[RP Fechada] - The Face of Shadows

Estava andando nas ruas escuras de Braavos há algumas horas, tais quais eu conhecia tão bem como a palma da minha mão, afinal, nasci e cresci ali. Estava ali no intuito de cumprir mais um trabalho, já havia realizado alguns anteriormente, no entanto ainda era uma novata no ramo de assassinatos. Meu alvo desta vez era um comerciante, conhecido por ser um dos mais importantes da cidade, além de ter uma má fama que tornava-o conhecido até mesmo em outras cidades. Os clientes responsáveis pelo pagamento do serviço eram moradores não providos de muito dinheiro, porém a união do dinheiro deles fora o suficiente para contratar-me.

Já estava alguns dias observando o homem, seus costumes, sua rotina, todos os fatores que ajudariam-me a concluir o objetivo final eram bem vindos, então, esse tempo desde o dia do contrato até então foram usados para tais fins. Estava parada em frente a um dos inúmeros prostíbulos dali, era do meu conhecimento que semanalmente ele frequentava-o, este era um dos dias. O homem geralmente estava acompanhado de alguns guardas, talvez soubesse que seus atos poderiam acarretar no ódio de outras pessoas contra si, no entanto, a pessoa que o mataria nesta noite não possuía absolutamente nada contra ele, apenas tinha que fazer, era eu.

Logo comecei a segui-los pelas ruas, tomando um certo cuidado para que não fosse avistada, se isso acontecesse. acarretaria na falha do contrato, o Deus de Muitas Faces era rigoroso, quando desejava alguém morto, essa pessoa deveria morrer, eu realmente não podia falhar. Já sabia onde localizava-se sua casa, era do meu conhecimento que morava sozinho, embora sempre estivesse acompanhado daqueles guardas que tratavam de assegurar que ninguém invadisse a residência para matar o homem. Finalmente chegamos, uma estrutura muito grande.

Mantive-me a uma distância considerável da casa, estava escondida nas sombras, praticamente impossível de ser vista. — Devo esperar a hora certa para atacar, não tardará muito para que o homem vá dormir. — Pensei, até mesmo o horário que ele ia dormir era do meu conhecimento, afinal, fazia aquilo a dias. Pousava minha mão direita sobre uma adaga presa a minha cintura, a arma que posteriormente seria usada para acabar com a vida do comerciante. Aguardei ali, não demoraria muito.

As horas passavam devagar, a entediante espera incomodava-me, no entanto não demoraria muito. O movimento nas ruas era nulo, provavelmente por conta do horário. — Não tardará muito para que ele vá dormir. — Observava a todo momento as luzes da casa do seu alvo, era melhor atacar quando ele estivesse dormindo. Um movimento suspeito chamou-me a atenção, era de um garoto que aproximava-se rapidamente da casa. — Será um ladrão? Merda, ele só vai me atrapalhar. — Meu pensamento era acompanhado de passos não muito rápidos que deixavam-me cada vez mais próxima da residência.

Segui os passos do menino, este que entrara por uma das janelas, sabe se lá o que ele faria ali dentro. A leveza do meu caminhar ajudaria-me a não detectada. Assim que tive contato com a janela, não hesitei em entrar, minha adaga agora era segurada com firmeza por mim. Já dentro da casa avistei o jovem no mesmo cômodo no qual eu encontrava-me, não havia mais ninguém por ali. Ele não parecia ser perigoso, talvez fosse apenas mais um ladrãozinho que ao ver-me ali sairia correndo, caso ele tentasse enfrentar-me, bem, eu provavelmente não teria problemas.

— Ei. — Minha voz era baixa, no entanto, suficientemente alta para que o outro pudesse escutar. Minha cabeça estava um pouco abaixada, meus olhos o fitavam a todo instante, meu braço direito mantinha-se esticado para baixo, ele que tratava de aguentar o peso mínimo da lâmina, o esquerdo também estava esticado para baixo, a diferença era que segurava nada. — Quem é você? O que faz aqui? — Minha voz era calma.

A noite era calma, e silenciosa. O único som presente após a minha pergunta, cuja qual o garoto também perguntara, era feito por conta da brisa que entrara pela janela refrescando todo o cômodo. A chama das velas quase foram apagadas, no entanto mantiveram-se acesas por tratar-se de um vento leve. O garoto não falara nada, nem eu. Mantive-me quieta, a expressão no meu rosto não demonstrava um sentimento, eu possuía sentimentos? Talvez eu nem mesmo lembrasse quem eu era, a troca constante de rostos, além do fato de ter que abandonar por completo minha identidade, tornara-me alguém misteriosa até para mim mesma. Eu nem deveria considerar coisas que aconteceram em meu passado, porém, alguns sentimentos ainda estavam dentro de mim, isso não era certo para os homens sem rosto.

O silêncio que imperava no lugar fora interrompido quando o outro decidira por abrir a boca, suas palavras dignas de alguém daquela idade fizeram com que a ideia de matá-lo ali mesmo passasse brevemente pela minha cabeça. Eu era diferente das demais pessoas daquele tamanho, tudo que eu passei até ali, tudo que eu tinha que fazer diariamente em meus treinos, presenciar a morte de minha mãe na infância, coisas ruins que contribuíram para a minha personalidade, que colaboraram, e que ainda colaboram, com o que eu me tornei. — Quem sou eu? Provavelmente tu sujaria a tua calça caso soubesse quem eu realmente sou, talvez saber que sou alguém que pode matá-lo com facilidade já basta. — Tentava amedrontá-lo, talvez fosse difícil por conta de minha aparência um tanto frágil.

Talvez aquilo convencesse-o, uma garotinha invadindo casas numa hora daquelas e que ainda portava uma adaga? Poderia soar assustador. Ou eu poderia simplesmente alterar minha face, ele com certeza saberia o que eu era, toda pessoa informada das Cidades Livres sabem quem são os homens sem rosto e o que eles podem fazer, o fato de sermos os melhores assassinos do mundo certamente o fariam temer a minha presença, mas o que eu menos queria ali era um garoto chorando igual um bebê enquanto corria, na tentativa de afastar-se de mim. — Me chame do que quiser, eu já fui tantas pessoas, provavelmente eu nem lembre do meu próprio nome. — Isso não era uma total mentira, seria de fato o meu nome Gyna? Não, pelo que eu lembre é outro, um que não uso a anos. Gyna era apenas um no qual eu usava em algumas situações quando estava com o meu rosto original, sim, pelo que eu lembre este é o original.

— O que eu estou fazendo aqui? O que você acha que eu estou fazendo aqui? E se eu disser que estou disposto a matar o homem que mora nessa casa? E não pense que não matarei as pessoas que se meterem em meu caminho. — Aproximei-me um pouco dele, não muito. A adaga permanecia apontada para ele, não era difícil matá-lo, ele parecia tão indefeso e desarmado. Seria uma pena sujar de sangue o belo carpete que estávamos pisando. — Sua vez agora. Não pense que estou curiosa para saber, prefiro que saia daqui imediatamente e esqueça esta noite, lembre-se, não hesitarei em matar alguém que se intrometa no meu caminho. — Mantive-me ali parada, atenta a qualquer movimentação suspeita por parte do outro.

Spoiler:

Precisei conter-me para não avançar contra ele. Apesar de várias coisas sem sentido saírem de sua boca, essa não era a principal razão. O fator que quase fez com que eu ceifasse a sua vida ali mesmo fora o alto barulho que ele provocara. — Filho da puta. — Os murmúrios que saíram da minha boca provavelmente nem foram escutados por ele, o real problema era que provavelmente sua voz despertasse todos na casa, um grande problema para mim. Meus olhos arregalaram-se, não mais olhando para o jovem, e sim para o que estava atrás dele. Ruídos que vinham de outros cômodos, o desgraçado conseguira fazer o que eu temia. Uma sombra chamou-me a atenção, não por muito tempo. Logo que voltei a minha atenção para o estranho, este que sumira naqueles momentos de distração.

— Desgraçado. Provavelmente deve ser alguém que manipula as sombras. Já li sobre eles em algum lugar, talvez ele esteja por aqui ainda. — Meus pensamentos eram acompanhados de uma rápida olhada a cada lugar que ele poderia estar escondido ali. Não vi ele por ora, talvez ele realmente soubesse utilizar a mágica das sombras, assim como eu poderia mudar o meu rosto. Ele provavelmente estava ali ainda, não via outras maneiras dele sair do cômodo, a não ser pela janela que entramos anteriormente. Eu estava demasiado próxima dela, passaria ali sem ser percebido por mim apenas se fosse muito habilidoso, e ele realmente não parecia ser tanto.

Eu ainda estava ali parada, fruto do fato de eu ter travado momentaneamente. Deveria dar um jeito, não tinha muita noção de quantas pessoas estavam na casa, a única coisa que eu tinha certeza era de que os ruídos vindos de fora aumentavam cada vez mais. Não levaria mais do que alguns segundos para que alguém chegasse ali. Agachei-me detrás de um balcão grande que estava ali, não era furtiva como o outro, no entanto talvez passasse despercebida por alguns instantes. Precisava analisar a situação, de qualquer forma meu trabalho deveria ser finalizado, e para isso era necessário a morte do comerciante. Os barulhos aumentavam cada vez mais, um silêncio imperou por alguns segundos, até que finalmente a porta fora aberta.

— Eu poderia jurar que aquela janela estava aberta. — Disse uma voz rouca, o dono dela estava acompanhado de outros dois homens, pude ver olhando com cautela para a direção deles. Um deles era mais baixo que os outros, além de que os maiores eram musculosos, o outro chegava a beirar o sedentarismo. Um dos grandalhões andou com calma na direção da janela, aproximando-se de mim. Colei meu corpo na parede, meus olhos foram fechados por alguns instantes e então implorei para que o Deus de Muitas Faces não permitisse que eu fosse vista. O homem passou, fechou a janela olhando para o exterior, talvez conferindo se algum ladrão havia entrado ali. Na volta, para a minha infelicidade, o homem olhara para mim. Travou por alguns instantes, assim como eu. Agarrei com força a adaga.

Por alguns instantes permaneci calada, o homem que estava diante de mim demorou também para pronunciar-se. Desde que o garoto escondera-se nas sombras, não havia mais visto ele. — Quem diabos é você? — O grito repentino assustara-me um pouco, o grandalhão estava prestes a partir para cima de mim. Eu não tinha muita noção do que deveria fazer, no entanto, era do meu conhecimento que não poderia revelar minha identidade. Deveria então mentir, fingir ser uma outra pessoa para que pudesse distraí-los. Culpar o outro seria uma boa ideia, isso é claro, se eu pudesse vê-lo ali.

— Sou Jenny, senhor. Desculpe-me, desculpe-me. — Minha voz demonstrava estar com medo, contudo eu não estava. Talvez estivesse um pouco nervosa com a situação. Após meus dizeres, passos lentos foram dados em minha direção, um outro logo estava de frente para mim, provavelmente era o meu alvo. O outro não estava ali com eles, talvez optara por ficar perto da porta, não sei. — O que queres aqui, maldita? — Desta vez fora o outro que perguntara, estava visivelmente bravo com a situação, como se soubesse que havia alguém caçando ele. — Eu, eu não tive escolha. Eu juro, não pude fazer nada. — Algumas lágrimas saíram dos meus olhos, nunca tive dificuldade em forçá-las, tudo para que acreditassem em minhas palavras. — Do que diabos tu estás falando? E que merda de adaga é essa? — Agora um chute em minha perna viera acompanhado da pergunta.

Dei um grito não muito alto enquanto levava a mão livre até a região atingida. — Foi o garoto, ele provavelmente é um pouco mais velho do que eu. — Soluçava e nestas alturas chorava como um bebê, o que eu queria mesmo era partir para cima deles, no entanto não tinha total certeza que derrotaria todos. Além do moleque que eu não sabia se estava ou não do meu lado. — Que garoto? Não estamos vendo ninguém aqui. — O homem olhava para todos os lados procurando o tal citado, obviamente não via nada, nem mesmo eu estava enxergando-o. — Ele e seu companheiro são a razão para eu estar aqui. Já havia visto-os anteriormente, no entanto pensei que eram apenas um casal homossexual, eu juro. Eles sequestraram a minha mãe, deram-me esta adaga e disseram-me para entrar aqui e matá-lo. — Apontei para o homem, indicando que ele era o alvo do jovem. Lentamente sequei as lágrimas que mantinham-se no meu rosto, isto antes de voltar a falar.

— Seu namorado está mantendo a minha mãe como refém. Ele está aqui entre nós, ou talvez já tenha ido embora. Provavelmente não já que o seu parceiro está cuidando a porta. Ele aparentemente pode se esconder nas sombras, acenda as luzes, talvez vejam ele. Deve ser algum assassino contratado que não tem capacidade para executar o serviço. — Aos poucos parava de fingir estar chorando. — Realmente acham que uma garotinha seria burra o suficiente para entrar aqui e enfrentar todos vocês? Por favor, me ajudem. — Finalizei pondo a cabeça entre as pernas. Não pude deixar de escapar um sorriso, não teria problema já que meu rosto não estava visível para eles no momento. Ambos ficaram em silêncio por alguns momentos, será que estavam acreditando em minhas mentiras? Eu esperava que sim. — Acenda as velas. — Ordenou o homem para o grandalhão. Pegando uma das velas, o homem acendera uma por uma das que estavam apagadas. — Merda. A garota tem razão. — Gritou o homem. Olhei para a região que ele estava, o outro estava desacordado no chão, só poderia ser uma vítima d garoto.

— Eu disse, eu disse. Eu estava aqui todo o tempo, impossível de eu ter feito algum mal para ele. Vocês precisam me ajudar a resgatar minha mãe. — Minhas palavras eram altas, o desespero na voz não demonstrava o que eu estava sentido, afinal, gargalhava por dentro. Tudo estava dando certo, o súbito desmaio do homem confirmava que havia mais alguém entre nós. As velas pouco a pouco iam ficando acesas, o cômodo ficava cada vez mais claro, cedo ou tarde poderíamos ver o garoto. Azar é dele.

Spoiler:

Por enquanto não precisava me preocupar com os homens, afinal, estes de fato acreditaram em minhas palavras. O objetivo deles agora era encontrar quem nocauteou o outro. — Ajude-nos a encontrá-lo. Depois resolveremos o teu problema. — Disse o homem no qual eu deveria matar. — Tudo bem. — Levantei-me devagar, a adaga ainda mantinha-se comigo. Pude ver a movimentação do garoto de antes quando correu desesperado para fora do quarto, provavelmente tinha noção de que não esconderia-se por muito tempo. As palavras dos outros demonstravam que também haviam visto a figura saindo do quarto. — Vamos, vamos. — Os dois corriam para fora do quarto tomando rumos diferentes. Eu poderia simplesmente ir atrás do alvo e assassiná-lo, no entanto o garoto provavelmente havia ido para o outro lado, pude ter uma noção por conta de sua movimentação. Queria ver o que iria acontecer, se o grandalhão o matasse jamais descobriria o que ele estava fazendo ali.

Apressei o passo e pus-me a seguir o grandão. Ao cruzar com o corpo desmaiado escutei alguns gemidos, provavelmente não tardaria muito para que ele acordasse. Acompanhei o maior deixando-o que se afastasse alguns passos, se ficasse muito perto talvez ele notasse algo de errado. — Ali. Eu vi correr para o quarto. Venham. — Disse o homem com uma lamparina em mãos, rapidamente este entrou num quarto escuro. O outro pareceu não escutar as vozes por já estar procurando em outros cômodos. Nos primeiros instantes não avistei ninguém no quarto, além é claro do segurança. Se havia algo no qual o jovem fosse bom era em se esconder, um legítimo covarde. Ambos procurávamos por todas as partes do quarto, foi ele quem encontrou primeiro. Ao olhar por baixo da cama levantou-se de pressa, suas mãos seguravam agora uma adaga que ele provavelmente estava escondendo. Andava lentamente na direção de uma cortina, ao forçar meus olhos na região pude ver um volume nela, possivelmente o corpo do garoto.

Um desastre iria ocorrer em breve, provavelmente o que estava armado sairia com vantagem, ele era bem maior. Aproximei-me devagar, minha mão direita tratava de sustentar o peso mínimo da adaga. Antes que o segurança chegasse no menino, eu já estava ao seu lado. Ele não importou-se, afinal, acreditava que estávamos do mesmo lado. Que nosso objetivo era o mesmo, encontrar quem havia batido em seu parceiro. Subitamente desferi um golpe, tal foi de baixo para cima e acertou o braço do grandão. A lâmina rasgou sua pele naquela região, uma quantia considerável de sangue jorrou de imediato, a lamparina que ele segurava chocou-se contra o chão. Um único, e alto, grito tomou conta do local, sem dúvidas os outros que estavam na casa ouviriam. O homem recuou de imediato olhando-me um tanto surpreso, porém logo presumiu que eu não era amigável. — O que pensa que está fazendo? Pensei que estava do nosso lado. — Disse enquanto olhava brevemente seu novo ferimento. — Eu estou no lado de ninguém. — Falei enquanto preparava-me, uma luta ali era inevitável. A julgar pelos atos do que estava escondido, eu não teria ajuda. Certamente ele ficaria escondido.

Não demorou muito para que viesse contra mim, para sorte dele sua mão hábil não pertencia ao braço machucado. Ele não era lento, não tanto o quanto eu esperava. Ao obter uma distância considerável, golpeou-me. O ataque que visava uma região alta do meu corpo, certamente seria mais fácil de desviar do que de ser interceptado. Ele possuía mais força do que eu por conta do seu tamanho, no entanto eu era visivelmente mais ágil. Eu tinha conhecimento de que um desvio resultaria na sua adaga golpeando o vento, uma interceptação com a minha própria arma talvez desse errado, sua força superior poderia transpassar a minha defesa. Agachei-me um pouco, não muito, apenas o suficiente para que ele não acertasse-me. Ainda naquela posição distanciei-me um pouco dele indo para o lado, não era inteligente da minha parte manter-nos aproximados.

Logo ataquei, a curta distância que separava-nos foi desfeita por conta da minha aproximação. Golpeei na horizontal, o homem apenas pôs sua adaga entre a minha lâmina e o seu corpo, o choque entre ambas causou um pequeno ruído, a força exercida por ele bastou para que meu ataque fosse defendido. Minha mão livre foi de encontro ao rosto do homem. Ele não defendeu-se do golpe, seu braço machucado talvez tenha o impedido, soltou a sua adaga que caiu bem perto de mim. Como resposta levou sua perna até a minha cintura, não golpeou, apenas empurrou-me um pouco para trás. — O que está havendo aqui? — Os dois outros haviam recém passado pela porta, de fato o que estava desmaiado estava prestes a acordar. — A garota não está do nosso lado. — Respondeu o que já estava ali. Agora eram três contra mim. — Vai ficar escondido para sempre? — O empurrão que o homem me deu aproximou-me um pouco da cortina, a lâmina que agora estava próxima aos meus pés foi empurrada por mim para perto do garoto.

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