair no chão, desnorteado novamente. Antes que pudesse recobrar completamente minha consciência, a menina estava em cima de mim. A mão acertou meu rosto sem perdão, me fazendo soltar um gemido de dor.

Ainda assim voltei a direcionar o olhar para ela, sentindo novamente me acertar, arrancando outro murmúrio enraivecido. Mais um soco. E outro. Mais um. Um deles fez com que meu nariz soltasse sangue, mas ainda assim ela não parava. Não eram os golpes mais fortes que eu já havia recebido, entretanto doía-me no ego. Resistiria fisicamente a muitos mais antes de desmaiar, mas vi-a levantar-se enquanto falava:

- Desiste?

O que disse provocou-me raiva novamente, o que me fez começar murmurar de volta, baixo:

- Jamais...

Entretanto fui interrompido pelo seu pé em meu pescoço, me deixando sem ar. Olhei para o rosto dela, percebendo sua expressão impassível enquanto falava e apertava mais:

- Perdeste. E apenas lutaste contra uma garota de doze anos. O mestre disse que não ias ter dificuldade, não disse?

Havia na fala dela um pouco de ressentimento com o mestre, conforme esperado. Mas não era nisso que pensava no momento. A fervura de raiva do meu corpo começava a amainar, dando lugar a uma emoção que ainda não havia sentido.

Humilhação. Senti-a apertar ainda mais um pouco e gemi, sentindo dor na garganta. Mais um pouco e perfuraria minha traqueia. Minha vida estava na mão dela, Wolf fazia questão de me fazer perceber isso. De reduzir meu orgulho e meu ego as cinzas. Estava ali, sem chance de reação. Respirei profundamente ao sentir ela tirando o pé em meio a um suspiro, levando minhas mãos ao meu pescoço, ofegante, enquanto ouvia-a recolher as adagas e falar:

- Queres mesmo ser um assassino na guilda? É bom que te esforces por isso. - Meu olhar estava novamente nela. Podia perceber o brilho em seu olhar enquanto passava os dedos pelas armas e falava com o tom frio. Um brilho assassino. Ela não teria hesitado em me matar se fosse um inimigo real, ainda que também estivesse longe do fim de seu treinamento. Levantei-me quando ordenado, me apoiando em uma mesa, sentindo minha cabeça girar e doer. - Direi ao mestre que perdeste. Se estás aqui, ele deve achar que tens algum talento, então sugiro que o mostres em breve.

Com certeza ela me subestimava. Achava que eu não teria futuro ali. Entretanto não responderia. Estava humilhado demais para isso. Apenas abaixei a cabeça enquanto Ayisha passava por mim e saía do cômodo. Apenas após parar de ouvir seus passos através da porta fechada que voltei a me mexer. Olhei para as adagas, pensando no futuro que havia escolhido. Estava certo dele, não voltaria atrás, não importava quão árduo o caminho fosse. Faria questão de treinar com ela novamente assim que pudesse. Provavelmente apanharia novamente, mas aos poucos aprenderia seus movimentos e forçaria-a a se esforçar mais para que me derrotasse. Assim eu cresceria entre os Homens Pesarosos e me tornaria um deles. Com muito treino, esquecendo o meu passado e superando meu orgulho. Sai do ambiente, direcionando-me ao meu quarto.

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