[RP FECHADA +18] ― I See A Red Door Want It Painted Black

Justamente naquele dia havia madrugada em sua sala particular, lendo um longo pergaminho, não muito importante, tratando-se apenas das burocracias criadas por ele mesmo, visando apenas no melhor desenvolvimento para Dorne. Foi assim que passou a noite e madrugada, isso até pegar no nosso, adormecendo por algumas míseras horas com a cabeça deitada a mesa. O desgastes físico aquela noite fora eminente, de fato exaustivo.

Naquele momento, Aizen, seu fiel companheiro, não estava presente, o Príncipe havia dispensado seus serviços durante aqueles breves dias para recompensar por tantos anos de fidelidade e servidão para com a casa Martell. Os pensamentos, reforçados após o pequeno período de de descanso, cruzaram as fronteiras do tempo indo para o passado algumas décadas atrás, lembrando daqueles dias que passara a infância ouvindo histórias de seu avô, Doran Martell, trazendo suas histórias consigo.

As lembranças foram até o dia no qual o velho senhor começou a preparar o neto para governar suas terras e sua mãe, de acordo com as palavras do Avô, tinha a cabeça bem impulsiva e esquentada, confinando o destino da casa Martell ao menino. Tendo isso em mente, a principal tarefa não era treinar ele em batalhas, embora treinara o suficiente para defender-se, mantendo foco completo as partes estratégicas ao ponto de que fosse reconhecido como um líder nato, nascido para comandar exércitos.

Assim, Tristanye passou uma vida focando na parte intelectual no intuito de ser o melhor, começando com pequenas tarefas confiáveis a ele até histórias locais. Oh, sim, as histórias foram das mais importantes, elas ensinaram a manter o conhecimento de cada evento passado, afinal uma pessoa sempre aprendia com o erro de outras. De todas as fascinações, o garoto tomou as história das lutas em Dorne como preferidas, valorizando a própria crença em seu povo.

Sua mente focou aos eventos atuais quando lembrara de ter convidado uma pessoa em especial para vir a Dorne, abrindo uma das poucas exceções quando achara necessário. A casa Merryweather, cuja Lady era conhecida como a mais bela de toda a região, isso se não de toda Westeros, uma vez fora a casa mais rica de toda Campina, tendo os bens confiscados pelo Rei louco, Aerys Targaryen. No final de tudo, quando Robert Baratheon conseguiu o trono, nem mesmo ele teve bons resultados em recuperar toda glória que a casa tivera, mesmo tendo recuperado algumas partes dela.

O motivo da conversa seria uma colaboração entre ambos, uma união que ajudaria criar uma ponte para o futuro, tendo benefício de ajudar a casa citada em recuperar sua glória, bem como procurar um investimento, barganhando uma pequena aliança para fins econômicos lucrativos. Dorne era famosa pelos seus vinhos, o investimento de Arthemis Merryweather aos produtos manteria valorização a disputa ao mercado contra a casa Redwyne, que eram seus rivais no mercado.

Suspirou, guardando o pergaminho ao escutar a porta bater. A respiração cessou quando soube o motivo, um sorriso malicioso tomou conta de sua face, desaparecendo quando mudou a expressão para algo maia simpático. Levantou-se de seu assento, ordenando que entrasse. Entretanto, nesse ato de revelações, ali mesmo descobrira que boatos sobre a mulher eram muito modestos, talvez fosse comparada a mais bela em Westeros ou mais além. Se ainda tivesse na mesma idade que essa, o Príncipe teria coroado a Rainha do amor e da beleza.

Cumprimentou a jovem mulher, estendeu-se as mãos para pegar as suas por um momento, soltando assim que achasse necessário para que ela não ficasse desconfortável. Convidou a sentar a sua frente e sentou novamente a sua cadeira, olhando a mulher de cima abaixo, estudando a expressão a seu rosto, ainda mantendo um sorriso, isso enquanto dava uma boa olhada. -Agradável dia, Lady Merryweather! Você deve estar curiosa sobre os motivos do convite, certo? Ofereceu um pouco de vinho a ela, tencionando primeiramente que provasse para que tirasse as próprias conclusões do sabor e do gosto. -Acompanhe-me, és minha convidada de honra, não me faça uma desfeita. Riu em tom de brincadeira, em descontração para que ela ficasse mais a vontade. Os seus olhos esverdeados fixaram-se até os delas. Mesmo estando aos seus cinquenta e um anos de nascimento, era ainda tão belo quanto jovem, tingindo seus fios cabeludos a sua cor de origem para que não parecesse tão branco.

treino:

A pior das situações que poderia ocorrer era ter o gosto do vinho, juntamente com aroma, rebaixados pelo gosto da Lady a sua frentr, que não foi o caso. O vinho em Dorne era fonte de orgulho de Tristanye, o Príncipe ordenava que as videiras fossem bem cultivadas para safra do final de ano. Observou avidamente o líquido adentrar a boca desta, descendo pela garganta da mesma em sinal de completar a ação, trazendo um quesito de alívio após a expressão positiva em seu rosto, que convenientemente, incomodava o Martell. Manteu um sorriso ao rosto, sentindo a respiração da moça ao mesmo instante que aproximou-se um pouco, chegando mais próximo para falar. -Fico calmo em saber que o nosso vinho tenha lhe agradado. Finalizou com o olhar sobre ela, mordendo o inferior em repreensão a seus pensamentos.

Ora, de todas as mulheres convidadas por ele, nem mesmo as próprias Dornesas, conseguiam intimidar tanto Tristanye... Particularmente, odiava muito a idéia de ser intimidado por uma beleza estrangeira. Os olhos esverdeados, claros, fixaram ao rosto dela, como forma de tentar desvendar os mistérios de sua mente. Descrever uma pessoa durante uma conversa não era um sacrifício a ele, tão pouco interessasse a tal ponto. Desviou oz pensamentos dela e pensou por um momento em tudo que passou, desde a morte de seu filho mais novo para sua falecida esposa. Tantas coisas passaram e sua mente manteve-se ocupada com assuntos constantes em Westeros, principalmente Dorne. Era eminente que o rosto, sua expressão, não negara a atração pela mais jovem. Tomou um copo e pois vinho, levantando para fazer um brinde. 

-Lady Merryweather, lhe chamei para propor um acordo e aliança comercial, conheço bem a história de sua casa, ou ao menos arrisco a dizer. Os Merryweather uma vez foram bastante ricos e, mesmo que ainda mantenham uma riqueza considerável, não possa ser comparada ao estado anterior. Eis que proponho! invista em nosso vinho, pois com seu investimento, além de trazer grandes benefícios a Dorne, trará grande riquezas a sua casa. Não é novidade de que, em toda Westeros, nosso produto é o de melhor qualidade. Pausou as palavras, focando a visão dos olhos aos seios dela, engolindo a seco toda aquela provocação, bebendo o copo a seguir. A mulher, além de bela, era esbelta, tinha bom gosto, um ótimo sotaque e afins. Provavelmente fosse do desconhecimento desta os verdadeiros motivos de estar ali, até porque tinha outros meios em sondar ela. 

-Claro, não foi apenas pelo vinho. Devo dizer que, sendo representante de uma das grandes casas em Westeros, reconheço a posição estratégica de sua casa, bem como o interesse sobre. Creio que seria uma pena uma casa como a sua ruir durante esses eventos. Fez outra pauss rápida, dando outro gole ao copo e enchendo a da mulher a sus frente, ainda mantendo a posição, com a coluna reta, deu s volta ao redor da mesa, em passos lentos, olhando para a mesma ao olhar curioso. -Como Príncipe de Dorne, eu ofereço um relacionamento matrimonial, entre nossas casas. Com esse casamento, a casa Martell manterá os Merryweather em sua proteção. Ficou de frente as suas costas, aproximando-se para chegar até seu ouvido, repetindo a oferta como forma de sondagem aos tímpanos da moça. Limitando-se a manter o sorriso minimamente, esperando a resposta.