[RP FECHADA +18] - The Wild Side Of A Rose

por **Persephone Merryweather** Qui Nov 10, 2016 3:45 pm

The Wild Side Of A Rose

RP fechada e com conteúdo +18. Participam desta RP, além de mim, somente Julian Flowers. A RP começará com o post do mesmo. Esta é uma RP flashback e ocorre 3 anos antes da passagem de tempo.

por **Julian Flowers** Dom Nov 13, 2016 3:43 pm

I WISH I COULD BE_{YOUR HERO TONIGHT}

Exausto, dolorido, pútrido; eram adjetivos cabíveis para descrever meu estado àquela altura de minha fuga. O dia estava claro, ensolarado, e o verde saudável da Campina parecia troçar de minha aparência deplorável. Minha visão era turva, praticamente vidrada em uma única direção, morta, inerte, como um par de safiras que nada veem. Meus sentidos, então, definhavam ladeira abaixo a cada galope cansado que Castanho – o garanhão westerosi que acompanhara-me vigorosamente ao longo de anos de cavalaria – estralava por sobre aquele solo fértil. Era um sinal, uma única fagulha de certeza que percorria-me os juízos extenuados; após meses à mercê daquela longa e arriscada peregrinação, eu estava em casa – ou suficientemente próximo do que, um dia, há mais de vinte anos, eu chamava de lar.

Barrenta e ensanguentada, minha mão esquerda vinha pressionada ao dorso, onde, até onde minha memória colaborava, uma ferida brusca e quase mortífera estampava-me o abdômen, coberta de retalhos e da armadura que, um dia, quiçá, fora branca e exuberantemente lustrosa. De certo, se não me levasse ao óbito, o mínimo a se esperar é que o gume daquela adaga marcaria em minha pele uma nova cicatriz. Uma assinatura visível a lembrar-me de minha traição, por mais nobre que o motivo daquela deserção fosse. Oh, sim. Daquilo eu me lembrava. Infelizmente, a honra não enchia a barriga de um homem. Ouro, por outro lado, talvez. Ao menos, quando se trata de mercenários.

A passagem pelo Tridente fora o pior ato de meu trajeto. Era uma cruz em que a fama, outrora tão bem vinda, havia de me pregar. Eu era Julian Hightower, possivelmente o Cavaleiro mais famoso e letal dos Sete Reinos. Uma espécie de lenda viva que habitava aquele continente perturbado. Um homem de glórias que, por consequência, tornavam-me um rosto conhecido em meio aos alheios. E quando desviei daquela flecha à tira colo, na estalagem, tive a confirmação do inevitável: Serra Targaryen queria a minha cabeça, e, muito provavelmente, havia lhe posto à prêmio. Na ocasião, minha resposta àquela emboscada fora precisa; o elmo de aço zuniu em direção ao arqueiro, proporcionando-me o tempo necessário para reagir à lâmina de um segundo, que deslizara lisa pela superfície da ombreira pálida.

Combativo, levantei-me. O gume de minha espada cantarolou quando liberta de sua bainha, antes de chocar-se contra a espada de um terceiro que alvejava-me o dorso, pela lateral. Recompus-me após o cântico das duas lâminas, usufruindo das botas pesadas para acertar-lhe o joelho. Forcei-o a recuar apenas para notificar-me de minha situação; um cerco de três homens truculentos e de vestes batidas, aparentemente mais velhos e sedentos pelo ouro que aquele possível abate viria à presentear-lhes. Iniciara-se, assim, mais uma dentre minhas tantas danças. O segundo tornou a investir; o machado gasto assobiara rente aos meus olhos à medida em que meu corpo se inclinava, evitando o golpe. Era a abertura perfeita. Arremeti contra seu rosto portando do cotovelo revestido em metal, aplicando força suficiente para atordoá-lo. Dentro do alcance de meu gume, a longa espada rasgou-lhe o peito, de lado à outro, num movimento preciso e de leveza fundamental para que pudesse, de imediato, direcionar-me ao terceiro oponente.

E o giro fora minucioso, quase perfeito. A bem da verdade, para um homem como eu, experimentado em combate, lutar sob aquelas circunstâncias não era, por assim dizer, um fenômeno raro. Encarei-o a tempo de brandir a lâmina e bloquear sua tentativa. Este, por sua vez, mostrara-se mais apto ao combate. Ágil, recuei sob a perspectiva de uma segunda investida, manejando a espada com voracidade a cada passada em que meus pés bailavam. Inconsequente, arremetera uma segunda vez, uma terceira e outra quarta. Previsível; a primeira fora repelida ao som do aço quando inclinei-a em riste; a segunda riscara no tecido grosseiro dos retalhos que cobriam minha armadura até refrear em metal; a terceira, por sua vez, fora um convite ao contra-ataque. Meneei com a espada entre os dedos, redirecionando seu golpe rumo à lateral. Feito o movimento, minha lâmina estocou-se em seu estômago. Meu único equívoco fora dar àquele mercenário tempo demais.

Quando retornei a espada, o homem cujo qual tentara o disparo à primeira estância estava à minha frente. Distraído e crente de que o rapaz estivesse fora de combate, não pude evitar sua adaga ferrugenta; a lâmina penetrou-me pele e carne, num golpe de sorte que atravessara uma brecha insignificante nas ancas da armadura. No embalo do combate, mesclei o útil ao inevitável; firme e forte, segurei seu braço contra meu abdômen ensanguentado, retirando-lhe qualquer possibilidade de escape. Um metro e meio de lâmina descera pescoço abaixo daquele infeliz indivíduo, tornando-o um terrífico chafariz rubro. Seu corpo despenhou à minha frente, deixando para trás apenas a adaga em minha barriga. Levei as mãos ao cabo do estilete e removi-o de forma brusca. Não havia tempo. Eu havia levantado poeira demais em um único dia. Havia de prosseguir com minha cavalgada a qualquer custo.

E assim o fiz até o trágico presente momento. Naqueles gramados verdes, desabei. Castanho rodeou-me, inquieto. Estirado no chão, pouco mais vi do que apenas uma silhueta desconhecida, à distância, próxima à algo que se assemelhava à uma murada. Meu destino estava à mercê daquele indivíduo.

Spoiler:

▲

por **The Sex Goddess** Seg Nov 14, 2016 8:10 pm

Avaliação de treino de habilidade

julian flowers

Seu treino foi bem escrito, sor, mas você escreveu uma palavra que não existe, pótrido, quando devia ser pútrido. Passe o corretor em seus textos, para evitar esse tipo de erro, porém não irei descontar pontos.

Critérios de avaliação

+ Conteúdo e Coerência (40/40)
+ Estrutura e Coesão (30/30)
+ Enredo e Criatividade (20/20)
+ Ortografia e Organização (10/10)

Total (100/100)

+ 11% de experiência pelo atributo de inteligência com 5 pontos
- 10% de experiência por ter a habilidade no nível 3

Recompensas

+ 101 pontos de experiência em Espada Longa

por **Persephone Merryweather** Ter Nov 22, 2016 6:29 pm

❀ The Black Flower of the Merryweather's ❀

Determinada, Persephone avançava pelos corredores tão rápida quanto uma flecha. Seu olhar parou por alguns segundos nos aposentos de sua irmã, mas ela esquecera que Arthemis havia ido a Vaufreixo comprar algumas coisas. Ela suspirou nervosa e fechou os olhos se preparando para tomar iniciativa, pela primeira vez, como conselheira e a segunda responsável por Mesalonga.

Suas passadas rápidas logo a levaram aos portões que davam acesso a Mesalonga. Havia muitos guardas no local e ela franziu o cenho, achando aquilo totalmente desnecessário. O vestido arrastava pelo chão enquanto ela se dirigia firmemente até os portões, tendo consciência ter estar sendo observada por todos e ela engoliu em seco ao finalmente chegar ao destino final.

– Qual é o problema senhor? Fui informada de um problema nos portões e desejo saber do que se trata. – ela perguntou ao chefe da guarda e ele fez um breve aceno com a cabeça.
– Senhora, há um homem nos portões e parece estar ferido e inconsciente, mas não sabemos se há outros com ele e se isto não é uma armadilha. – ele disse e ela o olhou consternada. Só poderia ser uma piada.
– Há um homem inconsciente e ferido nos portões e vocês ainda não o puseram para dentro com medo de ser uma armadilha? – ela murmurou e revirou os olhos disparando para os portões ainda fechados e ordenou que fossem abertos, nenhum guarda discutiu sua ordem e ao notar que não haveria perigo, ela correu em direção ao homem, ajoelhando-se ao lado dele. – Rápido, levem-no para dentro. – ela ordenou mais uma vez ao ver o ferimento do homem, Persephone era muito jovem e não media as consequências de seus atos, seu coração nobre por muitas vezes era sua ruína, mas ela não desistia e aquele homem quase morto aos portões era a prova de que ela nunca aprendia a deixar as coisas para lá.

O homem foi levado aos aposentos de hóspedes do castelo e deixado aos cuidados do meistre. Curiosa desde sempre, Persephone quis assistir as procedimentos do meistre de Mesalonga e esgueirou-se pela porta antes da mesma ser fechadas pelos guardas. Fascinada pelos movimentos ágeis e delicados do meistre ela sentou se em uma poltrona ao lado da cama e acompanhou cada movimento, observando tudo com cautela e uma enorme vontade de aprender. Após algumas horas, o meistre deixou o local e deixou Persephone vigiando o desconhecido enquanto ele iria buscar ataduras para por no ferimento recém-fechado. Até então ela mantinha o olhar fixo em um grosso livro, mas seu olhar repousou na face do homem que ainda estava inconsciente, ela sorriu de canto observando que mesmo estando cheio de hematomas e cortes pelo rosto, ele ainda mantinha uma beleza singular e ela corou percebendo onde seus pensamentos a estavam levando e balançou a cabeça com um riso baixo e voltou sua atenção a leitura.

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