[RP Fechada] --- Crossed ways

por **Waltyr de Braavos** Ter Jul 26, 2016 5:10 am

Crossed ways

Esta é uma RP FECHADA, então conta apenas com a participação dos personagens Waltyr de Braavos e Aurorée Schwäizer. Após uma agradável noite de diversão em uma das tavernas de Vaufreixo, montado em seu cavalo, Waltyr cavalgada á caminho do castelo porém o destino parecia jogar um jogo e, inesperadamente, o espada juramentada encontrará em seu caminho uma encruzilhada de escolhas a serem feitas. "

por **Waltyr de Braavos** Ter Jul 26, 2016 5:57 am

Crossroads of life

A

s estrelas serviam como testemunha naquela noite de bebedeira e sossego. O Bravosi exalava o odor adocicado de vinho, perfume barato e suor. Há muito tempo Waltyr não se permitia daquela maneira viver momentos de intensa alegria, deixando suas honrosas obrigações de lado para partilhar indecência e falta de moralidade junto á cavaleiros e trabalhadores comuns. Quatro tentativas foram necessárias, até o moreno conseguir sentar sobre a sela de seu cavalo de pelos acinzentados.

O trotar vagaroso fazia o corpo amolecido do guerreiro sacudir sobre o animal, por vezes quase tombando para um de seus flancos. Risadas solitárias marcavam a volta do homem ao castelo de seu Senhor, todas frutos de memórias não esquecidas e observações cômicas feitas pela, ligeiramente, embriagada mente do Espada. Poucas lamparinas e velas ainda estavam acesas no interior das pequenas casas de Vaufreixo, tornando o caminho de terra mais escuro e traiçoeiro, sendo iluminado apenas pelo luar prateado.

As nádegas de Waltyr dançavam de um lado para o outro, acompanhando o ritmo natural de "Mortalha", que por sua vez, emitia barulhos característicos quando seus cascos protegidos por ferraduras colidiam com o solo. Tudo o que o homem desejava naquele momento, restringia-se á uma cama confortável e quente.

Já deixavam a parte mais habitada da cidade, aproximando do triangular castelo, quando um choro estridente e fraco foi ouvido pelo moreno. Estavam próximos á pequena estrada que os levava aos pesados portões de madeira e aço, que cruzava com um caminho mais terroso, cujo destino era os campos agrícolas e currais. Poderia seguir a diante, ignorar aquele choro, ou intrometer-se no sofrimento de um desconhecido. Nenhum nascido em Braavos jamais foi conhecido como um guerreiro desleal e medroso, Waltyr não seria o primeiro. Logo estava de pé em frente á sua montaria, aguçando á audição para melhor captar o tristonho som.

Habilidade treinada:

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por **Aurorée Schwäizer** Ter Jul 26, 2016 9:55 am

over the sea to sky

Sua cabeça dizia para correr. O homem estava de costas e Aurorée procurava se mover silenciosamente, na ponta dos pés. Entrar no lugar já havia sido difícil, visto que a porta rangia como um porco guinchando antes de morrer, mas a garota não se deixou abalar. Empurrando a porta para cima nas dobradiças, abriu-a e se aproveitou dos pés pequenos e corpo magro para andar nas tábuas do chão sem ser notada. Estendia a mão para pegar a torta quando o homem se virou de repente, o rosto gordo ficando vermelho de raiva. Schwäizer tentou fugir, mas mesmo por detrás do balcão ele a agarrou, puxando-a pelos cabelos para cima do apoio, começando a desferir socos contra seu corpo franzino. Não importava o quanto ele batesse, Aurorée se resignara a não gritar e, tentando utilizar a mão para puxar a faca enferrujada que pegara na casa da amiga, a enfiou no peito do homem, o sangue quente e gorduroso respingando nas roupas já sujas da atriz. Ignorando a dor que sentia, levantou-se, ainda meio tonta e disparou porta afora.

♦♦♦

Correra pela estrada, os pés já reclamando, até desabar de exaustão próxima a alguns pedregulhos, os quais usara a sombra para esconder seu próprio corpo de alguém que poderia eventualmente vê-la, mas não foi o suficiente para ocultar sua presença, visto que, como o corpo esfriava, a dor parecia atingi-la com violência. Os sons que deixaram seus lábios foram de lamentação, mas ela procurou chorar baixo. Procurou pressionar seu próprio corpo nos pontos que haviam sido alvos dos murros, verificar se quebrara algo, mas parecia estar em bom estado e estaria novinha em folha dentro de alguns dias. Respirou fundo e devagar, ainda emitindo alguns guinchos, na tentativa que a dor abrandasse, e virou-se para observar a estrada e foi quando viu o homem no chão, além de um cavalo, parecendo prestar atenção. Será que a vinha seguindo desde o estabelecimento?

- Merda. - Praguejou baixo.

habilidade treinada:

sing me a song of a lass that is gone...

por **Waltyr de Braavos** Ter Jul 26, 2016 1:09 pm

Crossroads of life

A

mão bem treinada do guerreiro puxou instintivamente a espada de sua bainha, cortando o vento frio noturno antes de ser posicionada em frente ao corpo de Waltyr, cruzada a menos de um metro de seu peitoral, preparada para defender seu portador. O efeito alcoólico sobre o corpo do Bravosi aos poucos passava, interrompido pelo fluxo intenso de adrenalina.

As sombras encobriam o desconhecido, tornando complexo aos olhos do Espada, identificar qual criatura emitia sonoridade tão tristonha através do choro, e por quais motivos estaria em prantos. Cada passo lento sobre alguns pedregulhos, terra e grama, aproximava Waltyr do desconhecido, até suas botas de couro, tocarem vagarosamente algo vivo.

Os reflexos de luta do homem fizeram a lâmina ser levada para trás de seu ombro, cortando o ar em um gesto rápido. Teria acertado seu alvo, se não fosse seus olhos acostumarem com a escuridão e, ajudados pelo luar, percebido que o corpo vivo se tratava de uma machucada mulher. A lâmina de "Glóriosa" pairou a alguns centímetros do rosto roxo da maltratada individua, quase cometendo um erro fatal.

- Mas que diabos...

O moreno abaixou inadvertidamente sua guarda, fincando a ponta de sua espada sobre o chão.

- Quem é você e o que faz aqui?

Estava errado. Aquela poderia ser uma ladra, alguém preparando uma emboscada para bêbados desavisados. Mesmo assim o moreno sucumbiu ao desejo de ajuda-la, por um momento lembrou-se dos inúmeros homens, mulheres, crianças e idosos que ajudou quando ainda morava nas ruas de Braavos.

- Quem fez isso com você?

O joelho esquerdo do homem sucumbia ao peso do restante de seu corpo, encontrando o solo duro. A ponta de seus dedos quase tocou a face da desconhecida, apenas evitando o toque graças aos hematomas recentes que pareciam doer.

Habilidade treinada:

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por **Aurorée Schwäizer** Qua Jul 27, 2016 4:33 pm

over the sea to sky

Quanto mais o desconhecido se aproximava, maior era o medo de Aurorée. O coração batia tão forte que ela jurava que o homem poderia ouvi-lo dali onde estava. Percebeu quando ele a notou, descendo a espada contra seu rosto dolorido, parando antes de efetuar qualquer fatalidade. Sua expressão revelava compaixão, mas a Schwäizer conhecia os homens. Ameaçou chorar mais uma vez, uma das mãos procurando a faca enferrujada enquanto via o homem se apoiar sobre um dos joelhos, aproximando-se sutilmente dela. Em um movimento assustado, Aurorée tentou afastar-se dele, temendo que seu toque reiniciasse a ardência dos socos anteriores. Não achara a faca, mas nem por isso não poderia fingir. Apoiando uma das mãos atrás do vestido, como se segurasse a tal arma, sentou-se com dificuldade.

- Não se aproxime. Não quero machucá-lo. - O homem poderia ter quase o dobro dela, mas a audácia da atriz era, senão fingida, um tempero da sua personalidade. A mão escondida procurava uma pedra que pudesse usar contra ele.

habilidade treinada:

sing me a song of a lass that is gone...

por **Waltyr de Braavos** Sex Jul 29, 2016 8:30 pm

Crossroads of life

O

toque da máscula mão sobre o rosto ferido da mulher não aconteceu, interrompido pelas palavras ameaçadoras ditas pela fraca mulher. Pelo corpo músculoso e alto do moreno, naquele instante uma inebriante ondulação sentimental raivosa ganhava força, A mão recuava não por medo e sim pelo descaso demonstrado pelaferida donzela.

- Está armada? Poupe-me de suas ameaças, não existe arma que poderia utilizar nesse estado e representar desafio á lâmina de minha espada. Não irei machuca-la, deixe que ajudo. Quem fez isso a você?

Os olhos bem treinados do guerreiro vasculhando a área ao redor, encontrando apenas trevas e silêncio. O álcool não mais fazia efeito algum sobre o corpo de Waltyr, estava desperto e pronto para agir agressivamente caso fosse necessário.

- Preciso que fale, talvez assim possamos resolver esse problema.

O rapaz se colocava de pé, estendendo a destra para a enferma, fixando seus castanhos olhos sobre os dela, sem esboçar qualquer sentimento se não preocupação.

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por **Aurorée Schwäizer** Sáb Jul 30, 2016 8:26 pm

over the sea to sky

Aurorée havia conseguido irritar o tal estranho. Quando ele recuou a mão, negando que ela pudesse fazer qualquer afronta ofensiva e ganhar, a atriz notou que o homem só estava tirando conclusões precipitadas com base na diferença de tamanho entre eles. Riu com escárnio ao ouvir seu pedido para que desse qualquer informação e largou a pedra apenas para dar um tapa na mão que lhe era oferecida. Recordando as frases de um livro que adorava, iniciou seu pequeno monólogo como se fosse a mais completa verdade.

- Eu era um anjo vivendo no jardim do mal. Sempre pura em espírito, mas não em corpo. Por vezes aqui, mas constantemente lá. Não é seguro precisar o momento onde a intervenção do destino tornou-se cruel. - Suspirou. - Para nenhum de nós dois. - Batendo nas roupas, levantou-se com dificuldade. Podia estar abatida, mas não prostrada, e pretendia permanecer em sua história, mas a expressão de compaixão que conseguia visualizar no rosto do moreno a nocauteou. - A fome chega para todos. Não importa se você é nobre ou uma mera rameira. Faz parte da descrição do mundo, sabe? Um dia, os exaltados serão humilhados e vice-versa, mas por enquanto, eu só tenho sido humilhada. O estômago doía, mas ele não podia entender. Bateu em mim por tentar pegar algo no balcão e eu... - Mostrou as manchas de sangue na roupa e deu de ombros, esperando que ele entendesse que ela não tivera outra opção. Se não entendesse, bem que poderia matá-la por ali mesmo.

sing me a song of a lass that is gone...

por **Waltyr de Braavos** Dom Jul 31, 2016 5:22 pm

Crossroads of life

A

s trevas noturnas abraçavam o corpo tanto do homem quanto da ferida mulher. O vento frio transpassava seus corpos, mais o da jovem mal despida pois o homem trajava uma grossa capa marrom. O tapa recebido não assustou o guerreiro, tão pouco o constrangeu ou irritou, mesmo que suas narinas dilatassem e a respiração intensificava devido ao descaso feito com sua ajuda.

O corpo de Waltyr voltava a posição ereta, quase escondendo a garota a sua frente. A história mais confundia á cansada mente do moreno e tornava os esclarecimentos menos claros do que contavam a verdade, ao menos para o moreno. Ele poderia dar ás costas e deixar a loira seguir o próprio caminho, ditando as regras de sua, aparente, maldita e dura vida. Contudo aquele não era um homem qualquer. As dificuldades da pobre infância construíram um caráter benevolente junto á alma do Espada, em especial com aqueles indefesos, feridos e famintos.

- O que?...

Os olhos castanhos demonstravam inquietação e incômodo por não entender completamente o primeiro grupo de palavras daquela citação literária. Quando a mulher ficou de pé, demonstrando uma grande diferença na altura entre ambos, o Bravosi pode observar melhor as diversas feridas e hematomas, além de uma significativa quantidade de sangue, que coloria o simples vestido e rasgado com manchas vermelhas.

A repulsa por aqueles que fizeram aquilo com a desconhecida, apenas aumentou quando Waltyr ouviu os aparentes motivos que levaram ao espancamento. O corpo do moreno aqueceu em uma cólera atormentadora, assombrado pelas tristes lembranças da fome e miséria.

- Quem fez isso? Seu nome!

Perguntou com uma descomum calma, olhando pensativo para o chão ao invés de voltar sua atenção aos olhos de sua companhia momentânea. O corpo tremia dos pés a cabeça, um demônio havia sido despertado dentro do calmo e honrado guerreiro.

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por **Aurorée Schwäizer** Dom Jul 31, 2016 6:23 pm

over the sea to sky

A história transformara o estranho em uma vara verde, visto a forma que tremia. No entanto, aquele não era o típico tremor que ela sofria ao lembrar do que sofrera, mas sim uma demonstração de irritação, que fez a franzina corar. Ela não seria morta, o moreno apenas queria ajudá-la.

- O nome não importa, ele teve o que mereceu. Esse sangue não é meu, eu o perfurei com uma faca enferrujada. - Sorriu de forma distraída, a lembrança nítida aquecendo seu corpo com os sopros de adrenalina. - Espero que os intestinos dele sequem. - Deu de ombros e aproximou-se do homem, a fraca luz lunar ajudando-a a gravar as feições dele. - De qualquer forma, agradeço a compaixão. Acreditei que você estava me perseguindo desde a taverna, procurando me fazer pagar pelo que fiz. Aurorée é meu nome. - O rosto assumiu uma careta quando tentou se espreguiçar, os ossos estalando. Estendeu a mão para ele, de forma verdadeira.

sing me a song of a lass that is gone...

por **Waltyr de Braavos** Ter Ago 02, 2016 4:46 am

Crossroads of life

O

frio noturno continuava a abraça-los a cada momento com maior intensidade, sendo notado aos poucos ao passar vagaroso da adrenalina. Waltyr notando não ter aparente perigo próximo, guardou a espada sobre a bainha, ainda com as narinas inchadas e avermelhadas.

- Péssima notícia, gostaria de ter matado o covarde com minhas próprias mãos.

Uma careta repleta de nojo tomava conta da feição do homem de meia idade, seguida por um sonoro cuspe sobre o solo. Foi ao ser educado na Campina que pode entender melhor os desejos insanos e luxuriosos dos mais ricos, uma doença podre que fazia pessoas boas passarem fome e morrerem sem cuidados médicos, entregues ao próprio azar de não terem sido vecundados por algum nobre, nascendo amaldiçoados á uma vida desprezível.

Os olhos castanhos estudavam as manchas de sangue sobre o vestido, afastando algumas preocupações, mas trazendo ainda mais lamentos em sua mente. A bela jovem machucada á sua frente parecia jovial demais para ter vivido sofrimento corpóreo e psicológico tão intenso.

Não êxitou em segurar a mão dela quando foi estendida, apertando fraco as palmas e mãos em um cumprimento cordial. O sangue que sujava a menor das mais ainda estava quente, pouco tempo provavelmente passou entre o assassinato e aquele encontro.

- É um prazer conhecê-la dama. Meu nome é Waltyr, nascido em Braavos. O agressor era algum familiar? Possui lugar para passar a noite?

O guerreiro não conseguia deixar as preocupações de lado, quisera ele que todos os sofridos tivessem um amigo que os amparasse em momentos de dificuldade. Talvez ele conseguisse ser na vida daquela garota como o falecido lorde Ashford fora para si, aquele pensamento o confortava e fazia os músculos faciais de seu rosto relaxarem, formando um sorriso.

- Caso permita, não será incômodo leva-la até algum local seguro de sua preferência, caso tal lugar exista. Não é ideal uma mulher andar sozinha por estradas tão escuras durante uma madrugada tão gélida, estuprados e ladrões esgueiram entre as sombras esperando uma oportunidade para demonstrarem o lado mais negro de suas almas.

O moreno desfazia o cumprimento, contentando-se em apenas ficar de pé diante da loira, soprando entre os lábios uma pequena "fumacinha" criada pela diferença de temperatura entre o ambiente externo e o ar que saia de seus pulmões.

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por **Aurorée Schwäizer** Qua Ago 03, 2016 1:46 pm

over the sea to sky

Aurorée nem conseguia mensurar sua sorte naquele momento. Não confiava ainda no homem, mas sabia que era necessário um grande coração para se colocar no lugar dos menos afortunados, coisa que ele parecia fazer com extrema facilidade. Via no rosto dele o conflito de emoções enquanto os olhos se demoravam sobre o vestido manchado da Schwäizer. Seu cumprimento fora tão delicado que a jovem achava difícil acreditar que a lâmina mortal da espada daquele homem estivera tão perto de seu rosto apenas alguns minutos atrás. Pela primeira vez, o frio se abatera sobre a garota, fazendo-a estremecer, as dores já amenas e quase esquecíveis. Escutou o nome do homem, acenando com a cabeça, e se interessou ao saber que ele vinha de Braavos, lugar extremamente conhecido pela liberdade individual de ação. Respondendo às perguntas dele, baixou a cabeça, abraçando o próprio corpo.

- Não era nenhum familiar. Era apenas alguém que dei o azar de achar que seria um alvo fácil. E sobre passar a noite... - Suspirou. - Esperava encontrar um lugar seguro junto às prostitutas. Apenas para passar a noite. - Pensou um pouco, assimilando a oportunidade que lhe era dada pelo homem. - Longe de mim desviá-lo de seu caminho, senhor. Não há nenhuma necessidade de me acompanhar, creio saber me cuidar. - Sabia que era melhor tê-lo ao seu lado, porque suas feições podiam afastar homens engraçadinhos da jovem Aurorée. Mas, ao mesmo tempo, tê-la deixado viva já parecia favor suficiente.

sing me a song of a lass that is gone...

por **Waltyr de Braavos** Qui Ago 04, 2016 5:28 pm

Crossroads of life

A

s estradas desertas causavam arrepios ao guerreiro, principalmente aquela encruzilhada. Por um momento o Bravosi lembrou de histórias assustadoras sobre aquele lugar, certamente apenas lendas, porém a simples lembrança trazia desagrado a sua mente. Um frio na espinha transpassou a coluna do moreno ao ouvir o cavalo relinchar. Os olhos atentos observaram a pele alva e machucada da loira arrepiar graças ao frio, certamente ela estava mais exposta á baia temperatura do que o homem.

Enquanto ouvia os dizeres entristecedores ditos pela voz fraca de Auroreé, Waltyr desabotoava a capa negra que cobria seu corpo, segurando o tecido pesado com ambas as mãos. - Entendo... Não importava-se com a modestia e gentileza da mulher em negar os desejos de receber sua ajuda, caminhando em direção a ela até que seus corpos quase pudessem se tocar. - Primeiro, fique com isso, precisa mais do que eu e nem memso tente negar, é visivel o frio que sente. As mãos calejadas envolveram a pequena com a capa. O tamanho do pano não estava proporcional ao corpo da magra donzela, sobrando nas laterais e arrastando sobre o solo terroso. - Segundo... Bem, fico aliviado que o homem apenas era um qualquer. Noto que sabe cuidar de si mesma... Os dizeres soavam divertidamente sarcásticos, com os dedos apontados em direção aos machucados e sangue.

Os pés do Espada movimentaram com rapidez, levando o homem até sua montaria. Talvez por timidez ou simplesmente por não desejar ver a expressão que a jovem poderia fazer ao ouvir suas palavras, passou á apertar a sela e arrumar seus pertences. - Prostitutas não são confiáveis e certamente cobrarão para abriga-la, alguma coisa elas certamente cobrarão. Não. Estou indo em direção ao castelo, tenho uma simples acomodação que poderá servir ao menos por essa noite, estará protegida e posso conseguir um pouco de água, comida e medicamentos para suas feridas. Venha comigo jovem dama, não poderei me perdoar caso deixe que ande sozinha no estado em que se encontra. A cada palavra a mente de Waltyr pensava no que poderia fazer para ajudar a loira, sorrindo ao pensar nas travessuras que precisaria fazer para não acordar nenhum servo ou meistre. - Eu insisto. Está tarde e como bem disse, talvez homens estejam atrás de você pelo que fez, não creio que ousarão lidar comigo, mas você sozinha, pelos Sete, nem mesmo desejo imaginar o que poderiam fazer. Continuou a gastar alguns minutos "concentrado" em seus afazeres, virando para encarar Auroreé apenas quando imaginou já ter passado qualquer surpresa graças ao convite. - O que me diz? A pergunta soava tão amena e harmonica quanto o restante de seus dizeres, talvez naquele momento estava a nascer uma bela amizade.

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por **Aurorée Schwäizer** Dom Ago 07, 2016 11:19 pm

over the sea to sky

O braavosi era um cavalheiro, Aurorée percebeu. Mesmo que insistisse em sua ladainha de individualismo, a jovem ainda estava assustada pelas consequências que poderiam chegar mediante suas ações naquela noite. Pensar que a morte não era seu pior destino, caso fosse pega, a fez respirar fundo. Sempre recebera elogios a respeito de suas feições, embora o corpo fosse um tanto magro demais, mas ela bem sabia que isso apenas encorajaria um estupro, caso caísse nas mãos erradas. Era pequena e estava debilitada, não conseguiria lutar contra um homem treinado em combate, nem tirá-lo de cima dela quando chegasse a hora. Quando Waltyr aproximou-se, ela quase conseguiu tocar a aura que emanava dele. O hálito quente contrastando com o ar frio que cercava a Schwäizer causou uma sensação boa que lhe arrancou um suspiro de relaxamento. A capa em seus ombros era grande para seu corpo, mas lhe aqueceu quase imediatamente. Uma risada divertida deixou seus lábios pela primeira vez naquele dia quando notou a ironia do homem.

- Bem, meus ferimentos são superficiais. Os dele foram piores. Creio estar em grande vantagem. - Devolveu, um toque de audácia na voz. Apertando a capa contra si, já se preparava para seguir seu próprio rumo quando percebeu que Waltyr foi até o cavalo, parecendo se arrumar para ir embora e deixá-la. Virando-se, estava prestes a murmurar um agradecimento, sem esperanças de encontrá-lo novamente um dia. Qual não foi a sua surpresa quando o homem voltou a falar, o som um pouco abafado por estar de costas para ela? Aquelas palavras tão tranquilas a pegaram de surpresa. Que rumo aquela noite estava tomando?

Ainda de costas quando ele voltou a lhe encarar, Aurorée parecia não acreditar no que havia acabado de ouvir. Lentamente voltou-se, ficando de frente para Waltyr, os olhos emocionados encontrando os dele. O sentimento de agradecimento lhe aquecia o coração, sem conseguir ser posto em palavras. Por conta disso, usou um pouco de seu sarcasmo para evitar demonstrar o quão emocionalmente consternada ficara.

- Bom, eu diria que é uma ótima ideia. Você quase estraçalhou meu belo rostinho com essa sua espada gigante, achei que nunca ofereceria tal opção. - Sorriu, caminhando até ele. Contra todos os seus medos e desconfianças, abraçou-o, provavelmente causando surpresa no braavosi. - Obrigada. De verdade. Você é um bom homem. - As palavras saíram abafadas pelos lábios dela contra a camisa do homem, mas o sentimento era o que importava.

sing me a song of a lass that is gone...

por **Waltyr de Braavos** Ter Ago 09, 2016 9:27 am

Crossroads of life

P

or um momento o Bravosi acreditou fielmente que Auroreé não aceitaria sua oferta, teimaria graças á desconfiança sobre o desconhecido, pensando inverdades á respeito do cavaleiro. A incerteza incomodava o moreno, ele preferia receber uma resposta negativa, do que o inebriante silêncio que apenas estava sendo quebrado pelo barulho musical feito por grilos e cigarras.

As palavras sarcásticas e impetulântes pronunciadas pela cansada e machucada mulher, afirmavam para a mente do homem o que temia, a jovem deixaria o orgulho, gentileza e desconfiança falarem mais alto, selando um destino cruel que a levaria aos braços sujos de estupradores e outros criminosos que espreitavam das sombras ás estradas, esperançosos esperando vítimas para suas pilhagens e diversões obscuras.

O ar quente saiu apressado das narinas de Waltyr, produzindo um suspiro longo e entristecedor oriundo das aflitivas mazelas que sua imaginação criava ao formar imagens futuras do que poderia acontecer com a pebléia. - Certamente, uma enorme vantagem. A tonalidade da voz normalmente calma carregava algo a mais naquele momento, um ar prepotente e sarcástico de alguém que sabia estar certo. Pensou em dizer o que mais achava sobre á atitude da loira ferida, despejar sobre aquele silêncio todo o desgosto sentido pelo descaso recebido em troca de uma terna e amigável proposta.

Quando os lábios do Espada descolavam-se prestes a formar um "o", prontos para deixarem os sons produzidos pelas cordas vocais escaparem livremente, emudeceu. Por um momento os olhos castanhos brilharam e os pelos de seu corpo arrepiaram, Auroreé estava surpreendendo-o. Intrigado por estar errado, ajeitou desconsertado á espada junto a bainha presa a calça, controlado por uma falsa preocupação de que o apetrecho mortal poderia cair ao longo do caminho que ainda traçaria até o castelo. Um sorriso discreto brotou sobre os mesmos lábios que outrora desejavam xingar á bela mulher, um gesto singelo e tímido.

Um misto de emoções e sentimentos confundia o guerreiro, não sabia ao certo o que deveria pensar, até mais uma vez ser surpreendido. A mulher de estatura inferior envolveu o corpo dele em um caloroso abraço fraternal, acompanhado por um agradecimento e elogio. - Eu... Não sabia ao certo o que dizer, engolia em seco, desconsertado por estar errado sobre as pretensões da donzela. - Bem, apenas desejo ajudar. Sinto dizer que tenho apenas esse cavalo, teremos que cavalgar juntos. Fico muito feliz que tenha aceitado minha oferta, não descansaria essa noite caso fosse embora sem que eu estivesse ao seu lado, e meu ser muito menos encontraria perdão na culpa que carregaria caso algo á acontecesse. Após deslizar as mãos vagarosamente pelas costas da mulher por três vezes, desfez o abraço e voltou a apertar á sela sobre o dorso de seu animal negro.

Rogava aos deuses um obrigado pela chance de fazer algum bem ao próximo. - Permite que eu a ajude? Um sorriso maior e mais amoroso formou-se sobre o semblante do Bravosi, ele estava contente. A destra pousou sobre o ar em direção á sua companheira, oferecendo cuidados e zelo para que ela montasse com segurança sobre o cavalo, onde montaria em seguir para recomeçar sua viagem, dessa vez não mais tendo a vil companhia apenas do álcool que embriagava seus sentidos.

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por **Aurorée Schwäizer** Qui Ago 11, 2016 4:21 pm

over the sea to sky

Todo momento feliz tinha seu fim, e o daquele foi justamente a careta da garota ao saber que teria que cavalgar. Estivera tão concentrada na interação entre ela e o mais velho que nem mesmo atentara-se ao fato de que, caso aceitasse a proposta, teria que seguir com ele da mesma forma que ele viera seguindo sozinho antes de encontrá-la. Preocupada que sua expressão fosse entendida de forma errônea por Waltyr, cruzou as mãos à frente do corpo, as palavras esforçando-se para sair entre os lábios quase fechados.

- Eu... Não sei cavalgar. - Poderia ser um enorme problema para o homem, mas Aurorée não estava disposta a abusar da paciência dele mais do que já havia feito naquela noite. Aproximando-se do animal, colocou uma das mãos no pelo escuro e fechou os olhos, sentindo a respiração e os batimentos cardíacos do cavalo entrando em contato com os seus próprios. Respirando fundo, soltou o ar devagar, passando a segurar a mão do braavosi e apoiar o pé no estribo, de forma que pudesse içar o corpo e efetivamente passar a outra perna por cima do animal. Parecia tão simples... O fato é que a garota não tinha treinamento nenhum para aquela situação, então a variável de força necessária para subir na sela já não era das melhores. Mesmo com a ajuda de Waltyr, toda a cavalgada feliz até o tal castelo não parecia ser possível naquele momento. Largando a mão dele, Schwäizer optou por jogar os dois braços por cima da sela, usando-os para conseguir puxar o resto do corpo, o que pareceu mais efetivo, embora totalmente desajeitado. Apoiando as duas mãos espalmadas no item, jogou o peso do corpo para cima dos braços, permitindo que a perna livre pudesse ser jogada para o outro lado, fazendo com que a atriz despencasse de pernas abertas sobre o dorso do pobre cavalo. Envergonhada e arfando, começou a rir e escondeu o rosto nas mãos enquanto esperava que o homem montasse também. Aquela noite tinha acabado de marcar mais um acontecimento que ela não poderia esquecer, de forma alguma.

- Pelo visto, vou dar mais trabalho para você do que imaginei. - Disse, as bochechas coradas.

habilidades treinadas:

sing me a song of a lass that is gone...

por **Waltyr de Braavos** Qui Ago 18, 2016 5:46 am

Crossroads of life

O

s infortúnios daquela gélida noite pareciam terem acabados, desfeitos mágicamente pelos encantos angelicais existentes no sorriso sincero de Auroreé. A mulher de pele leitosa e corpo magricelo parecia feliz, em especial por ter naquela noite a oportunidade de descansar sobre um teto seguro. Waltyr gostava de ser o causador daquela explosiva energia a qual tomou o ser da loira, gostava de ajudar os necessitados e estava satisfeito consigo mesmo de ter a certeza que repousaria sem o pesar de imaginar as barbaridades que poderiam ocorrer a faminta e pobre jovem.

Arqueou a sobrancelha quando, ao ter sua gentileza desfeita, sentiu a pequena mão feminina deslizar para fora da sua, Cruzou os braços, tanto por causa do frio sentido e pra observar á loira, acompanhando os movimentos cômicos feitos pela desajeitada plebeia. Pensou em ajuda-la, mas sabia que mais uma vez poderia ser negado, fosse qualquer o desconhecido motivo. Sorriu distraído ouvindo o cavalo relinchar, irritado graças á tentativa jocosa de Auroreé montar sobre ele, definitivamente aquela escura noite aos poucos estava se tornando agradável e divertida.

Apesar da dificuldade e da desnecessária vergonha passada, a loira, no final de seu embate contra o dorso do cavalo, conseguiu estabilizar seu corpo sobre o animal, estava temporariamente preparada para partir. — Talvez realmente seja trabalhoso leva-la comigo, mas não perderia isso por nada, principalmente após demonstrar como todos deveriam montar sobre um cavalo. O Bravosi ria sem pudor algum, não por querer envergonhar á mulher, mas por não conseguir conter a alegria dentro de si.

Ele segurou as rédeas de sua montaria e jogou todo o peso de seu corpo sobre o animal, ajudado pela própria perna esquerda. Em poucos segundos estava montado pouco atrás da jovem garoto, podendo jurar ser capaz de sentir seus corpos trocarem calor graças á proximidade. — Talvez um dia eu ensine você á cavalgar, certamente gostará da sensação. Um novo sorriso transpassou os lábios do homem. Os calcanhares bateram sobre o costado de Mortalha, acompanhados por um puxão sobre as rédeas que fez o cavalo de nome estranho iniciar um vagaroso trotar. — Espero não estar sendo petulante, mas possui família ou algo assim? O que costuma fazer para viver? Apenhas tenho total certeza de que não efetua nenhum ofício em que precise saber um pouco sobre equitação. A voz do moreno estava mais baixa, não precisava falar alto uma vez que seus lábios quase roçavam a orelha de sua protegida. Temendo que a mulher caísse e machucasse ainda mais seu corpo já ferido, envolveu ambos os braços ao redor do corpo dela, não demonstrando ousadia, apenas um confortável zelo.

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por **Aurorée Schwäizer** Seg Ago 22, 2016 11:24 am

over the sea to sky

Com as palavras do homem, Aurorée também começou a rir ainda mais. Sabia que ele não falava por mal, então não se sentiu particularmente ofendida. Waltyr tinha uma habilidade majestosa na montaria, o que fez a jovem atriz encolher-se visto ao constrangimento tão recente. Ele montando atrás dela também a fez se encolher ainda mais, mas de temor, o que a fez perder o sorriso. Ainda não era capaz de se deixar tão à vontade com o corpo do braavosi tocando o seu sem lembrar do episódio ocorrido em sua própria cama. O calor dele, ao invés de parecer convidativo, parecia assustador. Ficou tensa, as coxas apertadas contra a sela. As palavras dele, tão perto de seu ouvido, fizeram-na arrepiar. Tentou relaxar, acreditar que Waltyr não lhe faria mal algum para que a mandíbula destrincasse e as palavras saíssem.

- Bem, eu sou atriz. Minha função é divertir, entristecer... É deixar as pessoas atônitas com a veracidade de minha entrega para os personagens. - Deu de ombros, o movimento saindo meio estranho devido às unhas cravadas na sela com o medo de cair do animal que trotava e à tensão dos músculos com o contato humano. - Sobre a equitação, seria maravilhoso. Mas eu realmente acredito que não tenha tanta maestria com animais. Sou pequena, eles podem me ver como um alvo fácil. - Riu, de maneira forçada. Não deixava de notar que ele já firmava planos para um futuro onde os dois teriam uma amizade, o que significava que ele se via como integrante da vida da Schwäizer. O braavosi se importava com ela. Quando ele a aconchegou em seus braços, o choque inicial cedeu um pouco para dar espaço à sensação de ser agraciada com uma dádiva, isso que aquele homem representava. O teto que ele lhe oferecera era um sinal disso também. Deixou-se encostar nele, sentindo o calor do homem misturado ao cheiro de bebida que emanava dele. - Já que estamos fazendo planos para o futuro, assumo que o restante de minhas informações sejam descobertas em dias vindouros. Mas você não me deu quase nenhuma pista. O que faz para viver? Por que ajuda quem precisa? - Toda bondade era fomentada por algo, fosse um desejo muito forte ou experiências traumáticas. O que movia Waltyr?

sing me a song of a lass that is gone...

por **Many-Faced God** Qua Set 14, 2016 9:28 am

Avaliação de treino de habilidade

Aurorée Schwäizer

A sua escrita é boa, e também senti que o treino teve criatividade, contudo, não tem muito contexto. O treino em si foi relativamente curto, o que gerou descontos. Foi, contudo, coerente, tendo em conta que a personagem tem 0 a furtividade, pelo que acabou por falhar.

Critérios de avaliação

+ Conteúdo e Coerência (33/40)
+ Estrutura e Coesão (30/30)
+ Enredo e Criatividade (16/20)
+ Ortografia e Organização (10/10)

Total (89/100)

+ 22% de experiência pelo atributo de inteligência com 8 pontos
+ 10% de experiência por ter a habilidade no nível 0

Recompensas

+ 117 pontos de experiência em furtividade

Avaliação de treino de habilidade

Aurorée Schwäizer

Apesar de ter havido interação com o cavalo, praticamente não treinou a habilidade, visto que apenas montou. Ainda assim, como para iniciantes isto pode ser um problema, eu não zerei o seu treino e ainda dei alguns pontos, ainda que tenha uma grande falta de conteúdo.

Critérios de avaliação

+ Conteúdo e Coerência (5/40)
+ Estrutura e Coesão (10/30)
+ Enredo e Criatividade (5/20)
+ Ortografia e Organização (10/10)

Total (30/100)

+ 22% de experiência pelo atributo de inteligência com 8 pontos
+ 10% de experiência por ter a habilidade no nível 0

Recompensas

+ 40 pontos de experiência em equitação

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