[RP fechada] Madness taking control

Os dedos finos firmavam-se em volta da arma, o couro suave ao toque. Ou assim parecia. Os fios que divergiam da pega desciam graciosamente até ao chão, deslizando pelo mesmo quando ela se movia. Pareciam inofensivos. Nos seus lábios, a morena portava um sorriso travesso, os cantos levemente erguidos enquanto as íris acompanhavam o olhar do homem à sua frente. Com um vestido vermelho e preto que pouco deixava para a imaginação, a mesma parecia para aquele um demónio, embora outrora parecesse doce como açúcar e, inquestionavelmente, disposta a entregar-se a ele. Mas, afinal, um demónio é um mestre de ilusão. A aparência, acima de tudo, devia ser uma das suas fatais mentiras. Um perfeito disfarce.

Caminhando lentamente em direção ao homem débil pela falta de nutrição, os seus dentes encontraram a sua pele quente e fincaram-se no pescoço do homem. Embora o ato não carecesse de sensualidade, a bruxa assemelhava-se a uma predadora, devorando a sua presa sem ponderar na moralidade das suas ações. Apenas por breves instantes. Logo deslizava um líquido escarlate do corte que lhe provocara e a vítima quase suspirou de alívio, não fosse mais um novo gesto da morena que o veio a aterrorizar. Ele apenas podia se perguntar onde estaria o seu deus naquele momento, todos e quaisquer outros movimentos estavam-lhe limitados.

A língua da maegi assumia a mesma coloração do líquido ao deslizá-la pelo pescoço do homem, que não tinha qualquer significado para ela. Era apenas um pobre infeliz que acabara por desagradar a morena enquanto esta estava de mau humor… embora fosse provável que Meena fizesse aquilo mesmo num bom humor. Já nem precisava do seu sangue para visões. Tinha plena consciência do destino do moço, mas ainda se sentia satisfeita de cada vez que o provava. Enfim, afastou-se dele e agitou a mão no ar e, naquilo, os fios da sua arma varreram o espaço à sua frente. O homem solitário pode ver aquilo e limitou-se a olhar para baixo, sem sequer implorar pela misericórdia da morena. Ele já sabia; ela não tinha nenhuma. A sua língua surgiu mais uma vez, humedecendo os seus lábios e acabando por sujar a boca de sangue.

E então, ela avançou novamente. Os seus braços permaneciam imóveis ao lado do corpo, pendendo para o chão, e com aquilo os fios de couro deslizavam pelo chão, produzindo um pequeno ruído, audível apenas devido ao absoluto silêncio na masmorra. Quando voltou a erguer a mão, as tiras do chicote estalaram ao embater no peito nu do homem. Por mais que tentasse contrair o seu corpo em autodefesa, os ferros em volta dos seus pulsos mantinham-no imóvel. — Que noite aborrecida. — Murmurou distraidamente, embora os seus olhos se mantivessem sobre o homem, absorvendo cada detalhe dos seus movimentos. — Vá lá, você queria que eu gritasse há pouco. — Dizia, como se falasse com um amante. Ergueu novamente a destra, levando-a um pouco para trás para tomar mais balanço e dar mais força ao golpe. — Agora é a minha vez de o ouvir gritar. — O homem gritou, e ela sorriu. Era uma garota mimada que acabara de ter o que queria.

— De novo. — Anunciou, enquanto os seus olhos analisavam calmamente os danos que já causara (para ela, nulos). Ambas as mãos agarraram o chicote, sentindo o tecido suave. Pelo menos para ela. A outra pessoa presente na sala não diria o mesmo. Lançou o chicote ao ar, impulsionando-o para a frente até marcar a pele alva daquela sua vítima. Era uma boa arma para ela, com vários usos. Questionava-se quanto a isso. Portanto, quando voltou a manejar a arma, tentou antes usar os fios para agarrar o braço esquerdo do homem, que subitamente virou a única audiência para o seu pequeno espetáculo macabro, ao conseguir firmar o chicote à volta do braço do homem. Aquilo, sim, seria certamente útil. Apesar de alta, a morena era magra e fisicamente vulnerável. A sua maior defesa eram as suas palavras, mas e se isso lhe falhasse? Ainda não acontecera até então, e ela achava impossível isso acontecer — era orgulhosa demais. O chicote voltou a embater contra pele humana, que em breve estaria em carne viva.


Fios de sangue surgiam no peito dele graças ao esforço físico de Meena. Mas ainda não estava satisfeita e o homem ainda podia aguentar muito mais. Afinal, a noite estava apenas a começar. Mais uma vez, os gritos do homem ecoaram pelas paredes vazias.

Habilidade treinada: