[RP Fechada] Little Talks

little talks

RP fechada, da qual participará Elyria Mormont e Colin Arryn. Ocorre um dia após a festa oferecida pelos Mormont, pela manhã. É um dia claro, embora as nuvens turvem o céu e permitam um aspecto cinzento. A Jovem Ursa encontra-se com disposição para uma caminhada matinal, não sabendo que seria surpreendida pelo cavaleiro em seu caminho. Iniciará com o post de Elyria.

It's me Again

Um dia frio nasce, ótimo para uma leitura, ótimo para se conversar

Festas definitivamente cansavam as pessoas. Ainda mais uma como a que os Mormont proporcionaram, Colin havia comido e bebido bastante, como todos os convidados, e se retirou para seus aposentos assim que o vinho começou a fazer efeito. Acordou na manhã seguinte com um pouco de dor de cabeça. Não tinha se dado nem o trabalho de tirar as botas. Simplesmente tirou o gibão e se largou na cama, adormecendo quase que instantaneamente. Acordou na manhã seguinte com uma fria brisa alisando suas costas. Levantou-se rápido demais e teve que se apoiar em um móvel mais próximo para não cair. Uma grande banheira já estava preparada com uma água morna. Um vapor convidativo subia dali.
 
Isso o fez se perguntar quando entraram no aposento e prepararam aquilo. Bom, é melhor não obter resposta para certas coisas. Minutos depois já estava imerso em seu banho quente. Não tardou a sair. A dor de cabeça tinha passado e resolveu ir treinar um pouco. No Ninho ou na Ilha dos Ursos, não importava. Era um cavaleiro e era isso que fazia. Além disso, o clima estava fresco e o céu um pouco nublado, então seria um bom treino.
 
Não demorou até achar o local para treinos, era um espaço grande que proporcionava grande movimentação para um duelo. Seu adversário era outro cavaleiro que teve a mesma ideia que Colin, trocaram poucas palavras e já estavam rindo e compartilhando experiências. Em pouco tempo de conversa já estavam se considerando amigos, por causa das semelhanças compartilhadas. Mas quando Colin brincou com o homem perguntando quem ganharia um duelo, ele logo aceitou o desafio.
 
O cavaleiro, chamado Peter, tinha a constituição bastante parecida com a de Colin, portanto seria uma luta equilibrada, concluiu. Quem começou o ataque foi Peter, avançava furiosamente contra Colin, que se defendia da maneira que podia. Colin resolveu deixar o amigo crer que estivesse com a vantagem, porém, quando sentiu que o adversário diminuiu o ritmo dos ataques ele tomou a iniciativa. Colin lançava golpes ora pela esquerda, ora pela direita. Por cima, por baixo e por cima de novo. Pressionou Peter fazendo o recuar, Ele dança no meu ritmo. Colin se preparou para dar o ‘golpe final’ quando Peter perdeu a passada, ao tropeçar em uma pedra em seu caminho. Levou a espada de madeira acima da cabeça com as duas mãos e desceu em direção ao adversário. O golpe nunca chegou, Peter recobrou o equilíbrio, mas era tarde para se defender com a espada. Então agiu por instinto e deu um soco no nariz de Colin.
 
- Nossa – largou a espada de madeira – essa doeu.
 
- Desculpa amigo – o cavaleiro estava sendo sincero – foi por reflexo. - Peter estendeu a mão para apertar a mão de Colin como um pedido de desculpas.
 
- Tudo bem - apertou a mão do ovo amigo de volta, podia sentir um hematoma crescendo em sua face – Vou dar uma volta. Conhecer um pouco a ilha. - Na verdade queria mesmo era sair daquele local.
 
 
Acontece, pensou. Não era a primeira vez que se machucava treinando. Colin vagava pelos arredores do castelo. Admirando as belezas da natureza nortenha. Andava casualmente, sem nenhuma direção específica em mente. Avistou mais a frente os estábulos então decidiu ir até lá ver os cavalos que os nortenhos mantinham sob sua posse. Uma vez no local percebeu que o local estava deserto. Bom, todos se divertiram na festa de ontem, ainda devem estar descansando. Até os cavalos pareciam dormir. Em meio ao silêncio ouviu o som tênue de páginas sendo folheadas. O cavaleiro era assumidamente curioso, então se deslocou em direção ao som para ver do que se tratava. Para sua surpresa, sentada no feno estava a bela moça que conheceu na noite anterior, encarando o horizonte. Aquela que tinha o provocado chamando de passarinho. Permitiu-se rir com a lembrança. Tinha gostado do estado de espírito e do jeito carismático de Elyria. Assim como sua audácia. Mesmo àquela distância podia sentir seu perfume. Aproximou-se da menina que agora o olhava. Os cabelos soltos como na noite anterior. Mesmo sentada no chão do estábulo possuía uma elegância régia.
 
Colin fez menção a se sentar ao seu lado, mas antes disse – Será que a companhia de um passarinho iria atrapalhar a leitura de uma jovem ursa?

Habilidade Treinada:

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Love the Sea

Never give up!

Elyria se moveu para o lado dando espaço para o cavaleiro se sentar. Colin se ajeitou da maneira mais confortável que pôde. Apesar de o feno proporcionar pouca comodidade não era algo que o incomodasse. Afinal, estava em boa companhia e era isso que importava. Enquanto a donzela falava o vento brincava com seus cabelos. O cavaleiro percebeu que gostava quando ela corava. Porém quando Elyria disse que pensou ter que chamar sua segurança pessoal para cuidar dos modos do rapaz sua única reação foi erguer as sobrancelhas com surpresa. Quando seu olhar implacável se transformou em um lindo sorriso Colin se permitiu sorrir também.
 
- Bem, o passarinho em questão promete conter o seu cantarolar, por hora. – Colin juntou a palma das mãos – Juro que não vou atrapalhá-la. É tão fascinante, nunca vi uma ursa lendo. – O cavaleiro riu, mas seu olhar era zombeteiro.

A bela ursa perguntou ao cavaleiro se ele tinha gostado das comemorações da noite anterior.
 
- Certamente. Comida, música e lindas donzelas – O cavaleiro olhou demoradamente para a ursa esperando que corasse e pelo pouco que a conhecia que o alfinetasse também – O que mais iria pedir? – Completou Colin em tom alegre.
 
- Mas devo admitir que foi uma viagem extenuante. A única opção foi vir até certo ponto a cavalo. Passamos de Winterfell e somente depois pegamos dromores para chegar até aqui. Por mim navegaríamos até a Árvore e subiríamos toda a costa oeste de Westeros pelo mar.
 
Colin sabia da vantagem estratégica que a Ilha dispunha. Mas também reconhecia suas desvantagens. Uma das vantagens era que qualquer Lorde que não possuísse uma frota não poderia nem chegar perto da ilha. Diminuindo a quantidade de possíveis atacantes. As invasões poderiam ser repelidas mais facilmente se os vigias permanecessem atentos, fazendo da Ilha uma grande fortaleza. No entanto, seu grande trunfo também poderia se revelar um grande obstáculo. Uma vez que um inimigo preparado decidisse atacar com quantidade de homens e navios suficientes, toda a população e guarnição da Ilha estariam em grandes apuros. Tanto por falta de local para fugir, tanto pela dificuldade na chegada dos aliados.
 
O cavaleiro não pôde deixar de comparar as defesas naturais que a Ilha dos Ursos proporcionava com as do Ninho da Águia. O portão sangrento era uma defesa formidável. Um caminho mortal para qualquer um que tentasse macular o lar do falcão. Trata-se de um caminho estreito com elevações naturais de ambos os lados, restringindo a movimentação de uma tropa. Uma vez que a guarnição inimiga chegasse a certo ponto não havia mais volta. O caminho não permitia uma reação eficaz do inimigo. Uma tropa Arryn poderia derrotar qualquer tropa inimiga dez vezes maior com essa vantagem.
 
- Sabe, uma vez que se apaixona pelo mar é difícil abandoná-lo – Colin olhou para o horizonte sonhador – Na minha vida diversas vezes visitei Bravos com a desculpa de representar os negócios da família, mas no meu interior desfrutava de cada momento como se fosse um jovem escudeiro em sua primeira aventura – O cavaleiro olhou novamente para Elyria, saindo de seu devaneio – Gostaria que você conhecesse o Ninho da Águia um dia.

Habilidade Treinada:

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Let's Stay Together

B & B

O efeito que Elyria causava em Colin era incrível. Nunca na vida encontrou alguém com que pudesse falar tão abertamente e, no entanto só a conhecia há um dia. O modo como ela ficava em silêncio enquanto ele contava seus pensamentos e seu passado o incentivava a falar mais abertamente sem perceber. Por vezes enquanto falava a jovem adotava uma expressão mais concentrada, quase como se estivesse em dúvida. Colin se perguntava se estaria incomodando a jovem ursa, tendo em vista que o fizera prometer não atrapalhar sua leitura. Entretanto em certo momento quando Colin parou de olhar o horizonte e se voltou para Elyria, ela desviou o olhar com uma mistura de divertimento e, talvez, vergonha. Um largo sorriso floresceu no rosto do cavaleiro e ele entendeu naquele momento que ela aprovava sua presença. Colin percebeu que o sorriso da moça o contagiava, e fazia com que desejasse mais ainda sua companhia. De fato não tinha parado de pensar nela desde a noite anterior, o convite que fez à Mormont foi pelo fato de não querer se afastar dela. Uma vez que fosse embora talvez nunca voltasse a vê-la novamente. Enfim, o convite para ir ao Ninho tinha sido feito, mas obviamente fora recusado. Conheceu Elyria em um dia e no outro estava convidando para seguir viagem consigo. Onde estava com a cabeça?
 
Enquanto Elyria falava das dificuldades de seguir viagem com Colin, o cavaleiro não parava de pensar em como tinha sido pueril ao fazer a proposta. A moça tinha um nome a zelar, era uma Mormont. O que falariam se seguisse junto dele. Só o pensamento de causar qualquer tipo de mal a jovem o fazia se sentir péssimo. Alguma coisa na personalidade da donzela incitava um senso de proteção muito intenso no Arryn. Queria de fato protegê-la, fisicamente e moralmente. Colin não desviou o olhar enquanto ela falava. Concordando periodicamente. A falta de possibilidade de Dorian mandar uma escolta junto de Elyria, a queixa sobre como sua posição tinha decrescido com o nascimento de mais um Urso, a postura da moça passou do divertimento para tristeza rapidamente. Colin compreendeu que o que ela estava revelando a ele era algo difícil de lidar. Mas o pensamento de se separar dela já tinha se tornado inconcebível para ele. Elyria terminou seu breve discurso abraçando a si mesma. Colin sentiu vontade de envolve lá em seus braços, mas conteve o impulso, pois não queria que ela saísse assustada com seu gesto. O único jeito de eles ficarem juntos... A solução para os problemas que assombravam Elyria seria...
 
- Elyria – Colin não havia desviado o olhar dela um segundo – seu lugar é comigo – ao dizer isso o cavaleiro sorriu, as palavras saltaram de sua boca sem perceber, não sabia qual seria a reação da jovem ursa então continuou – se você desejar – Colin adotou um ar mais sério – Você está segura comigo, posso te garantir isso. Não vou deixar nenhum mal acontecer a você enquanto eu viver – O Arryn tinha revelado demais suas emoções, e embora não soubesse se seria correspondido seria pior ir embora sem a moça – E se você me acompanhasse de volta para o Ninho – o cavaleiro pousou sua mão sobre a mão da jovem ursa – como minha noiva?

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Closer

As palavras da Mormont pegaram Colin de surpresa. Apesar de ter dito sim ao final, toda sua motivação tinha sido puramente estratégica? O cavaleiro pareceu se lembrar pela primeira vez que era um herdeiro de uma casa importante e que tal decisão não afetaria apenas a vida dele e da jovem ursa. Mas estava seguro de sua escolha. Os Mormont tinham fama de serem leais e ótimos guerreiros. Mas tampouco o motivo de pedir a mão na moça em casamento tinha motivos políticos ou estratégicos. Seu pai sempre incentivou Colin a ter um espírito livre, desprendido de qualquer tipo de formalidade ou regulamentação apesar de repeitar e executá-las. Os Arryn tinham a fama de serem mais neutros em relação às desavenças generalizadas em Westeros, por isso o rapaz tinha menos compromissos ainda em relação a tais objetivos estratégicos.
 
Colin sentiu a mão de Elyria se mover um pouco e imaginou que ela quisesse recuar, apesar de manter o contato das mãos e ainda continuar sorrindo para ele. De fato o Arryn era impulsivo, mas percebeu que teria que medir mais suas palavras com a moça. Colin sentiu como se os motivos para Ela ter aceitado seu pedido era por causa de seu irmão e seu povo, o que o fez se sentir um pouco mal pois a última coisa que tinha pensado era em outras pessoas. Tinha pensado nos dois, e em seus sentimentos... A jovem seguiu seu discurso falando como o Arryn fazia ela se sentir e por fim aceitou seu pedido, com a condição de Dorian aceitar a união. A jovem sorria e Colin fazia um esforço sincero para manter um sorriso no rosto, mas por fim disse – Elyria, ficaria muito feliz em ir até Lorde Mormont pedir sua permissão, mas vamos falar dele depois – o Colin continuou falando, mas já não sorria. Para ele era muito importante que se cassasse com uma mulher que gostasse dele, não de sua posição – Com ele poderei falar de estratégias e política, apesar da minha motivação para pedi-la em casamento seja puramente o fato de eu ter me afeiçoado a você – o cavaleiro levou a mão ao rosto da jovem ursa tocando-o suavemente – Simplesmente não quero ficar longe de você Elyria. Tenho que te perguntar se você vai aceitar meu pedido por política antes de continuarmos com isso. Se você está me aceitando ou aceitando minha posição como herdeiro – O Arryn não tirava os olhos de Elyria, o rosto estava muito perto e podia sentir a respiração dela no seu próprio. Uma sensação quente e agradável tomou conta do cavaleiro de cima a baixo, uma vontade de não sair mais daquele lugar – Então jovem ursa, seu “sim” é somente pelo dever – o herdeiro sabia que era impulsivo, mas ele era assim e não conseguiria fugir disso nem que quisesse. Quando se deu conta seus lábios estavam tocando os da jovem ursa carinhosamente, se permitiu ficar daquela maneira por uns momentos perguntando-se o que estaria passando pela cabeça da donzela. Após o que pareceu para ele serem muitos dias ensolarados ele se afastou muito pouco e disse – ou por amor?

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