[RP Fechada] The Lannister Arrival

por **Amora Lannister** Ter Jul 12, 2016 2:41 pm

The Lannister Arrival

A rp é fechada, porém, qualquer outro Lannister presente em Porto Real tem o seu direito à postar. De início, a rp conta com a participação de Amora e Cyrenna Lannister. Começando com a postagem da mais velha.
Amora está formalmente representando a casa Lannister na chegada da Lady do Vale, que também é sua irmã. Estamos numa tarde agradável, o dia está ameno, o sol brilha e uma brisa refrescante sopra pelo pátio real.

por **Cyrenna Arryn** Ter Jul 12, 2016 3:25 pm

King's Landing

A aproximação de Porto Real era sentida pelo ar empestiado. Tantos anos no vale haviam deixado o olfato de Cyrenna Lannister ainda mais exigente, acostumado ao ar puro do Ninho da Águia. – Me dê um lenço. – Pediu com pouca gentileza, se dirigindo à criada que viaja com ela e com sua primogênita, Aliah Arryn. A mulher se desequilibrou quando a carruagem em que seguiam passou por uma ondulação na estrada, mas mesmo assim conseguiu entregar o pequeno pedaço de seda à sua senhora. Cyrenna deu o lenço à filha e orientou. – Cubra o nariz, meu passarinho. Logo estaremos quase sufocando.

Detestava King’s Landing, como qualquer humano sensato que vive e respira, mas a recente nomeação do marido como Mão do Rei não lhe dava outra opção senão passar a viver ali, entre dragões. A ideia por hora não lhe parecia insuportável graças ao fato de parte de sua família também se encontrar na capital. Não os via há muito tempo, sentia falta do calor de cada um deles, de estar entre os seus.

A Lady se inclinou e olhou pela pequena janela da carruagem, que era acompanhada por uma escolta de trinta cavaleiros do Vale, e pode vislumbrar pela primeira vez em muitos anos, a sede da casa Targaryen. Aquilo era um erro para ela. Mesmo que estivesse feliz por não ter de ver as suas desprezíveis cunhadas, não estava completamente satisfeita com a situação. Em tempos como aquele, estar tão próximo do centro das atenções poderia custar a vida de um Lord. E Cyrenna não queria o marido morto.

Mas o que estava feito, estava feito. Ajeitou o vestido da filha e o seu próprio, cuidando para estarem apresentáveis. – Quando estivermos lá, Aliah, não quero que converse com ninguém sem que eu esteja por perto. – Orientou a mãe, deixando a filha intrigada. A menina ergue os olhos para a mulher e não contém a curiosidade. – Por que motivo, mamãe? – Cyrenna abre um sorriso doce para criança. – Há muitas pessoas más no mundo, querida. Aqui elas se reproduzem como ratazanas. – diz, e abraça a filha com ternura.

– Já chegamos, Milady. – Anuncia a criada, quando a carruagem diminui o ritmo e finalmente para. Lá fora, estandartes Lannister esperavam pelas duas, na companhia de uma figura loira e bela, uma versão mais jovem e esguia de Cyrenna, sua irmã Amora. Cyrenna abriu um sorriso suave quando a porta da carruagem foi aberta, descendo a frente da filha e ajudando a mesma no processo. Tomou Aliah pela mão e voltou-se para a irmã, que lhe parecia mais crescida desde seu último encontro.

O tempo era impiedoso e havia passado depressa demais, na opinião da Lady, que se casará com mais de vinte anos. Por sorte ainda conservava-se tão bela quanto em sua adolescência, e os cabelos das duas Lannister eram como um só. – Amora. Venha até aqui, deixe-me dar uma olhada em você, querida. – Pediu Cyrenna, abrindo os braços para a jovem.

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por **Amora Lannister** Ter Jul 12, 2016 3:52 pm

The Lannister Arrival

Se a jovem Lannister dissesse que estava lá apenas para se fingir uma boa nobre, era mentira. Se soubesse que era um nobre de qualquer outro lado, simplesmente se trancaria no quarto e fingiria alguma doença, mas essa não era um nobre qualquer.

Fazia um certo tempo que Amora não a via, desde o nascimento da jovem Aliah, quando nem mesmo seu sangue de lua tinha aparecido. Odiava admitir, mas sentia saudade do tempo em que a irmã mais velha estava no Rochedo, tempo em que Amora a seguia como se fosse sua sombra. Mesmo que isso tenha sido a muito tempo atrás, mesmo que Amora tenha mudado drasticamente, a admiração que nutria pela mais velha continuava lá.

Era essa mesma admiração que a fazia esperar, esperançosamente, por Cyrenna Lannister no pátio da Fortaleza Vermelha. A comitiva da Senhora do Vale estaria ali em breve, e Amora censurava seu cunhado e pai por não estarem lá para a receber. Mas depois de algum tempo pensando sobre o assunto, Amora decidiu deixar em paz, afinal, Cyrenna só precisava dela agora.

O dia estava perfeito, era como se R'Hllor também partilhasse da alegria de Amora por reencontrar a irmã. Trajava para aquela ocasião seu mais novo vestido, da a cor de sua casa – o exuberante carmesim Lannister –, bordado na perfeição com fios dourados e pedras preciosas em suas bordas. Mesmo com as mangas compridas, Amora não sentia calor, graças ao tecido fino que lhe cobria a pele. Os cabelos dourados estavam caídos por seus ombros, com suas típicas ondulações de Lannister. Amora se sentia mais exuberante que o habitual.

Então a viu no longe, a comitiva da Lady Arryn. Respirou fundo e deu um passo em frente, abrindo um sorriso gentil, coisa rara de se ver. Os seus homens também se prepararam para a chegada da senhora do Vale, enquanto sua patroa respirava fundo para a receber.

A carruagem parou e a jovem Lannister não segurou um sorriso animado, que apenas se intensificou quando sua irmã e sobrinha saíram da carruagem. Poderia estar extremamente feliz, mas apenas passava o ar de feliz, não iria deixar que ninguém se aproveitasse para rir dela depois.

Obedeceu a ordem da irmã e avançou na direção da mesma. Esperou que ela desse a olhada que precisava, para poder aclarar a voz e começar a falar. Primeiramente, deu a sua própria olhada em Cyrenna. Ela continuava bela como da última vez, poucos diriam que a primogénita Lannister tinha a idade que tinha e Amora se orgulhava desse gene familiar.

— Poderia dizer mil e uma cortesias, mas vocês já sabem que são bem-vindas aqui. — Amora começou, sorrindo. — Estou tão feliz por as ver novamente. Cyrenna, você continua magnífica, minha irmã, olhe como está perfeita! Nem parece que já teve uma criança. — Logo desviou o olhar para a mais nova, a jovem Arryn que ali se encontrava. Amora deu um sorriso — E você, Aliah minha querida, está maior que nunca. Olhe como está linda, agradeça a R'Hllor por ter puxado os traços de sua mãe. Traços Lannister sempre foram belos.

Piscou o olho para a sobrinha, desviando o olhar novamente para a irmã, esperando o que ela possivelmente viria a dizer.

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por **Cyrenna Arryn** Qua Jul 13, 2016 8:58 am

King's Landing

Cyrenna afagou os cabelos da irmã, sentido sua face ser inundada pela emoção. Lembrava-se de Amora pequena, frágil, ainda bebê em seus braços. Em parte era como se fosse sua própria filha. Respirou fundo para não derramar nenhuma lágrima, andava muito sensível nas últimas semanas e isso a enfurecia. Depositou um beijo na testa da irmã e tocou seu rosto com paciência. – Obrigada, minha jovem leoa. É você quem está deslumbrante. Seus olhos estão cada vez mais parecidos com os de nosso pai. – Disse ela.

Cyrenna não perdia seu tempo se preocupando com todas as almas infelizes do mundo, não era uma mulher religiosa, não gostava de fazer caridade por becos e vilas imundas, nem de sofrer pela vida amarga de outros. Mas sua família era tudo que tinha e que era. Era sua razão de andar, respirar e rugir. Ver que Amora estava se tornando uma mulher forte e com traquejo era um carinho para seu coração e mente.

Observou com satisfação o cumprimento entre tia e sobrinha, vendo as bochechas da menina corar e um sorriso iluminar seu rosto. Aliah, apesar da influência negativa das tias, sempre se dava bem com a família materna, em especial com o tio Jensen. Cyrenna pousou a mão sobre o ombro da filha. – Ela também tem um pai bonito, Amora. Não sejamos severas com Damon. – Comenta. A Lady era fascinada pelos traços do marido. Achava-o forte, esperto, gentil e amável, apesar do resto de seu sangue.

Uma sobrancelha de Cyrenna se arqueou por reflexo ao ouvir o nome do Senhor da Luz. Havia lido e ouvido muitas histórias sobre o deus pagão, mas não poderia imaginar que a irmã o cultuasse. O Rochedo nunca fora severo quanto à fé, e Cyrenna jamais repreenderia a irmã por adorar a divindade que fosse, mas estava curiosa. – R’hllor? A fé Vermelha chegou ao Rochedo? – Perguntou. – Aliah, sei que deve estar cansada, meu passarinho. Os guardas te escoltarão até seu pai. – Disse a Lady, e virou-se para os guardas ordenando. – Digam ao Lord Arryn que sua esposa irá em seguida.

Aliah deixou um beijo da bochecha da tia e seguiu com a criada e sua escolta, deixando as duas damas para trás, ainda no pátio da Fortaleza Vermelha. – Quero ser deixada a par de tudo, Amora. Como deixou mamãe? Nossos outros irmãos? A escória de Lannisporto? – Disparou a mulher, tomando a mão da irmã na sua e começando a caminhar lentamente para dentro, enquanto sua carruagem era descarregada.

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por **Amora Lannister** Qui Jul 14, 2016 12:42 pm

The Lannister Arrival

Ouviu a frase da irmã com um sorriso animado, ainda sem palavras para descrever a alegria de revê-la de novo. Ah, o amor de família.

— Bem, Cyrenna, sempre disseram que eu e papai somos idênticos.

Amora riu. Realmente era igual a Richad, pouco ou nada herdara de Cora, excluindo a simples parte de ser uma mulher. Mas essas parecenças com Richard poderiam ser boas como más, dependia do ponto de vista da pessoa. No dela, era razoável.

— O marido é seu, obviamente iria achá-lo bonito, mana. — Falou divertida. Mas logo passou para responder à mais nova pergunta. — Chegou em todo o lado, irmã. Apenas quem querem o servir o fazem, o que foi o meu caso. A família toda continua fiel aos sete, como sempre, Amora a ovelha Negra.

Deixou que a mais nova lhe desse um beijo na face, um beijo que ela retribuiu, antes de bagunçar os cabelos da jovem. Viu a pequena Aliah ir embora, lhe deu apenas um simples piscadela. Mais tarde levaria um doce ou algo parecido para a criança, afinal, para quê servia uma tia rica se não dar doces e tudo que você quer?

Amora se agarrou igualmente ao braço da mais velha, caminhando em passos lentos. Ordenou para que seus homens ajudassem a descarregar a carruagem da irmã, não os queria seguindo-a agora, não com Cyrenna com perto, ninguém era obrigado a ouvir seu irritante silêncio. Ouviu suas palavras e pensou um pouco nas suas, acumulando informações de suas próprias memórias para poder responder.

— Ora essa, mamãe está bem. Deixei-a com todos os Lannister, ela está ótima, pelo que sei até agora. — Admitiu. Talvez devesse mandar um corvo para o rochedo e tratar de saber da família. — Jensen está fazendo o que sempre faz, "jensensiando" tudo à sua volta. Erin está crescendo, ficando extremamente bonita, graças à santa chama. Em breve pode conseguir um casamento, uma aliança merecida. Os outros me parecem bem, pelo que sei. Credo, estou parecendo uma péssima familiar. — Disse gargalhando, logo continuou com as respostas. — Os de Lannisporto estão bem quietos. Feila estava lá quando saí, ela não me parece ser uma escumalha, são nossos primos depois de tudo. Mas é claro, não estão no mesmo nível que Lannister do Rochedo.

Agora estava na vez de Amora fazer as perguntas. Pensou um pouco antes de se preparar para falar, afinal, ela sempre adorava ouvir em primeira mão o que acontecia no Vale.

— Então, como vão suas cunhadas? — Provocou, dando um risinho. Claro que não fazia aquilo para irritar Cyrenna, apenas para brincar, coisa que ela fazia muito. — E Aliah? Como estão os estudos dela? Se quiser, posso ajudá-la com o Alto Valiriano. — Amora podia se dizer uma ótima tia, sempre preocupada com o bem estar de Aliah. Guiou a irmã para dentro dos corredores da fortaleza, pelo menos os mais decorados e bonitos. — E seu casamento? Como está?

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por **Cyrenna Arryn** Sáb Jul 16, 2016 2:36 pm

King's Landing

– Tenho saudades de Lady Cora. Tanto que me fere a alma. – Admite a Lady do Vale, mantendo um olhar distante e cheio de superioridade, de alguém que sofre sem se deixar igualar às pessoas comuns. O Ninho era um lugar solitário, e Damon era o primeiro desde Jon Arryn a parecer pertencer àquele lugar. Mas Cyrenna sentia falta do sol, do dourado e ,pelos deuses em que não acreditava mais, até da poeira das escavações das minas. Mas evitava dizer isso ao marido.

Seus lábios se curvaram em um sorriso tranquilo quando ouviu o nome do irmão mais novo, o herdeiro legítimo do Rochedo. – Espero que Jensen se previna contra bastardos. – Observou. – Pretendo ir para casa logo. Não sei que desculpa darei ao senhor meu marido, mas é certo. Só preciso ter com nosso pai antes disso. – Garante a mais velha, mantendo os olhos fixos no caminho que percorriam, enquanto sua guarda se punha a acompanha-las alguns passos atrás.

– Possuem sangue Lannister, apesar dos pesares. – Comenta em voz baixa, não contendo um suspiro de desdém. Aprendera com o pai a defender com orgulho os seus, mesmo que esses são sejam verdadeiramente dignos de tal honraria. Os leões rugiriam em apoio aos seus pelos milênios vindouros, erguendo-se de cada contratempo com as garras ainda mais afiadas.

Seu peito se apertou de desgosto ao ver a irmã lembrar do restante do sangue Arryn. Cyrenna abriu um sorriso sarcástico. – O que acha, minha querida? As crianças continuam a me detestar. Querem se colocar tão grandes, mas no fundo são como Robert Arryn, cegas pelo nome que têm, mas sem a habilidade de agir de acordo. – Diz. – Insolentes, devo resumir. Inconvenientes como terra entre as unhas. Me sinto liberta aqui, mesmo detestando Porto Real.

– Aliah é uma menina muito inteligente. Ela tem muito do intelecto e discernimento de Damon. Sei que adorará ter aulas com a tia. – Disse a mãe orgulhosa, com uma felicidade sincera em seu rosto. Gostava de saber que a filha era o equilíbrio perfeito de tudo aquilo que admirava no marido. Afagou sua barriga por reflexo. O que não daria para ser contemplada com outro herdeiro? Já fazia tempo que não compartilhava a cama com o Lord do Vale, e tinha pressa para tê-lo em seus braços, pressa para dar a ele mais um filho.

– Não vejo Damon há tanto tempo, Amora. – Começou. – Por sorte, não tenho a intenção de deixar a paixão entre nós morrer como a chama de uma vela. É um homem bom e sinto falta do seu calor como sinto falta do próprio ar. E pensar que desejei sua morte em nossa noite de núpcias. – Revelou ela, deixando que uma gargalhada curta enchesse o ar. Cyrenna não era dada a manifestações longas de contentamento ou ódio, mas abria uma exceção quando o assunto era sua família no Vale.

– E você? Papai já negocia seu corpo com algum Lord? – Quis saber a irmã mais velha. – Sei que Lord Richard não descansa quando o assunto são as alianças pelo casamento. – Diz ela, que sentira na carne e primeiro esse costume do pai. As duas avançavam sem pressa pelo corredor, e Cyrenna se pôs a reparar nos detalhes, até que foi acometida por uma tontura momentânea que lhe turvou as vistas. Seu sorriso sumiu, mas o mal estar não a fez parar.

– Uma pena que Damon não tenha irmãos mais novos. Senão poderia viver comigo no Ninho e tornar meus dias mais alegres. – Sugeriu Cyrenna, tendo novamente a vista escurecida. Deveria ser uma consequência da longa viagem e nada mais, mesmo assim, se viu obrigada a parar e se apoiar em uma coluna. – Há algo errado, Amora. - Disse com um sussurro.

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por **Amora Lannister** Ter Ago 16, 2016 9:46 am

The Lannister Arrival

Amora deu uma gargalhada, imaginando o irmão mais velho com um bastardo. A simples imagem de Jensen atrapalhado por ver uma criança de cabelos dourados nos braços de uma puta qualquer, fazia lágrimas de divertimento correr aos olhos da jovem.

— Eu até poderia fazer uma piada entre bastardos e nossa família, mas vou ficar quieta. — Respirou fundo, tentando fazer com que os risos fossem embora — Que notícia incrível, mamãe ficaria radiante! E poderia ver como Erin está ficando, acredite, você vai ficar surpresa!

Ao contrário de alguns Lannister, Amora não via problemas com os de Lannisporto. A maneira que eles agiam era cômica para a jovem leoa, por isso ela gostava deles, sempre gostou de piadas andantes. Mas é claro que haviam outros Lannister de Lannisporto que tinham a garra para ser um Lannister do Rochedo e vice-versa.

— Leões serão sempre Leões, no final. — Amora respondeu, concordando com a mais velha. — Talvez eu apareça em Lannisporto, um dia desses.

Ouviu a irmã falar sobre as cunhadas e não controlou um sorriso de deboche, não de Cyrenna, mas sim das Arryn. Por alguns momentos se imaginou no lugar da irmã e se viu colocando o estrangulador da bebida das duas pássaras. Apenas riu com o pensamento, ela realmente seria o inferno para a família que a recebesse.

— Querida irmã, estamos em tempos de guerra. Os Arryn precisam de alianças. — Amora começou, deixando um sorriso gentil se formar em seus lábios. — Aliah é muito nova para isso. Mas... Bem, Damon tem duas Arryn em tenra idade ao lado dele. O melhor castigo para elas, seria acabarem casadas com o último na linhagem de Lannisporto. Ou um nortenho.

A loira continuou conversando com a irmã, dessa vez sobre a sobrinha. Amora imaginou Aliah como a suprema Senhora do Vale, ela merecia. A criança ainda era nova, mas tinha a garra e a vontade para tal. Bem, ela tinha até que nascesse um garoto. Amora tentou se concentrar ainda mais na conversa com a irmã, para não imaginar a sobrinha com desgosto por ver um irmão.

— Ah, papai falou uma coisa ou outra... — Admitiu, olhando para o jardim. — Mas até agora nada. E espero bem que continue assim, eu não nasci para casar por alianças, credo.

Por breves momentos lembrou da conversa que tivera com o pai, quando perdera o controle e dissera coisas não muito boas. Mas a próxima fala da irmã a tirou de seus pensamentos com uma gargalhada.

— Nós as duas? No ninho? As Arryn morreriam do coração.

Estava pronta a continuar, mas Cyrenna se apoiou em uma coluna, fazendo o coração da mais nova bater com mais força. Quando a Lady do Vale anunciou que havia algo de errado, Amora logo procurou alguém, algum tipo de ajuda. Seus homens estavam para trás e não ouviriam seus gritos.

No inicio do corredor, viu uma criada e aproveitou.

— Você! — Chamou a atenção da mulher, que veio até as Lannister. — Chame o Maister, agora! Cada minuto que demore, será um dedo seu retirado.

A criada virou costas e correu por onde tinha vindo. Enquanto isso, Amora colocou a mão na testa da irmã, verificando se estava quente, mas nada de especial.

— Calma, irmã. — Pediu num tom de voz suave. — Tudo ficará bem, só tenha calma, sim?

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por **Cyrenna Arryn** Ter Ago 23, 2016 9:27 am

King's Landing

A Lady do Vale mal podia ouvir a irmã. A voz da mais nova parecia estar abafada por água, soando ao longe, enquanto Cyrenna suspirava de olhos fechados para recobrar o equilíbrio. Sentia-se enjoada e fraca, como jamais se sentira antes. Amora gritou pelos soldados Lannister, que estavam longe demais para atender sua súplica. Uma das muitas criadas que circulavam pela fortaleza foi então mandada atrás de um Meistre.

Cyrenna se apoiou no braço da irmã, tentando chegar até um parapeito para chamar por seus homens. Mas nem foi preciso tanto. As armaduras prateadas surgiram no fim do corredor, certamente invocadas pelos gritos de Amora. Os cavaleiros do Vale, admitia Cyrenna, eram os mais atentos e dispostos dos Sete Reinos. A mulher enferma gesticulou na direção do comandante que a acompanhara na viagem, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, caiu inconsciente, sendo pega no momento exato pelo soldado.

Seu rosto estava mais pálido que o normal, e o pânico dominava a expressão dos outros ali. Um Meistre então finalmente correu na direção deles, com suas correntes chacoalhando de forma irritante. – Por favor, tragam-na até minha sala. – Pediu o homem com sua voz cansada, olhando rapidamente para Amora. O comandante respondeu com um aceno de cabeça e ajeitou o corpo delicado e inerte de sua Lady em seus braços, começando uma procissão atrás do Meistre.

Não foi preciso muitos passos para que o destino fosse alcançado. Era uma sala grande, mais limpa e mais iluminada do que o esperado. Havia uma cama em seu centro, na qual a criada já colocava lençóis limpos. Cyrenna foi cuidadosamente deitada ali, enquanto o homem o Meistre se adiantava para sua mesa de trabalho e triturava algumas ervas, levando-as em seguida a altura do nariz da Lady, para que o cheiro inundasse seus pulmões.

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