[RP Fechada] Blood and Wine

por **Richard Lannister** Qua Jun 22, 2016 5:44 am

Blood and Wine

RP Fechada que conta apenas com a participação de Richard Lannister. É uma RP Flashback e pretendo saquear Pyke na ausência dos Greyjoy que partiram em uma comitiva. É noite e chove forte.

I'M A DANGEROUS.

And who are you, the proud lord said
In a coat of gold or a coat of red
a lion still has claws
that lord of Castamere
But now the rains weep over his hall
with no one there to hear

O castelo Greyjoy erguia-se sobre um promontório quebrado, e as suas torres e fortalezas tinham sido construídas no topo de maciças colunas de pedra que se projetavam do mar. Pontes uniam Pyke; pontes em arco de pedra esculpida e pontes oscilantes de corda de cânhamo e tábuas de madeira. Eu não tinha muito tempo para vislumbrar as Ilhas de Ferro de dentro de Lady Golden Tooth -o navio do qual eu era capitão-, os meus homens se preparavam para ancorar o navio e eu tinha que estar preparado para meio maior roubo.

Já com as solas de minhas botas pretas sobre a areia de Pyke, avistei os homens de ferros que defendiam o grande castelo. -Não me desapontem! - Desprendi o grande machado das costas e vibrei com um rugido junto de minha tripulação. Um Blacktyde com seu estandarte esverdeado comandava um grupo que vinha em nossa direção. Um nascido de ferro com os cabelos molhados pela chuva e negros como estava o céu me admirou de longe. Ele queria saber como um pirata era tão bonito e se eu era um louco ou um gênio por invadir as Ilhas de Ferro. O Leão não precisava farejar o tesouro, ele sabia exatamente onde o ouro estava escondido na ausência dos Lordes Ceifeiros de Pyke.

O Blacktyde estava me dando trabalho com sua espada de duas mãos. O pescoço do machado desceu em direção do ombro direito do inimigo que interceptava o golpe com o gume de sua arma. -Morra, cretino! - Chutei sua barriga o empurrando e rodei com o machado. Uma cabeça com os cabelos molhados e negros rolava pela areia, minha primeira pincelada para tingir Pyke de vermelho. Um homem tão grande quanto o outro corria em minha direção. Os passos do grandalhão eram extremamente pesados, parecia que eu podia sentir a areia tremer, porém, não se comparava ao peso de seu golpe. O fio da lâmina do machado adversário media forças contra o cabo da minha arma. As forças eram mensuradas enquanto ambos propugnavam quem cederia espaço para a eficácia do outro. Os machados estavam se beijando já fazia alguns segundos e foi em um chute do adversário que eu oscilei para trás, perdendo a disputa de armas pesadas em que nós dois mediamos forças. O corsário tinha os olhos pretos sedentos por sangue, foi olhando em seus olhos que percebi que seria uma batalha difícil.

A túnica negrejante dançava sobre meu corpo e parou quando o vento cessou seus mugidos. O corsário inimigo portava uma túnica parecida, porém sua cor era marrom combinando com o cabo de seu machado. Esse que vinha estocando o ar provocando novamente seus berros. Aumentei o espaço de alcance entre o fio e minha silhueta em um deslize lateral seguido de um gancho com minha arma mirando o pulso armado do pirata, amputando sua mão boa. Quando tudo parecia perdido para o homem de cabelos castanhos e aleijado de uma mão, ele revelou que sua sede pelo líquido que pulsava nas veias do Leão eram maiores que sua vontade de morrer. Com a outra mão ele desembainhou uma espada e rebateu meu golpe que visava o atordoar com a cabeça da lâmina. Tive tempo de praguejar antes do frenesi dos golpes do inimigo abrirem uma porta para o vinco sair de meu peito.

Com um corte desagradável eu me vi diante de uma situação complicada. Os golpes do corsário desciam e subiam de maneira frenética, limitando-me a defender. A lâmina descia e o tintilar ecoava com a defesa. A espada subia e novamente eu me defendia. Para minha infelicidade os golpes começaram a ficar mais rápidos e mais fortes, eu não sabia se era por conta da ferida ou se o Deus Afogado devia algo para o pirata, mas um golpe que veio da direita parecia ter o poder de um machado de guerra poderoso o suficiente para estourar minha defesa e puxar a maçaneta da porta entreaberta em meu peito, formando um ''x'' ensanguentado.

Voltei a segurar o machado com as duas mãos, arfando e tentando me recompor. O corsário desferiu um golpe e a chuva ficava mais forte no mesmo momento, escarrando um raio e liberando fogo na vegetação mais próxima quando me defendi. Agora era minha vez. Levantei o machado de guerra e desferi golpes por cima, pela esquerda, por cima novamente, as armas se beijavam com o fogo uivando naquela noite. Com um golpe poderoso o inimigo tentou me fazer vacilar, descendo a lâmina com força. O Leão Negro nunca vacila. Saltei para o lado e não me arrisquei defendendo o golpe, criando um espaço de tempo para desferir um corte no braço esquerdo do nascido de ferro. O homem guinchou e rapidamente acertei sua perna, derrubando-o em seguida com um soco no rosto. Finalizei a batalha enterrando o machado de guerra em sua cabeça que espalhou seus miolos pela a areia. Consumido pela adrenalina eu abandonei o cadáver, partindo em busca da minha próxima vítima.