[RP FECHADA] - Sisters in Fury

O clima agradável foi o impulso que faltava para fazer Aphrodite levantar da cama e se dispor a aprender algo novo. A jovem conselheira sempre havia sido bastante curiosa, mas limitada aos ensinamentos para se tornar uma boa conselheira, abandonará de lado às artes masculinas bélicas e se dedicara ao conhecimento político para ajudar a sua irmã mais velha.

Dotada de grande entusiasmo, Aphrodite procurou o novo mestre de armas da casa Merryweather e lhe pediu o que pareceu ao jovem homem quase improvável, ela queria aprender a manejar um arco e flecha. Seu olhar transpassava a sua vontade e o novo mestre não lhe negou o pedido, pois queria mostrar serviço e agradar a jovem Merryweather.

Como prometido, o homem trouxera o mais belo arco que produzira para a jovem Meryweather. O arco era a coisa mais bem feita que Aphrodite já vira, tinha um acabamento prateado que dava um toque delicado a arma e era mais leve que os livros que ela estava acostumada a carregar para cima e para baixo. Enquanto ela admirava o arco o homem lhe entregou uma aljava com as flechas e sumiu das vistas de Aphrodite, retornando alguns minutos depois informando que o lugar que serviria de base de treinos estava pronto.

A “base de treinos” era basicamente ao ar livre e cheia de alvos espalhados pelo limite da área livre do castelo. Aphrodite sorriu animada e agradeceu o esforço do homem para com ela. Arthemis deveria estar dormindo no momento, então ela não se importou em ter que permanecer ocupada por algumas horas em treino, Mesalonga estava perfeitamente em ordem no momento.

Arco e flecha não era uma atividade difícil de aprender, era mais questão de agilidade e delicadeza, o problema é que agilidade não era uma das virtudes da jovem e isso a deixava em uma situação comprometedora. O mestre de armas se posicionou ao lado dela com outro arco, um pouco mais velho e gasto do tempo e sorriu, parecia animado em ser útil ao uma de suas senhoras. Primeiro o jovem homem lhe pediu para informar qual era o olho dominante de Aphrodite, ela informou ser o direito e então ele sorriu. O segundo passo foi se posicionar corretamente, um pé para frente e o outro para trás e manter o corpo o mais ereto possível e também relaxado. A flecha deveria ser segurada com apenas três dedos, um acima da flecha e os outros dois abaixo, ele informou que Aphrodite deveria manter o braço que segurava o arco na direção do alvo e que o interior do seu cotovelo deve ficar paralelo ao chão e o arco deveria sempre ficar na posição vertical. Ele perguntou se ela era capaz de olhar diretamente para a coluna da flecha e ela afirmou que sim.

O primeiro alvo estava mais próximo a jovem Merryweather, o mestre de armas pediu que ela mirasse o alvo e que respirasse lentamente, com o alvo traçado e mirado, ele pediu que ela relaxasse os dedos e deixasse a flecha seguir o curso determinado. Pela falta de coordenação, a flecha passou voando por cima do alvo, deixando Aphrodite um pouco irritada. O jovem sorriu e pediu para que ela não se preocupasse, pois a primeira vez era sempre difícil, treino com arco e flecha era questão de prática e não sorte. Mais uma vez ela se posicionou como ele havia informado, só que ele pediu que ela mirasse o alvo mais longe que ela achasse, intrigada, ele mirou em um alvo que estava a alguns metros dela, ela respirou lentamente e atirou a flecha. Incrivelmente a flecha ficou presa no alvo, porém, bem longe do centro, onde ela havia mirado. Um riso baixo escapou de seus lábios e ela suspirou sentindo-se tola, mas o rapaz não deixou que ela desistisse e então ela mirou novamente em um alvo nem tão longe, mas também nem tão perto dela e relaxou os dedos, deixando a flecha seguir o curso planejado, talvez tenha sido um golpe de sorte, pois a flecha ficou ao menos próximo ao centro do alvo, fazendo a jovem flor dar um gritinho animado. O tempo seguiu-se com ela atirando as flechas nos alvos determinados, algumas vezes ela acertava, outras ela errava, mas ela sabia. A prática levava a perfeição.

Após algumas horas, vendo que estava praticando a mais tempo do que pretendia, Aphrodite agradeceu ao homem e o informou que voltaria o mais breve possível para treinar novamente e partiu em direção a entrada do castelo, sendo recebida por suas criadas e por um banho relaxante.


Era quase meio-dia quando Aphrodite decidiu juntar-se a sua irmã. Os hábitos matinais de Aphrodite eram a fonte de seu vigor e saúde, ela acreditava que o dia deveria ser aproveitado ao máximo, como aprender coisas novas, caminhar ao sol e sentir a brisa acariciando o rosto, mas parecia que está qualidade não se estendia a outra Merryweather. Arthemis apareceu no momento em que o almoço era servido, a irmã transparecia o relaxamento do sono e Aphrodite sorriu. Como eram apenas as duas, a ligação com a irmã era a mais forte possível, pois só ela compartilhava dos laços sanguíneos da jovem conselheira. O almoço tinha sido tranquilo e sem muitas conversas, exceto por algumas brincadeiras por parte das irmãs, mas almoço era algo que deveria ser degustado em silêncio e logo as conversas cessaram.

A tarde lhes reservou um passeio tranquilo pelos jardins do castelo, a cumplicidade das jovens irmãs era vista por todos os trabalhadores do castelo e eles gostavam de as ver tão unidas e dando a Mesalonga um bom governo. Mas o motivo de estarem reunidas naquela tarde era tão político quanto uma conversa de irmãs.

– Diga-me Arth, quando irá visitar o Lord Graceford? – ela perguntou a irmã, após ambas sentarem-se a sombra de uma frondosa árvore nos limites do castelo. Observando o olhar de sua irmã, ela riu e ergueu uma das sobrancelhas. – Ora, não pense que consegue esconder nada de mim e mesmo que tente, você sabe tão bem quanto eu que eu iria descobrir. Agora ande e me conte o porquê deste encontro que quis esconder de mim. – ela murmurou em tom de desafio e brincadeira, é claro que o encontro com o Lord não era um segredo de Arthemis, mas ela pouco falava sobre que pareceu algo secreto.

Treino de Nova Habilidade: